Depoimentos sobre o movimento cívico - militar de 31 de março de 1964
- Sáb, 27 de Agosto de 2011
- Seção:
- Categoria: 1964
Está página foi aberta para depoimentos de todos os participantes, civis e militares, do movimento cívico-militar de 31 de março de 1964, com o objetivo do resgate da verdade histórica. Participem!!!!!!!!
"POVO QUE NÃO RESPEITA SEU PASSADO E SUA HISTÓRIA NÃO É DIGNO DE FUTURO"
Depoimento do Capitão-de-Mar-e-Guerra da Reserva Remunerada Claudio Buchholz Ferreira. Participante, junto as Forças de Segurança, da Guerra Interna.
Vencidos pelos patriotas em 1964, apátridas e terroristas à soldo de ideologias estranhas e inaceitáveis, iniciaram dois anos após, a Guerra Interna.
Pagaram com a vida, no Aeroporto de Recife, vários brasileiros, em tentativa de terroristas de assassinarem o General Artur da Costa e Silva. Entre os mentores do crime, um ex-Ministro do atual governo, já falecido.
Os crimes foram se sucedendo, quando o Governo Revolucionário decidiu, face as ações de terrorismo em ascensão, baixar Diretriz em que os Comandantes de Exército passaram a ser os responsáveis pelas ações de defesa contra ataques de elementos divorciados do caráter brasileiro.
As Forças de Segurança eram constituídas por civis e militares imbuídos do mesmo propósito, a erradicação dos apátridas assassinos de suas ações repugnantes.
Participamos, com muita Honra para a MARINHA e para nós próprios, quando 1° Tenente, em um período, sob a coordenação e supervisão do I Exército de inúmeras ações de combate a escória assassina, cujos princípios morais não nos permitiam considerá-los brasileiros mas, inimigos não nacionais.
As ordens para missões chegavam à qualquer hora do dia. Durante toda semana. E, sempre que havia a convocação, o voluntariado era uma constante para ir, sem a certeza do regresso. O perigo era permanente porque o inimigo não usava farda e se misturava aos brasileiros de fato. Em aviões, ônibus, trens, taxis, poderia haver um criminoso à espreita.
Muitas ações se desenvolveram com pequenos grupos de civis e militares à busca de elementos sem qualquer resquício de humanidade. O espírito de corpo era contagiante. Duas horas da tarde significava o mesmo que duas da madrugada. Sempre prontos. Muitos terroristas de ontem, de hoje e do sempre foram presos e entregues às Autoridades competentes. A surpresa era fator de força dos nossos combatentes. O inimigo, normalmente, era pego desatento.
Os grupos eram constituídos de cinco combatentes e, dependendo da reação esperada, podiam ser acrescidos um ou dois outros grupos.
Terminado nosso período de participação, chegaram novos combatentes para sermos substituídos. A mesma vontade, o mesmo patriotismo, a mesma bandeira auri-verde.
No regresso às Unidades uma surpresa, a maioria dos colegas desconhecia que no Brasil se desenvolvia uma guerra interna. No seio do povo, grassava a ignorância sobre os acontecimentos.
Desconhece o autor se algum combatente tenha sido agraciado com alguma condecoração ou tenha sido lançado em seu histórico, alguma referência à guerra de que participara. Pouco importa. Por outro lado, havia a satisfação e orgulho pela vitória dos brasileiros contra os apátridas que tentaram implantar no pais algo que lembrava ditaduras assassinas que ainda, desgraçadamente, perduram pelo mundo.
Aos combatentes que não regressaram, o nosso profundo pesar.
Com a Lei No. 6.683 DE 28 DE AGOSTO DE 1979, Concede Anistia e dá outras providências, pensou-se que a estupidez terrorista tinha se encerrado.
Desgraçadamente, não ocorreu. Pelos combatentes foi e é cumprida.
Pelos terroristas assassinos, é desrespeitada.
Se a nação precisar novamente, daqueles anônimos de uma guerra silenciosa, certo estou de que TODOS estarão PRONTOS !
VIVA O BRASIL
TUDO PELA PÁTRIA!
20 de março de 2001