Composição das Reservas em Moeda Estrangeira Em Poder do Banco Central do Brasil - Base: 2011
- Seg, 27 de Fevereiro de 2012
- Seção:
- Categoria: Composição das Reservas
Quadro Demonstrativo VI – Balanço de Pagamentos.
Fonte BCB – Base US$ bilhões
Itens |
2011/2011 |
2011 |
2011/2011 |
% PIB |
Exportação |
256,0 |
256,0 |
256,0 |
10,35 |
Importação |
(226,2) |
(226,2) |
(226,2) |
(9,15) |
Saldo Comercial |
29,8 |
29,8 |
29,8 |
1,20 |
Viagens Líquidas |
(14,4) |
(14,4) |
(14,4) |
(0,58) |
Transportes |
(8,3) |
(8,3) |
(8,3) |
(0,34) |
Lucro/Dividendos |
(38,2) |
(38,2) |
(38,2) |
(1,55) |
Juros Líquidos |
(9,7) |
(9,7) |
(9,7) |
(0,39) |
Outros |
(14,6) |
(14,6) |
(14,6) |
(0,59) |
Saldo de Serviços e Rendas |
(85,2) |
(85,2) |
(85,2) |
(3,45) |
Transferências Unilaterais |
2,8 |
2,8 |
2,8 |
0,12 |
Saldo de Transações Correntes |
(52,6) |
(52,6) |
(52,6) |
(2,13) |
Conta de Capital e Financeira |
111,8 |
111,8 |
111,8 |
4,52 |
Erros e Omissões |
(0,6) |
(0,6) |
(0,6) |
(0,02) |
Saldo do Balanço de Pagamentos |
58,6 |
58,6 |
58,6 |
2,37 |
PIB 2011 (Previsão) – U$S 2.471,5 bilhões.
Movimentação das Reservas de 31/12/10 até 31/12/11
Movimentação |
US$ Bilhões |
Saldo das reservas em 31/12/10 |
288,6 |
Saldo das Transações Correntes do Balanço de Pagamentos |
(52,6) |
Investimentos Brasileiros no Exterior |
(23,0) |
Investimentos Estrangeiros no Brasil |
114,3 |
Empréstimos Estrangeiros |
41,5 |
Amortizações de Empréstimos Estrangeiros |
(41,0) |
Outras Movimentações |
24,2 |
Saldo das reservas em 31/12/11 |
352,0 |
Conclusões:
1) Mesmo com um saldo de reservas de US$ 352,0 bilhões em 31/12/11 o Brasil está no limite de uma crise cambial, em função do segundo déficit nas transações correntes de US$ 47,5 bilhões (2,22% do PIB) no ano de 2010 e de US$ 52,6 bilhões (2,13% do PIB) no ano de 2011. Cabe lembrar que 85% das nossas exportações são de commodities (alimentos e metais), os quais tiveram uma valorização internacional em dólares americanos de 152,80% entre os anos de 2002 até 2011.
2) O Brasil está sendo financiado pelos investimentos externos em função dos juros altos, não pelo seu comércio exterior. Qualquer interrupção desse fluxo de capital especulativo, ou queda nos preços das commodities deixaria o Brasil altamente vulnerável em seu balanço de pagamentos.
3) O governo terá que resolver a difícil dicotomia da política externa brasileira, qual seja: juros altos atraem investimentos externos que valorizam o real, diminuindo a competição dos produtos brasileiros no exterior, e consequentemente aumentando os déficits nas transações correntes.
Arquivos oficiais do governo estão disponíveis aos leitores.
Ricardo Bergamini
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Última atualização em Qua, 07 de Março de 2012 19:34