Pesquisa Industrial Mensal de Emprego e Salário – Fonte IBGE - Base: Abril de 2012

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Emprego industrial varia -0,3% em abril

 

Em abril de 2012, o emprego industrial mostrou variação negativa de -0,3% frente ao mês imediatamente anterior, na série livre de influências sazonais, segundo resultado negativo consecutivo nesse tipo de comparação, acumulando nesse período perda de -0,8%. Ainda na série com ajuste sazonal, o índice de média móvel trimestral registrou variação de -0,2% na passagem dos trimestres encerrados em março e abril, permanecendo com o comportamento predominantemente negativo presente desde outubro do ano passado. Frente a abril de 2011, o emprego industrial mostrou queda de -1,4% em abril de 2012, sétimo resultado negativo consecutivo nesse tipo de confronto e o mais intenso desde dezembro de 2009 (-2,4%). O índice acumulado no primeiro quadrimestre de 2012 apontou recuo de 0,9% e intensificou o ritmo de queda frente ao observado no último quadrimestre do ano passado (-0,2%), ambas as comparações contra igual período do ano anterior. A taxa anualizada, indicador acumulado nos últimos doze meses, ao registrar -0,1% em abril de 2012, assinalou o primeiro resultado negativo desde julho de 2010 e prosseguiu com a redução no ritmo de crescimento iniciada em fevereiro de 2011 (3,9%).

 

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No confronto com igual mês do ano passado, o emprego industrial recuou 1,4% em abril de 2012, com o contingente de trabalhadores apontando redução em nove dos 14 locais pesquisados. O principal impacto negativo sobre a média global foi observado em São Paulo (-3,6%), seguido da Região Nordeste (-2,5%), Ceará (-3,6%), Bahia (-3,7%) e Santa Catarina (-1,2%). Por outro lado, Paraná (4,1%) e Minas Gerais (1,1%) apontaram as principais contribuições positivas sobre o emprego industrial do país.

 

Setorialmente, ainda no índice mensal, o emprego industrial recuou em treze dos dezoito ramos pesquisados, com destaque para as pressões negativas vindas de vestuário (-7,9%), produtos de metal (-5,6%), têxtil (-6,2%), calçados e couro (-5,3%), papel e gráfica (-3,9%), madeira (-8,6%) e borracha e plástico (-3,4%). Por outro lado, os principais impactos positivos sobre o total da indústria foram observados nos setores de alimentos e bebidas (3,4%), máquinas e equipamentos (3,0%), indústrias extrativas (4,4%) e máquinas e aparelhos eletroeletrônicos e de comunicações (2,0%).

 

No índice acumulado nos quatro primeiros meses de 2012, o emprego industrial permaneceu em queda (-0,9%), com taxas negativas em oito dos 14 locais e em 11 dos 18 setores investigados. Entre os locais, São Paulo (-3,2%) apontou o principal impacto negativo no total da indústria, vindo a seguir Região Nordeste (-1,7%), Santa Catarina (-1,3%), Ceará (-3,3%) e Bahia (-2,5%). Por outro lado, Paraná (4,0%), Minas Gerais (1,7%) e Região Norte e Centro-Oeste (0,8%) exerceram as maiores pressões positivas. Setorialmente, as contribuições negativas mais relevantes sobre o total da indústria vieram de vestuário (-6,8%), produtos de metal (-5,5%), calçados e couro (-6,6%), têxtil (-5,3%), madeira (-9,8%), borracha e plástico (-4,0%) e papel e gráfica (-3,8%), enquanto os setores de alimentos e bebidas (4,1%), máquinas e equipamentos (2,6%), indústrias extrativas (4,6%), máquinas e aparelhos eletroeletrônicos e de comunicações (2,0%) e meios de transporte (1,3%) responderam pelos principais impactos positivos.

 

Número de horas pagas é -0,8% menor que em março

 

Em abril de 2012, o número de horas pagas aos trabalhadores da indústria, já descontadas as influências sazonais, recuou -0,8% frente ao mês imediatamente anterior, segunda taxa negativa consecutiva, acumulando nesse período perda de -2,0%. Com isso, ainda na série com ajuste sazonal, o índice de média móvel trimestral apresentou variação negativa de -0,2% no trimestre encerrado em abril frente ao patamar do mês anterior, após ficar estável em março (0,0%).

 

Na comparação com igual mês do ano anterior, o número de horas pagas mostrou, em abril de 2012 (-2,1%), a oitava taxa negativa consecutiva nesse tipo de confronto e a mais intensa desde novembro de 2009 (-3,1%). O índice acumulado no primeiro quadrimestre do ano (-1,4%) também ficou negativo e apontou ritmo de queda ligeiramente acima do observado no último quadrimestre de 2011 (-1,3%), ambas as comparações contra igual período do ano anterior. A taxa anualizada, índice acumulado nos últimos doze meses, ao assinalar recuo de 0,8% em abril de 2012, permaneceu com a trajetória descendente iniciada em fevereiro de 2011 (4,5%).

 

Em abril de 2012, o número de horas pagas recuou 2,1% no confronto com igual mês do ano anterior, com taxas negativas em doze dos quatorze locais e em quatorze dos dezoito ramos pesquisados. Em termos setoriais, as principais influências negativas vieram de vestuário (-8,0%), têxtil (-7,1%), produtos de metal (-4,8%), calçados e couro (-4,6%), borracha e plástico (-3,6%), papel e gráfica (-3,7%) e metalurgia básica (-5,3%). Em sentido contrário, máquinas e equipamentos (2,3%) exerceu a contribuição positiva mais relevante sobre o total da indústria, vindo a seguir alimentos e bebidas (0,8%) e indústrias extrativas (3,9%). Entre os locais, ainda na comparação com igual mês do ano anterior, São Paulo (-4,5%) apontou a principal influência negativa sobre o total do país, seguido pela Região Nordeste (-2,3%), Rio Grande do Sul (-2,0%) e Bahia (-3,8%). Por outro lado, Minas Gerais (1,6%) e Paraná (1,9%) exerceram as contribuições positivas no total do número de horas pagas.

 

No índice acumulado dos quatro primeiros meses de 2012, houve recuo de -1,4% no número de horas pagas, com 12 dos 18 setores pesquisados apontando taxas negativas. Os impactos negativos mais relevantes na média global da indústria foram verificados nos ramos de vestuário (-7,2%), produtos de metal (-5,3%), calçados e couro (-6,4%), têxtil (-5,7%), madeira (-9,4%), borracha e plástico (-3,8%) e papel e gráfica (-3,7%). Em sentido oposto, o setor de alimentos e bebidas (2,7%) exerceu a principal contribuição positiva, seguido por máquinas e equipamentos (2,8%) e indústrias extrativas (4,4%). Em nível regional, 11 dos 14 locais apresentaram taxas negativas, com destaque para o recuo de -3,7% registrado por São Paulo, vindo a seguir as perdas de Santa Catarina (-2,2%), Região Nordeste (-1,0%), Bahia (-2,8%) e Rio Grande do Sul (-0,9%). Em contrapartida, Minas Gerais (2,0%), Paraná (1,8%) e Pernambuco (1,8%) assinalaram as taxas positivas no índice acumulado do primeiro quadrimestre de 2012.

 

Valor da folha de pagamento real recua -0,5% em abril

 

Em abril de 2012, o valor da folha de pagamento real dos trabalhadores da indústria ajustado sazonalmente recuou -0,5% frente ao mês imediatamente anterior, segunda taxa negativa consecutiva, acumulando nesse período perda de -1,1%. Ainda na série com ajuste sazonal, o índice de média móvel trimestral apontou ligeira variação positiva (0,1%) entre os trimestres encerrados em março e abril, com clara redução no ritmo de crescimento frente aos resultados de janeiro (1,3%), fevereiro (1,5%) e março (1,8%).

 

No confronto com igual mês do ano anterior, o valor da folha de pagamento real cresceu 4,2% em abril de 2012, vigésimo oitavo resultado positivo consecutivo nesse tipo de comparação. O índice acumulado no primeiro quadrimestre de 2012 apontou avanço de 4,5%, acelerando o ritmo de crescimento frente ao observado no último quadrimestre do ano passado (2,8%), ambas as comparações contra igual período do ano anterior. A taxa anualizada, índice acumulado nos últimos doze meses, ao crescer 3,8% em abril de 2012, prosseguiu com a redução no ritmo de crescimento iniciada em maio de 2011 (7,3%).

 

Na comparação com igual mês do ano anterior, o valor da folha de pagamento real apontou expansão de 4,2% em abril de 2012, com resultados positivos nos quatorze locais investigados. As maiores influências sobre o total nacional foram verificadas em Minas Gerais (9,7%) e no Rio de Janeiro (13,0%).

 

Setorialmente, ainda no índice mensal de abril de 2012, o valor da folha de pagamento real no total do país cresceu em onze dos dezoito setores investigados, com destaque para máquinas e equipamentos (9,4%), alimentos e bebidas (6,6%), meios de transporte (6,2%), papel e gráfica (11,6%) e indústrias extrativas (10,5%). Por outro lado, borracha e plástico (-3,2%), vestuário (-3,6%), produtos de metal (-1,9%) e calçados e couro (-3,8%) exerceram os maiores impactos negativos sobre o total da indústria.

 

No indicador acumulado nos quatro primeiros meses de 2012, o valor da folha de pagamento real cresceu 4,5%, com taxas positivas em todos os locais investigados, com destaque para Minas Gerais (9,2%) e Paraná (11,4%). Setorialmente, ainda no índice acumulado no ano, o valor da folha de pagamento real avançou em 12 das 18 atividades pesquisadas, impulsionado, principalmente, pelos ganhos vindos de alimentos e bebidas (9,6%), indústrias extrativas (16,0%), máquinas e equipamentos (7,4%), meios de transporte (5,2%), minerais não metálicos (5,5%) e refino de petróleo e produção de álcool (8,3%). Por outro lado, os setores de calçados e couro (-4,6%), madeira (-5,4%), vestuário (-1,9%) e produtos de metal (-1,1%) exerceram as maiores influências negativas sobre o total nacional.

 

Arquivos oficiais do governo estão disponíveis aos leitores.

 

 

Ricardo Bergamini
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