Composição das Reservas em Moeda Estrangeira Em Poder do Banco Central do Brasil - Base: 2011

 

DOLAR2

 

 Quadro Demonstrativo VI – Balanço de Pagamentos.

Fonte BCB – Base US$ bilhões

Itens

2011/2011

2011

2011/2011

% PIB

Exportação

256,0

256,0

256,0

10,35

Importação

(226,2)

(226,2)

(226,2)

(9,15)

Saldo Comercial

29,8

29,8

29,8

1,20

Viagens Líquidas

(14,4)

(14,4)

(14,4)

(0,58)

Transportes

(8,3)

(8,3)

(8,3)

(0,34)

Lucro/Dividendos

(38,2)

(38,2)

(38,2)

(1,55)

Juros Líquidos

(9,7)

(9,7)

(9,7)

(0,39)

Outros

(14,6)

(14,6)

(14,6)

(0,59)

Saldo de Serviços e Rendas

(85,2)

(85,2)

(85,2)

(3,45)

Transferências Unilaterais

2,8

2,8

2,8

0,12

Saldo de Transações Correntes

(52,6)

(52,6)

(52,6)

(2,13)

Conta de Capital e Financeira

111,8

111,8

111,8

4,52

Erros e Omissões

(0,6)

(0,6)

(0,6)

(0,02)

Saldo do Balanço de Pagamentos

58,6

58,6

58,6

2,37

PIB 2011 (Previsão) – U$S 2.471,5 bilhões.

 

Movimentação das Reservas de 31/12/10 até 31/12/11

Movimentação

US$ Bilhões

Saldo das reservas em 31/12/10

288,6

Saldo das Transações Correntes do Balanço de Pagamentos

(52,6)

Investimentos Brasileiros no Exterior

(23,0)

Investimentos Estrangeiros no Brasil

114,3

Empréstimos Estrangeiros

41,5

Amortizações de Empréstimos Estrangeiros

(41,0)

Outras Movimentações

24,2

Saldo das reservas em 31/12/11

352,0

 

Conclusões:

 

1) Mesmo com um saldo de reservas de US$ 352,0 bilhões em 31/12/11 o Brasil está no limite de uma crise cambial, em função do segundo déficit nas transações correntes de US$ 47,5 bilhões (2,22% do PIB) no ano de 2010 e de US$ 52,6 bilhões (2,13% do PIB) no ano de 2011. Cabe lembrar que 85% das nossas exportações são de commodities (alimentos e metais), os quais tiveram uma valorização internacional em dólares americanos de 152,80% entre os anos de 2002 até 2011.  

 

2) O Brasil está sendo financiado pelos investimentos externos em função dos juros altos, não pelo seu comércio exterior. Qualquer interrupção desse fluxo de capital especulativo, ou queda nos preços das commodities deixaria o Brasil altamente vulnerável em seu balanço de pagamentos.

 

3) O governo terá que resolver a difícil dicotomia da política externa brasileira, qual seja: juros altos atraem investimentos externos que valorizam o real, diminuindo a competição dos produtos brasileiros no exterior, e consequentemente aumentando os déficits nas transações correntes.

 

Arquivos oficiais do governo estão disponíveis aos leitores.

 

Ricardo Bergamini
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Última atualização em Qua, 07 de Março de 2012 19:34

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