Pesquisa Mensal de Comércio – Fonte IBGE - Base: Maio de 2013

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Vendas no varejo ficam estáveis (0,0%) em maio

 

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Em maio, o comércio varejista apresentou estabilidade (0,0%) para o volume de vendas e taxa de crescimento de 0,7% para a receita nominal, variações estas em relação ao mês anterior ajustadas sazonalmente. Quanto à média móvel, o volume de vendas obteve variação de 0,2%, enquanto a receita apresentou taxa de crescimento de 0,8%. Em relação a maio de 2012, as variações foram de 4,5% para o volume de vendas e de 13,4% na receita nominal. Nos acumulados dos cinco primeiros meses do ano e dos últimos 12 meses, as taxas se estabeleceram em 3,3% e 6,1% para o volume de vendas, e em 11,6% e 12,1% para a receita nominal, respectivamente.

 

O comércio varejista ampliado, que inclui o varejo e mais as atividades de veículos, motos, partes e peças e de material de construção, registrou queda em relação ao mês anterior com variação de -0,8% para o volume de vendas e de -0,1% para a receita nominal, ambas as taxas com o ajustamento sazonal, revertendo a sequência positiva dos dois meses anteriores. Comparado com o mesmo mês do ano anterior (sem ajuste sazonal), as variações foram de 4,4% para o volume de vendas e de 9,6% para a receita nominal. No acumulado do ano e dos últimos 12 meses o setor apresentou taxas de variação de 5,0% e 7,6% para o volume e de 9,5% e 10,2% para a receita nominal de vendas, respectivamente.

 

Entre as atividades, quatro têm variação positiva

 

Em maio, quatro das dez atividades pesquisadas obtiveram variações positivas para o volume de vendas na comparação com abril. Em ordem de magnitude das taxas, os resultados foram: hipermercados, supermercados, produtos alimentícios, bebidas e fumo (1,9%); combustíveis e lubrificantes (0,6%); móveis e eletrodomésticos (0,4%); veículos e motos, partes e peças (0,4%); outros artigos de uso pessoal e doméstico (-0,9%); material de construção (-1,9%); equipamentos e material para escritório, informática e comunicação (-2,0%); livros, jornais, revistas e papelaria (-2,2%); tecidos, vestuário e calçados (-2,6%); e artigos farmacêuticos, médicos, ortopédicos, de perfumaria e cosméticos (-2,6%).

 

Já na comparação com maio de 2012, apenas a atividade de equipamentos e material para escritório, informática e comunicação ficou negativa (-0,5%). As demais atividades do varejo obtiveram aumento no volume de vendas, cujas taxas foram: 2,6% para hipermercados, supermercados, produtos alimentícios, bebidas e fumo; 8,8% para combustíveis e lubrificantes; 6,8% para móveis e eletrodomésticos; 8,4% em outros artigos de uso pessoal e doméstico; 8,1% para artigos farmacêuticos, médicos, ortopédicos, de perfumaria e cosméticos; 1,3% para tecidos, vestuário e calçados; e 0,5% para livros, jornais, revistas e papelaria.

 

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O segmento de hipermercados, supermercados, produtos alimentícios, bebidas e fumo (2,6% na comparação com maio de 2012) volta a registrar o principal impacto na formação da taxa (29%). A despeito dos aumentos de preços, o aumento do volume de vendas pode ser justificado pela estabilidade do mercado de trabalho, bem como pelos gastos decorrentes da comemoração do Dia das Mães. Nos primeiros cinco meses do ano, a atividade apresentou crescimento de 0,5% e, nos últimos 12 meses, variação de 4,8%.

 

O segmento de combustíveis e lubrificantes (8,8% na comparação com maio de 2012) respondeu pela segunda maior contribuição à taxa do varejo (20%). Nos primeiros cinco meses do ano, a taxa chegou aos 5,8% e, nos últimos 12 meses, a 7,4%. Atribui-se este comportamento à variação de preços dos combustíveis (4,8% do item combustíveis no acumulado dos últimos 12 meses, contra 6,5% do índice geral, segundo o IPCA).

 

A atividade de móveis e eletrodomésticos (6,8% na comparação com maio de 2012) exerceu o terceiro maior impacto (19%). Este resultado reflete a política de incentivo do governo ao consumo através da manutenção de alíquotas de IPI reduzidas para móveis e eletrodomésticos, além da disponibilidade do crédito, da estabilidade do emprego e do crescimento da renda. No acumulado em 2013, a taxa foi de 4,0% e, em 12 meses, de 8,2%.

 

Com variação negativa de 0,5% no volume de vendas sobre igual mês do ano passado, o segmento de equipamentos e materiais para escritório, informática e comunicação foi responsável pelo menor impacto na formação da taxa global do varejo. A taxa acumulada nos primeiros cinco meses do ano foi de 3,0% e, nos últimos 12 meses, de -1,1%. Dentre os fatores que vêm determinando este desempenho, destaca-se o aumento dos preços de produtos que compõem a atividade, que, até fevereiro, apresentaram deflação.

 

Varejo ampliado cai 0,8%

 

O varejo ampliado teve queda de 0,8% em relação ao mês anterior para o volume de vendas e de -0,1% para a receita nominal, ambas as taxas com o ajuste sazonal. Em relação a maio de 2012, as variações foram de 4,4% para o volume de vendas e de 9,6% para a receita nominal. No acumulado do ano e dos últimos 12 meses o setor mostrou variações de 5,0% e 7,6% para o volume e de 9,5% e 10,2% para a receita nominal de vendas, respectivamente.

 

No que tange ao volume de vendas, a atividade de veículos, motos, partes e peças registrou alta de 0,4% em relação a março. É o terceiro resultado positivo consecutivo após a queda de 1,7% em fevereiro. Comparando com maio do ano anterior, a variação foi de 4,1%. Em termos de acumulados, as variações foram: 7,5% nos cinco primeiros meses e 10,6% nos últimos 12 meses. O congelamento do IPI para os automóveis até o final do ano, anunciado no fim do mês de março, interrompendo a recomposição do tributo, explica tais resultados.

 

Quanto ao segmento de material de construção, as variações para o volume de vendas foram de -1,9% sobre o mês anterior, de 5,0% em relação a maio de 2012 e de 7,2% e 6,4% nos acumulados dos cinco primeiros meses do ano e dos últimos 12 meses, respectivamente. Estes resultados refletem o atual cenário de crescimento do Produto Interno Bruto (PIB).

 

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Amazonas é o único estado que apresentou taxa negativa em maio

 

Na comparação com maio de 2012, apenas Amazonas apresentou variação negativa (-0,9%). Os demais estados apresentaram resultados positivos, sendo que as principais altas foram em Roraima (13,4%); Mato Grosso (12,6%); Rondônia (11,3%); Rio Grande do Norte (10,8%) e Mato Grosso do Sul (10,5%). Quanto à participação na composição da taxa do varejo, isto é, considerando-se os pesos dos estados, sobressaíramSão Paulo (3,8%); Rio de Janeiro (6,2%); Rio Grande do Sul (4,9%); Paraná (4,1%) e Mato Grosso com 12,6%.

 

Em relação ao varejo ampliado, apenas Espírito Santo teve queda (-9,8%). As maiores taxas de desempenho no volume de vendas ocorreram em Mato Grosso do Sul (12,3%); Acre (12,3%); Paraíba (10,7%); Mato Grosso (10,4%) e Rio Grande do Norte (10,3%). Quanto à participação na composição do resultado global do setor, os destaques foram São Paulo (3,5%); Rio de Janeiro (8,7%); Paraná (7,6%); Rio Grande do Sul (3,6%) e Bahia com 5,7%.

 

Ainda por unidades da federação, os resultados com ajuste sazonal para o volume de vendas apontam 12 estados com variação positiva. As maiores foram: Mato Grosso (4,1%); Maranhão (2,1%); Alagoas (1,4%); Santa Catarina (1,2%) e Roraima com 1,2%. Já as maiores quedas ocorreram em Tocantins (-5,0%); Amapá (-1,8%); Paraíba (-1,5%); Distrito Federal (-1,1%) e Mato Grosso do Sul com -0,9%.



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Ricardo Bergamini
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