Índice Nacional de Preços ao Consumidor e Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo - Fonte IBGE
- Sáb, 16 de Fevereiro de 2013
- Seção:
- Categoria: Ricardo Bergamini
Base: Janeiro de 2013
IPCA de janeiro fica em 0,86%
O Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) de janeiro subiu 0,86% e ficou acima da taxa de 0,79% registrada em dezembro de 2012 em 0,07 ponto percentual. É o maior IPCA mensal desde abril de 2005 (0,87%) e o maior dos meses de janeiro desde 2003 (2,25%). Nos últimos 12 meses, o índice foi para 6,15%, acima dos 5,84% relativos aos 12 meses anteriores.
O índice do mês mostrou que os preços dos alimentos continuaram subindo e atingiram 1,99%, superando o resultado de 1,03% de dezembro. É a maior alta de grupo em janeiro deste ano, com impacto de 0,48 ponto percentual no índice, fazendo com que o grupo alimentação e bebidas responda por 56% do IPCA.
Vários produtos do grupo alimentação e bebidas tiveram a oferta reduzida em função do clima, ocasionando fortes aumentos de preços. É o caso do tomate (26,15%) batata-inglesa (20,58%), cebola (14,25%), hortaliças (10,86%) e cenoura (9,83%).
O principal impacto no índice do mês veio de despesas pessoais (1,55%). O item cigarros, que teve aumento no Imposto Sobre Produtos Industrializados (IPI), subiu 10,11% e foi o principal impacto individual, responsável por 0,09 ponto percentual do IPCA. Mesmo com um menor ritmo de crescimento nos rendimentos dos empregados domésticos (de 0,82% em dezembro para 0,58% em janeiro), as despesas pessoais passaram de 1,60% em dezembro para 1,55% em janeiro e, embora um pouco menos aceleradas, ficaram com a segunda posição na relação dos grupos de produtos e serviços pesquisados.
Entre as despesas com habitação (-0,20%), além do aluguel residencial (1,56%), o condomínio ficou 1,18% mais caro e a mão de obra para pequenos reparos na residência, 0,70%. Mas o grupo apresentou queda de 0,20%, enquanto havia tido alta de 0,63% em dezembro. As contas de energia elétrica ficaram 3,91% mais baratas, refletindo parte da redução de 18% no valor das tarifas em vigor a partir de 24 de janeiro. Isso fez com que este item, cuja ponderação no IPCA é de 3,33%, tenha exercido o impacto mais significativo para baixo no mês (–0,13 ponto percentual).
Já a compra do automóvel novo ficou 1,41% mais cara, o terceiro item de maior impacto individual no mês, detentor de 0,05 ponto percentual. Com 3,22% de participação no orçamento das famílias, os preços dos automóveis novos refletiram o início da redução do desconto no IPI, tendo em vista a recomposição da taxa. O grupo transportes, com variação de 0,75% tanto em dezembro quanto em janeiro, foi influenciado, também, pelas tarifas dos ônibus intermunicipais, que subiram 2,84%. No caso das passagens aéreas, embora tenham aumentado 5,15%, perderam força em relação ao mês anterior, quando a alta chegou a 17,12%.
Em saúde e cuidados pessoais, que variou 0,73% ante 0,40% de dezembro, ocorreu aceleração nas taxas serviços médicos e dentários (1,48%), serviços laboratoriais e hospitalares (1,33%) e artigos de higiene pessoal (1,02%).
No grupo dos artigos de residência, a alta atingiu 1,15%, ao passo que em dezembro a variação havia ficado em 0,27%. Os consertos subiram 1,79%, seguidos pelos eletrodomésticos (1,59%), TV e som (1,33%) e mobiliário (0,96%).
A taxa do grupo educação, que foi de 0,19% em dezembro para 0,35% em janeiro, foi influenciada pelo resultado dos cursos regulares (0,21%), que refletiu os reajustes dos colégios da região metropolitana de Porto Alegre (2,62%).
Os grupos vestuário (de 1,11% em dezembro para –0,53% em janeiro), comunicação (de 0,03% para –0,08%) e habitação (de 0,63% para –0,20%) caíram em janeiro, o que fez com que o agrupamento dos produtos não alimentícios tenha subido menos, passando de 0,71% em dezembro para 0,50% em janeiro.
Sobre os índices regionais, o maior foi o de Belém (1,06%,) onde os alimentos atingiram alta de 2,93%. O menor foi o de Brasília (0,46%), em razão da queda de 1,42% nas passagens aéreas, além de itens como os ônibus interestaduais, cujas tarifas caíram 3,06%.
O IPCA é calculado pelo IBGE desde 1980, se refere às famílias com rendimento monetário de um a 40 salários mínimos, qualquer que seja a fonte, e abrange nove regiões metropolitanas, além do município de Goiânia e de Brasília. Para cálculo do índice do mês foram comparados os preços coletados no período de 29 de dezembro de 2012 a 29 de janeiro de 2013 (referência) com os preços vigentes no período de 29 de novembro a 28 de dezembro de 2012 (base).
INPC variou 0,92% em janeiro
O Índice Nacional de Preços ao Consumidor (INPC) subiu 0,92% em janeiro e ficou 0,18 ponto percentual acima do resultado de 0,74% de dezembro. Nos últimos 12 meses, o índice ficou em 6,63%, acima da taxa de 6,20% dos 12 meses anteriores. Em janeiro de 2012, o INPC foi de 0,51%.
Os produtos alimentícios aumentaram 2,10% em janeiro, enquanto os não alimentícios ficaram com 0,43%. Em dezembro, os resultados haviam sido 1,13% e 0,58%, respectivamente.
Sobre os índices regionais, o maior foi o de Fortaleza (1,24%) em virtude do resultado do ônibus urbano (6,00%), que refletiu parte do reajuste de 12,50% em vigor desde 11 de janeiro. O menor foi o de Brasília (0,49%), em razão da queda de 1,42% nas passagens aéreas, de itens como os ônibus interestaduais, cujas caíram 3,06%.
O INPC é calculado pelo IBGE desde 1979, se refere às famílias com rendimento monetário de um a cinco salários mínimos, sendo o chefe assalariado, e abrange nove regiões metropolitanas, além do município de Goiânia e de Brasília. Para cálculo do índice do mês foram comparados os preços coletados no período de 29 de dezembro de 2012 a 29 de janeiro de 2013 (referência) com os preços vigentes no período de 29 de novembro a 28 de dezembro de 2012 (base).
Arquivos oficiais do governo estão disponíveis aos leitores.
Ricardo Bergamini
(48) 9636-7322
(48) 9976-6974
Este endereço de e-mail está protegido contra spambots. Você deve habilitar o JavaScript para visualizá-lo.
http://www.ricardobergamini.com.br