Pesquisa Industrial Mensal Produção Física - Brasil – Fonte IBGE - Base: Março de 2013

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Pesquisa Industrial Mensal Produção Física - Brasil

Produção industrial avança 0,7% em março

 

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Em março de 2013, a produção industrial avançou 0,7% em relação ao mês imediatamente anterior, na série livre de influências sazonais, após registrar expansão de 2,7% em janeiro e queda de 2,4% em fevereiro. Na série sem ajuste sazonal, no confronto com igual mês do ano anterior, o total da indústria apontou redução de 3,3% em março de 2013, segundo resultado negativo consecutivo nesse tipo de comparação. No fechamento do primeiro trimestre de 2013, o setor industrial recuou 0,5% frente ao período janeiro-março do ano passado, mas ficou 0,8% acima do nível verificado no trimestre imediatamente anterior – série com ajuste sazonal. A taxa anualizada, indicador acumulado nos últimos 12 meses, ao recuar 2,0% em março de 2013, assinalou marcas próximas das registradas em janeiro (-2,0%) e fevereiro (-1,9%).

 

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13 dos 27 ramos investigados registram crescimento em março

 

A expansão no ritmo da atividade industrial em março atingiu 13 dos 27 ramos investigados, com destaque para o avanço registrado por veículos automotores, que cresceu 5,1% nesse mês, eliminando assim parte da queda de 8,1% verificada em fevereiro último. Outras contribuições positivas relevantes sobre o total da indústria vieram de refino de petróleo e produção de álcool (3,3%), máquinas para escritório e equipamentos de informática (11,9%), bebidas (4,6%), fumo (33,4%), mobiliário (11,0%) e borracha e plástico (2,7%). Por outro lado, entre os ramos que recuaram a produção, a principal pressão negativa sobre a média global da indústria foi observada no setor de alimentos (-2,7%), que assinalou o segundo resultado negativo consecutivo, acumulando nesse período perda de 4,0%. Vale citar também os impactos negativos registrados por outros equipamentos de transporte (-5,0%), produtos de metal (-4,4%), diversos (-7,3%) e outros produtos químicos (-1,0%). Nesses setores, com exceção deste último, que acumulou perda 2,1% no período fevereiro-março, os demais apontaram taxas positivas nos mês anterior: 9,5%, 2,4% e 14,3%, respectivamente.

 

Entre as categorias de uso, ainda na comparação com o mês imediatamente anterior, bens de consumo duráveis (4,7%) assinalou a expansão mais elevada nesse mês, recuperando assim parte da queda de 7,3% registrada em fevereiro. A produção dos segmentos de bens intermediários (0,8%) e de bens de capital (0,7%) também mostrou crescimento em março de 2013, com o primeiro praticamente eliminando o recuo de 0,9% verificado no mês anterior, e o segundo acumulando ganho de 11,7% em três meses seguidos de taxas positivas. O setor de bens de consumo semi e não duráveis (-0,5%) apontou o único resultado negativo entre as categorias de uso em março, segundo recuo consecutivo nesse tipo de confronto, acumulando no período perda de 2,9%.

 

Média móvel trimestral varia 0,3%

 

Ainda na série com ajuste sazonal, a evolução do índice de média móvel trimestral para o total da indústria mostrou variação positiva de 0,3% no trimestre encerrado em março frente ao nível do mês anterior, após também registrar taxas positivas em janeiro (0,4%) e fevereiro (0,1%). Entre as categorias de uso, ainda em relação ao movimento deste índice na margem, bens de capital, ao avançar 3,7%, assinalou a expansão mais intensa e prosseguiu com a trajetória ascendente iniciada em dezembro último. O segmento de bens intermediários (0,3%) também apontou resultado positivo em março, após ficar praticamente estável nos três últimos meses. Os setores produtores de bens de consumo semi e não duráveis (-0,8%) e de bens de consumo duráveis (-0,2%) assinalaram as taxas negativas nesse mês, com o primeiro intensificando a perda de 0,4% observada em fevereiro último, e o segundo reduzindo o ritmo de queda frente ao resultado do mês anterior (-1,9%).

 

Na comparação com março de 2012, produção industrial recua 3,3%

 

Na comparação com igual mês do ano anterior, o setor industrial recuou 3,3% em março de 2013, com perfil disseminado de resultados negativos, já que três das quatro categorias de uso e 21 das 27 atividades pesquisadas apontaram queda na produção. Vale citar que março de 2013 (20 dias) teve dois dias úteis a menos que igual mês do ano anterior (22). Os principais impactos negativos na formação da média global foram observados nas indústrias de alimentos (-7,9%), farmacêutica (-17,3%), extrativas (-7,1%) e de metalurgia básica (-7,3%).

 

Outras contribuições negativas relevantes sobre o total nacional vieram de edição, impressão e reprodução de gravações (-8,4%), outros produtos químicos (-3,9%), bebidas (-5,7%), produtos de metal (-5,7%) e produtos têxteis (-8,6%). Por outro lado, ainda na comparação com março de 2012, entre as seis atividades que ampliaram a produção, a principal influência foi registrada por refino de petróleo e produção de álcool (10,1%).

 

Nos índices por categorias de uso, ainda no confronto com igual mês do ano anterior, os índices foram negativos para bens de consumo semi e não duráveis (-8,2%), bens de consumo duráveis (-4,0%) e bens intermediários (-1,7%), enquanto a produção de bens de capital, com crescimento de 4,3%, assinalou o único resultado positivo em março de 2013.

 

Os segmentos de bens de consumo semi e não duráveis (-8,2%) e de bens de consumo duráveis (-4,0%) apontaram as taxas negativas mais acentuadas no índice mensal de março de 2013. No primeiro, que mostrou a queda mais elevada desde janeiro de 2009 (-8,6%), o desempenho desse mês foi explicado pelos recuos verificados em todos os seus grupamentos, com destaque para as quedas de alimentos e bebidas elaborados para consumo doméstico (-8,8%) e de outros não duráveis (-9,5%). Os demais resultados negativos foram observados nos grupamentos de semiduráveis (-8,6%) e de carburantes (-0,7%).

 

A redução na produção de bens de consumo duráveis (-4,0%), segunda taxa negativa consecutiva nesse tipo de comparação, foi influenciada em grande parte pela menor fabricação de telefones celulares (-10,9%), eletrodomésticos da “linha branca” (-11,1%), automóveis (-4,1%) e motocicletas (-21,4%). Nessa categoria de uso, os principais impactos positivos vieram da maior produção de artigos do mobiliário (8,9%), eletrodomésticos da “linha marrom” (5,5%) e de outros eletrodomésticos (2,9%).

 

Já o setor produtor de bens intermediários (-1,7%), ainda na comparação com igual mês do ano anterior, foi pressionado pelos resultados negativos vindos dos produtos associados às atividades de metalurgia básica (-7,3%), indústrias extrativas (-7,1%), outros produtos químicos (-5,1%), alimentos (-8,5%), veículos automotores (-5,3%), produtos têxteis (-6,6%), celulose, papel e produtos de papel (-3,3%), produtos de metal (-3,9%) e minerais não-metálicos (-1,9%), enquanto as influências positivas foram registradas por refino de petróleo e produção de álcool (15,2%) e borracha e plástico (0,3%). Ainda nessa categoria de uso, vale citar também os resultados vindos dos grupamentos de insumos para construção civil (-3,0%), segunda taxa negativa consecutiva, e de embalagens (0,8%), que apontou a terceira expansão seguida no índice mensal.

 

O setor produtor de bens de capital (4,3%) assinalou o terceiro resultado positivo consecutivo no índice mensal e foi particularmente influenciado pela expansão observada no grupamento de bens de capital para equipamentos de transporte (9,8%). Vale citar também os índices positivos assinalados pelos grupamentos de bens de capital para fins industriais (6,4%) e agrícolas (10,1%). Os demais subsetores apontaram queda na produção nesse mês: bens de capital para uso misto (-1,4%), para energia elétrica (-4,7%) e para construção (-7,0%).

 

Indústria recua 0,5% no primeiro trimestre de 2013

 

No índice acumulado para o período janeiro-março de 2013, frente a igual período do ano anterior, o setor industrial mostrou decréscimo de 0,5%, com 17 dos 27 ramos investigados apontando queda na produção. Os principais impactos negativos foram observados em edição, impressão e reprodução de gravações (-10,2%), metalurgia básica (-6,9%), farmacêutica (-9,0%), alimentos (-3,1%), indústrias extrativas (-4,9%), produtos têxteis (-7,1%), máquinas e equipamentos (-2,0%) e fumo (-23,3%). Por outro lado, entre as dez atividades que ampliaram a produção, a de veículos automotores (12,7%) exerceu a maior influência positiva na formação da média da indústria. Outras contribuições positivas relevantes vieram dos setores de refino de petróleo e produção de álcool (7,2%) e de outros equipamentos de transporte (6,2%).

 

Entre as categorias de uso, bens de capital (9,8%) mostrou maior dinamismo (9,8%), e o setor produtor de bens de consumo duráveis (1,0%) também apontou taxa positiva nos três primeiros meses do ano. Por outro lado, os resultados negativos foram observados em bens intermediários (-0,8%) e em bens de consumo semi e não duráveis (-3,9%).

 

Arquivos oficiais do governo estão disponíveis aos leitores.

 

Ricardo Bergamini
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