Pesquisa Industrial Mensal de Emprego e Salário – Fonte IBGE - Base: Maio de 2013

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Emprego industrial recua 0,5% em maio

 

Em maio de 2013, o total do pessoal ocupado assalariado na indústria mostrou queda de 0,5% frente ao mês imediatamente anterior, na série livre de influências sazonais, após ficar praticamente estável nos últimos meses. Esse foi o recuo mais intenso desde dezembro de 2009 (-0,6%). Com esse resultado, o índice de média móvel trimestral assinalou variação negativa de 0,1% no trimestre encerrado em maio frente ao nível do mês anterior e permaneceu com o comportamento de estabilidade presente desde julho do ano passado. Na comparação com maio de 2012, o emprego industrial mostrou queda de 0,7% em maio de 2013, 20º resultado negativo consecutivo nesse tipo de confronto e ligeiramente mais intenso que o observado no mês anterior (-0,5%). No índice acumulado para os cinco primeiros meses de 2013, o total do pessoal ocupado na indústria recuou 0,8% e apontou ligeira redução no ritmo de queda frente ao registrado no primeiro trimestre de 2013 (-1,0%), ambas as comparações contra igual período do ano anterior. A taxa anualizada, índice acumulado nos últimos 12 meses, ao recuar 1,3% em maio de 2013, assinalou marcas próximas das registradas em dezembro (-1,4%), janeiro (-1,4%), fevereiro (-1,5%), março (-1,4%) e abril (-1,4%).

 

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No confronto com igual mês do ano passado, o emprego industrial recuou 0,7% em maio de 2013, com o contingente de trabalhadores apontando redução em dez dos 14 locais pesquisados. O principal impacto negativo sobre a média global foi observado na Região Nordeste (-3,2%). Vale citar também os resultados negativos assinalados por São Paulo (-0,7%), Rio Grande do Sul (-1,9%), Bahia (-4,5%) e Pernambuco (-5,3%). Por outro lado, Região Norte e Centro-Oeste (1,4%) e Santa Catarina (1,2%) apontaram as contribuições positivas mais relevantes sobre o emprego industrial do país.

 

Setorialmente, ainda no índice mensal, o total do pessoal ocupado assalariado recuou em nove dos 18 ramos pesquisados, com destaque para as pressões negativas vindas de calçados e couro (-6,5%), máquinas e equipamentos (-3,3%), outros produtos da indústria de transformação (-4,4%), máquinas e aparelhos eletroeletrônicos e de comunicações (-3,5%), vestuário (-2,5%) e minerais não-metálicos (-2,2%). Por outro lado, os principais impactos positivos sobre a média da indústria foram observados nos setores de alimentos e bebidas (2,4%), borracha e plástico (2,7%), meios de transporte (0,7%) e produtos químicos (1,1%).

 

No índice acumulado do período janeiro-maio de 2013, o emprego industrial mostrou queda de 0,8%, com taxas negativas em dez dos 14 locais e em 12 dos 18 setores investigados. Entre os locais, Região Nordeste (-4,4%) apontou o principal impacto negativo no total da indústria, seguida por Rio Grande do Sul (-2,5%), Pernambuco (-8,1%), São Paulo (-0,5%), Bahia (-4,7%) e Espírito Santo (-4,0%). Por outro lado, Paraná (1,2%) e Santa Catarina (0,9%) exerceram as pressões positivas mais importantes no acumulado dos cinco primeiros meses do ano. Setorialmente, as contribuições negativas mais relevantes sobre a média nacional vieram de vestuário (-5,0%), calçados e couro (-5,5%), outros produtos da indústria de transformação (-4,3%), produtos têxteis (-4,1%), máquinas e equipamentos (-1,7%) e madeira (-5,2%), enquanto os setores de alimentos e bebidas (1,9%) e de borracha e plástica (2,9%) responderam pelas principais influências positivas.

 

Número de horas pagas cai 0,7% em maio

 

Em maio de 2013, o número de horas pagas aos trabalhadores da indústria, já descontadas as influências sazonais, recuou 0,7% frente ao mês imediatamente anterior, após registrar variação negativa de 0,3% em março e avançar 1,0% em abril. Vale destacar que o resultado negativo desse mês foi o mais intenso desde abril de 2012 (-0,8%). Ainda na série com ajuste sazonal, o índice de média móvel trimestral repetiu em maio (0,0%) o patamar do mês anterior, após apontar variação positiva de 0,3% em abril último.

 

No confronto maio de 2013 / maio de 2012, o número de horas pagas mostrou variação negativa de 0,1%, após avançar 0,2% em abril, quando interrompeu uma sequência de 19 meses de taxas negativas consecutivas nesse tipo de confronto. O indicador acumulado nos cinco primeiros meses de 2013 assinalou recuo de 1,0%, ritmo de queda menos intenso que o verificado no primeiro trimestre do ano (-1,7%), ambas as comparações contra iguais períodos do ano anterior. A taxa anualizada, índice acumulado nos últimos 12 meses, ao recuar 1,6% em maio de 2013, mostrou resultado negativo menos acentuado do que os registrados em março (-2,0%) e abril (-1,8%).

 

Em maio de 2013, o número de horas pagas apontou variação negativa de 0,1% no confronto com igual mês do ano anterior, com taxas negativas em oito dos 14 locais e em oito dos 18 ramos pesquisados. Em termos setoriais, as principais influências negativas vieram de calçados e couro (-9,4%), outros produtos da indústria de transformação (-4,8%), vestuário (-3,3%), máquinas e equipamentos (-2,5%) e produtos têxteis (-3,2%). Em sentido contrário, o setor de alimentos e bebidas (4,5%) assinalou o principal impacto positivo nesse mês, seguido por meios de transporte (2,2%) e borracha e plástico (2,3%).

 

Entre os locais, ainda na comparação com igual mês do ano anterior, Região Nordeste (-3,6%) apontou a principal influência negativa sobre o total do país. Vale mencionar também os impactos negativos assinalados por Rio Grande do Sul (-2,6%); Bahia (-6,3%); Espírito Santo (-5,5%); e Pernambuco (-3,8%). Por outro lado, São Paulo (0,9%) exerceu a principal contribuição positiva sobre o total do número de horas pagas. Outras influências positivas relevantes foram assinaladas por Santa Catarina (1,9%), Região Norte e Centro-Oeste (1,3%).

 

No índice acumulado de janeiro a maio de 2013, houve recuo de 1,0% no número de horas pagas, com 11 dos 18 setores pesquisados apontando taxas negativas. Os impactos negativos mais relevantes na média global da indústria foram verificados nos ramos de calçados e couro (-7,8%), vestuário (-5,8%), outros produtos da indústria de transformação (-5,1%), produtos têxteis (-4,7%), máquinas e equipamentos (-2,6%) e madeira (-6,0%). Em sentido oposto, alimentos e bebidas (2,3%) exerceu a principal contribuição positiva sobre o total do número de horas pagas aos trabalhadores da indústria. Em nível regional, ainda no índice acumulado no ano, dez dos 14 locais apresentaram taxas negativas, com destaque para o recuo de 4,3% registrado pela Região Nordeste, vindo a seguir as perdas verificadas no Rio Grande do Sul (-3,4%), Pernambuco (-7,3%), Bahia (-5,2%) e São Paulo (-0,3%). Em contrapartida, Paraná (0,5%) e Santa Catarina (0,3%) assinalaram as influências positivas mais relevantes sobre o total da indústria.

 

Valor da folha de pagamento real avança 1,7% em maio

 

Em maio de 2013, o valor da folha de pagamento real dos trabalhadores da indústria ajustado sazonalmente apontou expansão de 1,7%, após registrar ligeira variação positiva (0,1%) em abril último. Vale destacar que no resultado desse mês observa-se a clara influência da expansão de 29,4% assinalada pelo setor extrativo, impulsionado sobretudo pelo pagamento de participação nos lucros e resultados em importante empresa do setor, já que a indústria de transformação apontou crescimento mais moderado (0,3%). Ainda na série com ajuste sazonal, o índice de média móvel trimestral assinalou variação de 0,4% na passagem dos trimestres encerrados em abril e maio e mostrou o segundo mês seguido de taxa positiva, acumulando nesse período avanço de 1,2%.

 

No confronto com igual mês do ano anterior, o valor da folha de pagamento real cresceu 5,8% em maio de 2013, 41ª taxa positiva consecutiva nesse tipo de comparação. No índice acumulado nos cinco primeiros meses de 2013, o valor da folha de pagamento real na indústria avançou 2,8% e mostrou ganho de ritmo frente ao índice do primeiro trimestre de 2013 (1,9%), ambas as comparações contra iguais períodos do ano anterior. A taxa anualizada, índice acumulado nos últimos 12 meses, ao crescer 3,9% em maio de 2013, apontou ligeiro aumento na intensidade do crescimento frente ao resultado de abril (3,6%).

 

Na comparação com igual mês do ano anterior, o valor da folha de pagamento real apontou expansão de 5,8% em maio de 2013, com resultados positivos em 12 dos 14 locais investigados. A maior influência positiva sobre o total nacional foi verificada em São Paulo (5,9%). Vale mencionar também os impactos positivos assinalados por Rio de Janeiro (20,5%), Região Norte e Centro-Oeste (7,1%), Região Nordeste (4,5%), Santa Catarina (5,2%) e Bahia (11,0%). Em sentido contrário, as contribuições negativas vieram de Espírito Santo (-6,9%) e Pernambuco (-3,6%).

 

Setorialmente, ainda no índice mensal de maio de 2013, o valor da folha de pagamento real no total do país cresceu em 13 dos 18 ramos investigados, com destaque para indústrias extrativas (34,0%), meios de transporte (8,5%), alimentos e bebidas (5,2%), refino de petróleo e produção de álcool (24,8%), máquinas e aparelhos eletroeletrônicos e de comunicações (10,3%), máquinas e equipamentos (2,5%) e produtos químicos (3,6%). Por outro lado, os principais impactos negativos foram observados em calcados e couro (-3,8%) e metalurgia básica (-1,2%).

 

No índice acumulado nos cinco primeiros meses de 2013, o valor da folha de pagamento real avançou 2,8%, com taxas positivas em 12 dos 14 locais pesquisados. A maior contribuição positiva sobre o total da indústria veio de São Paulo (2,6%), vindo a seguir as influências registradas por Rio de Janeiro (7,3%), Região Norte e Centro-Oeste (5,1%), Minas Gerais (1,9%), Rio Grande do Sul (2,4%) e Paraná (2,6%). Em sentido contrário, os impactos negativos foram observados por Pernambuco (-3,7%) e Espírito Santo (-1,5%).

Setorialmente, ainda no índice acumulado no ano, o valor da folha de pagamento real avançou em 13 das 18 atividades pesquisadas, impulsionado, principalmente, pelos ganhos vindos de alimentos e bebidas (4,6%), indústrias extrativas (10,5%), máquinas e aparelhos eletroeletrônicos e de comunicações (6,6%), produtos químicos (5,1%), meios de transporte (2,0%), refino de petróleo e produção de álcool (7,6%), borracha e plástico (3,6%) e máquinas e equipamentos (1,4%). Por outro lado, os setores de metalurgia básica (-3,1%) e de vestuário (-3,3%) exerceram as influências negativas mais relevantes sobre o total nacional.

 

Arquivos oficiais do governo estão disponíveis aos leitores.

 

Ricardo Bergamini
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