Pesquisa Industrial Mensal Produção Física – Brasil - Fonte IBGE

industria

Base: Abril de 2013

 

Produção industrial cresce 1,8% em abril

 

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Em abril de 2013, já descontadas as influências sazonais, a produção industrial avançou 1,8% frente ao mês imediatamente anterior, segundo resultado positivo consecutivo nesse tipo de comparação, acumulando ganho de 2,7% nesse período. Na série sem ajuste sazonal, no confronto com igual mês do ano anterior, a indústria cresceu 8,4% em abril de 2013, taxa mais elevada nesse tipo de comparação desde agosto de 2010 (8,6%). Com isso, no índice para o fechamento do primeiro quadrimestre de 2013 (acumulado no ano), o setor industrial teve expansão de 1,6%, revertendo a queda de 1,1% assinalada nos quatro últimos meses do ano passado, ambas as comparações contra iguais períodos do ano anterior. A taxa anualizada, indicador acumulado em 12 meses, ao recuar 1,1% em abril de 2013, mostrou redução no ritmo de queda frente às marcas registradas em janeiro (-2,0%), fevereiro (-1,9%) e março (-2,0%).

 

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17 dos 27 ramos investigados tiveram aumento na produção

 

A expansão de 1,8% da atividade industrial em abril teve perfil generalizado de crescimento, alcançando todas as categorias de uso e 17 dos 27 ramos pesquisados. Entre as atividades, as principais influências positivas foram assinaladas por veículos automotores (8,2%), máquinas e equipamentos (7,9%) e alimentos (4,8%). O primeiro setor avançou 15,6% nos dois últimos meses de expansão; o segundo acumulou ganho de 19,3% entre janeiro e abril; e o terceiro eliminou a perda de 4,5% verificada entre fevereiro e março. Outras contribuições positivas relevantes vieram de edição, impressão e reprodução de gravações (4,6%), perfumaria, sabões, detergentes e produtos de limpeza (9,0%), celulose, papel e produtos de papel (1,8%) e outros produtos químicos (1,0%). Entre as nove atividades que reduziram a produção, os desempenhos de maior importância foram registrados por bebidas (-5,9%) e material eletrônico, aparelhos e equipamentos de comunicações (-6,5%), que reverteram as taxas positivas do mês anterior: 1,5% e 0,6%, respectivamente.

 

Entre as categorias de uso, bens de capital, ao crescer 3,2%, assinalou o avanço mais acentuado em abril, quarto resultado positivo consecutivo, acumulando expansão de 15,5% no período. Os segmentos de bens de consumo duráveis (1,1%) e de bens de consumo semi e não duráveis (0,9%) também registraram taxas positivas, com o primeiro acumulando ganho de 6,7% em dois meses consecutivos de crescimento, e o segundo eliminando parte da queda de 2,6% observada entre fevereiro e março. O setor produtor de bens intermediários, com variação de 0,4%, mostrou o avanço mais moderado nesse mês, mas também apontou a segunda taxa positiva consecutiva, acumulando expansão de 0,8% nesse período.

 

Média móvel trimestral varia 0,1%

 

Ainda na série com ajuste sazonal, o índice de média móvel trimestral variou 0,1% em abril frente ao mês anterior, após apontar taxas positivas em janeiro (0,5%), fevereiro (0,1%) e março (0,3%). Entre as categorias de uso, bens de capital, ao avançar 1,9%, assinalou o único resultado positivo nesse mês e prosseguiu com a trajetória ascendente iniciada em dezembro último. O segmento de bens intermediários (0,0%) repetiu o patamar do mês anterior e manteve o comportamento de estabilidade presente desde dezembro. Os setores produtores de bens de consumo semi e não duráveis (-0,6%) e de bens de consumo duráveis (-0,5%) assinalaram as taxas negativas, mantendo trajetórias descendentes desde janeiro.

 

Indústria avança 8,4% na comparação com abril de 2012

 

Na comparação com abril de 2012, o setor industrial avançou 8,4%, com perfil disseminado de resultados positivos, já que todas as categorias de uso, 23 das 27 atividades, 58 dos 76 subsetores e 63,4% dos produtos pesquisados apontaram expansão na produção, sendo que abril de 2013 (22 dias) teve dois dias úteis a mais que igual mês do ano anterior (20). O ramo de veículos automotores (23,9%) exerceu a maior influência positiva, impulsionado pelo crescimento na produção de aproximadamente 80% dos produtos investigados. Outras contribuições relevantes vieram de máquinas e equipamentos (18,1%), refino de petróleo e produção de álcool (11,7%), alimentos (7,7%), máquinas, aparelhos e materiais elétricos (18,9%), borracha e plástico (13,3%), outros equipamentos de transportes (16,1%), outros produtos químicos (4,2%), máquinas para escritório e equipamentos de informática (19,5%) e equipamentos de instrumentação médico-hospitalar, ópticos e outros (23,7%). Entre as quatro atividades que reduziram a produção, os principais impactos foram em indústrias extrativas (-8,3%), edição, impressão e reprodução de gravações (-5,8%) e metalurgia básica (-2,1%).

 

Nos índices por categorias de uso, ainda no confronto com abril de 2012, bens de capital (24,4%) e bens de consumo duráveis (14,9%) assinalaram expansões, influenciados pelo incremento na produção e pela baixa base de comparação, já que, em abril de 2012, houve quedas de 7,4% e de 5,5%, respectivamente. A produção de bens de consumo semi e não duráveis (5,2%) e de bens intermediários (5,0%) também mostraram taxas positivas nesse mês, mas que ficaram abaixo da média da indústria (8,4%) nesse tipo de confronto.

 

O setor de bens de capital, ao crescer 24,4%, assinalou o quarto resultado positivo consecutivo e o mais elevado desde agosto de 2010 (26,5%) nesse tipo de confronto. O segmento foi influenciado pelo crescimento em todos os seus grupamentos, com destaque para o avanço de 34,0% em equipamentos de transporte. Os demais resultados positivos foram registrados por bens de capital para uso misto (15,2%), para fins industriais (20,7%), para energia elétrica (18,0%), agrícola (28,7%) e para construção (18,4%).

 

O segmento de bens de consumo duráveis (14,9%) apontou a taxa mais elevada desde fevereiro de 2011 (17,6%), impulsionado pela maior fabricação de automóveis (17,6%) e pelos avanços em artigos do mobiliário (20,7%), motocicletas (13,7%), eletrodomésticos da linha branca (5,8%) e da linha marrom (13,6%) e de outros eletrodomésticos (20,8%). Nessa categoria, o principal impacto negativo foi na produção de telefones celulares (-3,7%).

 

O segmento de bens de consumo semi e não duráveis, ao crescer 5,2% no índice mensal, reverteu dois meses de taxas negativas consecutivas e apontou o crescimento mais intenso desde setembro de 2010 (6,2%). Este desempenho foi influenciado pelos resultados positivos em todos os grupamentos, com destaque para carburantes (16,1%), semiduráveis (16,3%) e alimentos e bebidas elaborados para consumo doméstico (3,6%).

 

O setor de bens intermediários (5,0%), que também interrompeu dois meses de taxas negativas no confronto com igual mês do ano anterior, assinalou a expansão mais elevada desde novembro de 2010 (5,7%). Os impactos positivos vieram dos produtos associados às atividades de refino de petróleo e produção de álcool (9,5%), borracha e plástico (13,6%), alimentos (9,2%), veículos automotores (10,0%), outros produtos químicos (3,8%), minerais não-metálicos (3,6%), produtos têxteis (5,5%) e celulose, papel e produtos de papel (1,3%), enquanto as influências negativas foram em indústrias extrativas (-8,3%), metalurgia básica (-2,1%) e produtos de metal (-0,7%). Vale citar também os resultados positivos vindos dos grupamentos de insumos para construção civil (9,7%), que interrompeu dois meses seguidos de índices negativos e apontou o crescimento mais intenso desde fevereiro de 2011 (12,2%), e de embalagens (3,7%), que assinalou a quarta taxa positiva consecutiva nesse tipo de comparação.

 

Índice acumulado em 2013 cresce 1,6%

 

No índice acumulado para o primeiro quadrimestre de 2013, frente a igual período do ano anterior, o setor industrial cresceu 1,6%, com 13 dos 27 ramos investigados apontando expansão na produção. O ramo de veículos automotores (15,2%) exerceu a maior influência positiva, impulsionado pelo crescimento na produção de aproximadamente 75% dos produtos investigados. Houve influência da baixa base de comparação, já que esse setor recuou 18,5% no índice acumulado dos quatro primeiros meses de 2012, em virtude da concessão de férias coletivas em várias empresas do setor. Outras contribuições positivas vieram de refino de petróleo e produção de álcool (8,4%), outros equipamentos de transporte (8,6%), máquinas, aparelhos e materiais elétricos (8,4%), máquinas e equipamentos (2,7%) e borracha e plástico (5,2%). Entre as 13 atividades que reduziram a produção, os principais impactos foram em indústrias extrativas (-6,5%), edição, impressão e reprodução de gravações (-9,1%) e metalurgia básica (-5,7%).

 

Entre as categorias de uso, o perfil dos resultados para o primeiro quadrimestre de 2013 mostrou maior dinamismo para bens de capital (13,4%), impulsionado especialmente pela maior fabricação de equipamentos de transporte (27,4%). O setor produtor de bens de consumo duráveis (4,5%) também apontou taxa positiva nos quatro primeiros meses do ano, influenciado pela maior produção de automóveis (8,7%). Essas duas categorias de uso, além do aumento no ritmo da atividade industrial ao longo desse ano, também foram influenciadas pela baixa base de comparação, uma vez que, no período janeiro-abril de 2012, registraram quedas de 11,9% e de 10,1%, respectivamente. A produção de bens intermediários (0,4%) apontou avanço menos acentuado que o da média da indústria (1,6%), enquanto o segmento de bens de consumo semi e não duráveis, com redução de 1,6%, assinalou o único resultado negativo no índice acumulado no ano.

 

Arquivos oficiais do governo estão disponíveis aos leitores.

 

Ricardo Bergamini
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