Depoimentos sobre o movimento cívico - militar de 31 de março de 1964

Sáb, 27 de Agosto de 2011
Seção:
Categoria: 1964

Esta página foi aberta para depoimentos de todos os participantes, civis e militares, do movimento cívico-militar de 31 de março de 1964, com o objetivo do resgate da verdade histórica. Participem!!!!!!!!

"POVO QUE NÃO RESPEITA SEU PASSADO E SUA HISTÓRIA NÃO É DIGNO DE FUTURO"

"Qualquer semelhança com o maldito momento atual da vida brasileira, não é mera coincidência"

Depoimento do Coronel do Exército reformado José Antônio Bayma Kerth

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Fui e sou revolucionário de 1964. Este sentimento talvez tenha se aguçado devido à Intentona de 1935, quando militares comunistas assassinaram companheiros enquanto dormiam. Em 1951, a expansão soviética já tinha ganho a China. As Américas voltaram a ser alvo. Desse modo, iniciei minha carreira com a "Guerra Fria". Em 1954, vibrei com o "Manifesto dos Coronéis" e a "República do Galeão" pelo que representaram em defesa da dignidade da Pátria e das Forças Armadas. Em 1963, Cuba já havia caído e, no Governo Goulart, recrudesceu a ação comunista pela tomada do Poder no Brasil com a subversão da ordem e tentativas de quebra da hierarquia nas FFAA. Cursando a EsAO de dia, à noite protestava no Clube Militar. Finalmente em 1964 tive o privilégio de deslocar-me à frente do destacamento percursor do 2º RO-Itu-SP, para barrar as forças janguistas do Rio. Com a graça de Deus não houve confronto e tive a oportunidade de assistir à capitulação do I Exército, ao Gen Medici, na AMAN-RJ. Em 1968, nova ação muito forte do comunismo sobre a juventude européia chega ao Brasil e logo se espraia. Em 1969, na Escola de Estado Maior, em missão na cidade de S. Paulo, conversei com "Dora", autora do atentado à bomba que estraçalhou Mário Kozel Filho – 18 anos – sentinela do II Exército. Com a maior frieza, ela me disse: "Fiz, e pelo Partido faria de novo".

Aqui abro um parêntesis. Ainda hoje, sinto imensa revolta, quando vejo gente da laia dessa Dora e de Lamarca – assassinou a coronhadas um Ten PM-SP, seu prisioneiro, no Vale da Ribeira – perseguir militares, acusando-os de torturadores, com o apoio do Presidente da República. A homenagem a Lamarca, na Semana da Pátria do ano de 1998 foi outra afronta inaceitável..

A Nação Brasileira muito deve à Revolução de 64, principalmente nos campos da energia, das comunicações, do desenvolvimento econômico e da educação, nesta incluídas a moralidade e o civismo.

A Comunidade Solidária é um plágio do Projeto Rondon. No campo político a Nação deve aos governos revolucionários a vitória sobre o comunismo internacional, seguida da Anistia e da Transição Democrática.

A Revolução de 31 de março de 1964 foi ato soberano do Povo Brasileiro, necessária, oportuna, eficaz, sem ódios e sem ambições.

Fortaleza, 25 de março de 2001