A Contra-Revolução de 1964

Sáb, 27 de Agosto de 2011
Seção:
Categoria: 1964

Huáscar Terra do Valle

 

 

A história da contra-revolução de 1964 é inteiramente deturpada pelos livros de doutrinação marxista adotados pelo Ministério da Educação. É apresentada como um golpe, ocultando a verdade que foi uma intervenção das Forças Armadas (um contra-golpe), cumprindo seu dever constitucional de defender a Pátria e as instituições contra um golpe em andamento para usurpar o poder e submetê-lo a uma nação estrangeira, a União Soviética.

Segundo Locke, o primeiro grande sábio iluminista, o governo é instituído entre os homens por uma concessão dos mesmos, e só em seu nome pode ser exercido, para que possa garantir aos cidadãos o desfrute da igualdade perante a lei, o direito de propriedade, a proteção da Justiça, a busca da felicidade. Sempre que, de qualquer forma, o governo proceder de maneira a prejudicar esses fins, é direito, é obrigação do povo, destituí-lo e implantar um novo governo que assegure a soberania e o interesse dos cidadãos.

 

Em 1964, quando os detentores do poder ameaçavam destruir nossas tradições, nossos costumes, nossa moral cristã herdada da civilização ocidental e submeter o País ao regime mais cruel, prepotente e espoliador de todos os tempos, o comunismo soviético, coube às forças armadas obedecer aos princípios iluministas e restaurar a ordem e a governabilidade, inaugurando um período ímpar de um governo sério e realizador.

 

O verdadeiro golpe estava em andamento pelo comunista Brizola (que se disfarça atualmente de socialista) e seu títere João Goulart, que pregava a insubordinação e a baderna. A idéia era fechar o congresso, instalar uma ditadura comunista satélite de Moscou e começar a matança. Brizola já estava treinando os “grupos dos onze”, no Uruguai, onde ele é latifundiário. As Forças Armadas, atendendo ao clamor popular, manifestado em passeatas de centenas de brasileiros, exigiram a intervenção das Forças Armadas, que foi realizado com muita competência, com o mínimo de emprego da força.

 

Na tentativa de deformar a história, os tais livros apresentam a foto do grande presidente Garrastazu Médici com a legenda mordaz: “o mais sanguinário de todos”, sem explicar que, exercitando seu poder de polícia, no cumprimento do dever, o governo foi obrigado a reprimir ações de bandidos, guerrilheiros, terroristas e traidores da pátria de vários tipos. Fê-lo até com excessiva moderação, em nossa opinião.

 

Esses livros não fazem justiça a respeito dos resultados da Contra Revolução de 1964 que, nas palavras da professora de história Nivalda Andrade, de Belo Horizonte, segundo publicação do Jornal do Grupo Inconfidência, em maio de 2002, foram:

 

Com a posse de Castelo Branco, já consolidado o movimento, é iniciado o trabalho para dotar o País de estruturas política, administrativa, jurídica, social e econômica. É restaurada a autoridade, reduzida a inflação, sem controle de preços, a pleno emprego. São criadas a Nuclebrás, Embratel, Eletrobrás, Telebrás, Embraer, Embrapa e Bacen. A rede asfáltica é ampliada de 3 mil para 45 mil quilômetros, a produção da Petrobrás salta de 75 mil para 750 mil barris/dia, diversos portos e ferrovias são construídos, as exportações aumentam vinte e cinco vezes, são construídas a ponte Rio-Niterói e as maiores usinas hidrelétricas do mundo. É implantado o Pró-Álcool e iniciada a integração da Amazônia.

 

São criados o FGTS, o PIS, o PASEP, o PAT, a merenda escolar, o INPS, o BNH. O FUNRURAL, beneficiando 8 milhões de trabalhadores rurais, é uma das maiores obras sociais do Século XX. Na educação, surgem dezenas de universidades, além do Crédito Educativo, do Projeto Rondon e do Mobral. As matrículas no ensino superior sobem de 100 mil em 1964 para 1,3 milhão em 1981. A pesquisa é estimulada e financiada. CNPq, FINEP, CAPES e cursos de mestrado e doutorado são incentivados. Crescem as indústrias aeronáuticas, navais, bélicas e automobilísticas. Usinas siderúrgicas são implantadas.

 

A História fará justiça ao regime militar (1964/85) pelos grandes benefícios trazidos à Nação que, de quadragésima sétima passou a ser a oitava economia mundial, com o crescimento do PIB de 14% ao ano, jamais alcançado por qualquer outro governo. A principal conseqüência foi o legado deixado pelas Forças Armadas, que impediram por três vezes (1935, 1964 e início dos anos 70) a instalação de um regime socialista-marxista, garantindo assim a existência de um Brasil livre e democrático.

 

Para melhor entender o fenômeno “comunismo”, vamos passar em revista o desenvolvimento do ideal de liberdade, desde seus primórdios, há mais de dois milênios, para mostrar aquilo que os comunistas fazem mais questão de esconder: a liberdade como agente da riqueza, da civilização, do progresso e da justiça social. Antes, um pensamento primoroso de Álvaro Pedreira de Cerqueira, que demonstra que a doutrinação marxista não se confina ao ensino fundamental:

 

“Quem estudou em universidades públicas, especialmente economia ou outras ciências sociais, está com a cabeça tão cheia de entulho ideológico marxista, difundido conforme a doutrinação pregada pelo comunista italiano Antonio Gramsci nos anos 20 do século passado, que este entulho virou um monólito impenetrável no cérebro, por insidiosa lavagem cerebral. Tanto que é incapaz de reconhecer o monumental fracasso do socialismo e do comunismo, inspirados na falácia do marxismo. E não enxerga que o mercantilismo que domina as economias latino-americanas é em tudo irmão do socialismo, causa de nosso atraso e de nossa pobreza, que convive com brutal concentração de renda”. 

 

Nota: Este é um capítulo do livro “Trincheiras do Iluminismo”, de Huáscar Terra do Valle, a respeito do gramscismo, a metamorfose atual do comunismo, que está em vias de assumir o poder no Brasil para iniciar sua tarefa de destruição social, política e econômica, como sempre tem feito em todos os países onde conquistou a hegemonia. Quem desejar o texto integral, solicitar ao autor.

 

  

O autor é Ensaísta e Advogado. huascar.bhz@ terra com.br