Prestação de Contas do Governo Lula - 2003/2010

Sáb, 27 de Agosto de 2011
Seção:
Categoria: Prestação de Contas do Governo Federal

FLULA

Perfil dos Gastos Públicos da União

 

De janeiro de 2003 até dezembro de 2010, o governo Lula obteve uma receita total de 27,82% do PIB (correntes e de capitais), tendo aplicado 32,01% do PIB (correntes e de capitais) como segue: 8,12% (Serviço da Dívida); 5,39% (Transferências para Estados e Municípios); 6,72% (Previdência Social - INSS); 4,87% (Gastos com Pessoal da União); 1,81% (Saúde); 1,58% (Defesa); 1,42% (Educação); e 2,10% com as demais atividades da União, gerando déficit fiscal nominal de 4,19% do PIB.

 

De janeiro de 2003 até dezembro de 2010, apenas com Serviço da Dívida - R$ 1.665,2 bilhões (8,12% do PIB); Transferências Constitucionais e Voluntárias para Estados e Municípios - R$ 1.104,5 bilhões (5,39% do PIB); Previdência INSS - R$ 1.377,7 bilhões com 23,9 milhões de beneficiários (6,72% do PIB) e Custo Total com Pessoal da União - Civis e Militares - Ativos, Aposentados e Pensionistas - R$ 999,3 bilhões com 2.208.596 de beneficiários (4,87% do PIB) totalizando R$ 5.146,7 bilhões (25,11% do PIB), comprometeram-se 90,23% das Receitas Totais (Correntes e de Capitais) no período, no valor de R$5.704,0 bilhões (27,82% do PIB).

 


Resultado Fiscal Nominal da União

 

De janeiro de 2003 até dezembro de 2010 houve aumento das despesas totais (correntes e de capitais) de 2,30% do PIB em relação ao ano de 2002. Aumento real em relação ao PIB de 7,74%. Apesar do aumento global das despesas, devido ao aumento do número de Ministérios, houve redução real de algumas despesas importantes, tais como: Saúde (–2,16%); Defesa (-11,73%).

 

De janeiro de 2003 até dezembro de 2010 houve redução das receitas totais (correntes e de capitais) de 1,70% do PIB em relação ao ano de 2002. Redução real em relação ao PIB de 5,76%. 

 

De janeiro de 2003 até dezembro de 2010 o governo federal gerou um déficit fiscal nominal de  R$ 859,2 bilhões (4,19% do PIB). 

 

A dotação orçamentária das despesas da União para o exercício de 2010 foi de R$ 1.259,7 bilhões, tendo sido empenhado o montante de  R$ 1.131,5 bilhões e liquidado R$ 1.131,5 bilhões, não considerando renegociação de dívidas de R$ 373,4 bilhões.

 

Em 2010 ficou um resto a pagar de R$ 72,4 bilhões.

 

Política Tributária

 

Receitas Tributárias saíram da média/mês de R$ 9,0 bilhões (7,31% do PIB) em 2002 para R$ 16,1 bilhões (7,52% do PIB) no período de janeiro de 2003 até dezembro de 2010. Crescimento nominal de 78,88%, e aumento real em relação ao PIB de 2,87’%.

 

Receitas de Contribuições saíram da média/mês de R$ 16,1 bilhões (13,07% do PIB) em 2002 para R$ 29,2 bilhões (13,67% do PIB) no período de janeiro de 2003 até dezembro de 2010. Crescimento nominal de 81,37%, e aumento real em relação ao PIB de 4,59%. 

 

Receitas de Capitais saíram da média/mês de R$ 7,8 bilhões (6,33% do PIB) em 2002 para R$ 6,6 bilhões (3,07% do PIB) no período de janeiro de 2003 até dezembro de 2010. Queda nominal de 15,38%, e queda real em relação ao PIB de 51,50%. 

 

Receitas Totais saíram da média/mês de R$ 36,4 bilhões (29,52% do PIB) em 2002 para R$ 59,4 bilhões (27,82% do PIB) no período de janeiro de 2003 até dezembro de 2010. Aumento nominal de 63,19%, e queda real em relação ao PIB de 5,76%. 

 

Estoque da Dívida Externa Líquida da União (Dívida Externa Bruta Menos Reservas)

 

 Em dezembro de 1994 o estoque da dívida externa líquida da União era de US$ 34,8 bilhões (6,41% do PIB) aumentando para US$ 90,0 bilhões (17,85% do PIB) em dezembro de 2002. Crescimento real em relação ao PIB de 178,47% comparado com o ano de 1994. Em dezembro 2010 diminui para US$ 51,0 bilhões (2,57% do PIB). Redução real em relação ao PIB de 85,60% comparado com dezembro de 2002, e redução real em relação ao PIB de 59,91% comparado com dezembro de 1994.

 

Estoque da Dívida Externa Líquida Pública e Privada (Dívida Externa Bruta Menos Reserva)

 

Em dezembro de 1994 o estoque total da dívida externa líquida (pública e privada) era de US$ 107,4 bilhões (19,78% do PIB) aumentando para US$ 189,5 bilhões (37,58% do PIB) em dezembro de 2002. Crescimento real de 89,99% em relação ao PIB comparado com o ano de 1994. Em dezembro de 2010 diminui para US$ 61,8 bilhões (3,11% do PIB). Redução real em relação ao PIB de 91,72% comparado com dezembro de 2002, e redução real em relação ao PIB de 84,28% comparado com dezembro ano de 1994.

 

Reservas Internacionais em poder do Banco Central (Conceito de Caixa).

 

No conceito de caixa as reservas internacionais no Banco Central do Brasil em dezembro de 1994 eram de US$ 38,8 bilhões (7,14% do PIB). Em dezembro de 2002 de US$ 37,8 bilhões (7,49% do PIB). Em dezembro de 2010 de US$ 288,6 bilhões (14,55% do PIB).

 

Dívida Interna da União Total (em poder do mercado e em poder do Banco Central)

 

- Aumento nominal da dívida Interna em poder do mercado de R$ 32,1 bilhões (9,19% do PIB) em 1994 para R$ 558,9 bilhões (37,82% do PIB) em 2002. Aumento real em relação ao PIB de 311,53%

 

- Aumento nominal da dívida interna em poder do mercado de R$ 558,9 bilhões (37,82% do PIB) em 2002 para R$ 1.603,9 bilhões (45,75% do PIB) em 2010. Aumento real em relação ao PIB de 20,97%.

 

- Aumento nominal da dívida interna em poder do Banco Central de R$ 33,5 bilhões (9,59% do PIB) em 1994 para R$ 282,1 bilhões (19,09% do PIB) em 2002. Aumento real em relação ao PIB de 99,06%.

 

- Aumento nominal da dívida interna em poder do Banco Central de R$ 282,1 bilhões (19,09% do PIB) em 2002 para R$ 694,0 bilhões (19,80% do PIB) em 2010. Aumento real em relação ao PIB de 3,72%.

 

- Aumento nominal da dívida interna total (em poder do mercado e do Banco Central) de R$ 65,6 bilhões (18.78% do PIB) em 1994 para R$ 841,0 bilhões (56,91% do PIB) em 2002. Aumento real em relação ao PIB de 203,03%. Cabe lembrar que nesse período o governo federal assumiu todas as dívidas do estados e municípios, cujo valor atualizado com base em dezembro de 2010 era de R$ 471,7 bilhões (13,56% do PIB).

 

- Aumento nominal da dívida interna total (em poder do mercado e do Banco Central) de R$ 841,0 bilhões (56,91% do PIB) em 2002 para R$ 2.297,9 bilhões (65,55% do PIB) em 2010. Crescimento real em relação ao PIB de 15,18%.

 

Dívida Externa Líquida da União (Dívida Externa Bruta Menos Reservas)

 

- Aumento nominal de R$ 22,2 bilhões (6,35%do PIB) em 1994 para R$ 262,9 bilhões (17,79% do PIB) em 2002. Aumento real em relação ao PIB de 180,16%.

 

- Redução nominal de R$ 262,9 bilhões (17,79% do PIB) em 2002 para R$ 90,1 bilhões (2,57% do PIB) em 2010. Redução real em relação ao PIB de 85,55%.

 

Dívida Líquida Total da União (Interna e Externa)

 

- Aumento nominal de R$ 87,8 bilhões (25,13% do PIB) em 1994 para R$ 1.103,9 bilhões (74,70% do PIB) em 2002. Aumento real em relação ao PIB de 197,25%.

 

- Aumento nominal de R$ 1.103,9 bilhões (74,70% do PIB) em 2002 para R$ 2.388,0 bilhões (68,12% do PIB) em 2010. Redução real em relação ao PIB de 8,81%.

 

Política de Juro

 

Juro primário ou básico: é a remuneração financeira de referência para um dia de financiamento fixada pelo Banco Central, conhecida como HOT MONEY. Em dezembro de 2010 estava fixada em 10,75% ao ano.

 

Efeito Multiplicador de Base: é um índice calculado pelo Banco Central para regular a liquidez do mercado, via depósitos compulsórios. Através deste índice podemos chegar a taxa real de juros de mercado. 

 

O custo médio de carregamento da dívida interna da União em 2010 foi de 0,9361 ao mês (11,83% ao ano), com ganho real para os investidores de 0,0383% ao mês (1,00% ao ano), depois de excluída a inflação média/mês do IGPM de 0,8978% ao mês (11,32% ao ano).

 

Sendo o multiplicador de base médio de 2010 de 1,4300, ou seja: 69,93% dos recursos disponíveis foram esterilizados pelo Banco Central, através dos depósitos compulsórios, o juro mínimo de mercado médio de 2010 foi de 11,83% ao ano  x 3,3256 = 39,34% ao ano (2,8031% ao mês), não considerando outros custos, tais como: impostos, taxas e lucros dos bancos.

 

Em 2010 a dívida total da União teve PMP (Prazo Médio de Pagamento) de 3,51 anos. Considerando apenas a dívida interna da União em poder do mercado teve um PMP de 3,36 anos.

 

Balança Comercial

 

Série história de nossa balança comercial com base na média/ano foi como segue: 85/89 (superávit de US$ 13,5 bilhões = 4,57% do PIB); 90/94 (superávit de US$ 12,1 bilhões = 2,70% do PIB); 95/02 (déficit de  US$ 1,1 bilhão = -0,15% do PIB). De janeiro de 2003 até dezembro de 2010 (superávit de US$ 32,5 bilhões = 2,66% do PIB). 

 

Necessidade de Financiamento do Balanço de Pagamentos

 

Série histórica de nossa necessidade de financiamento de balanço de pagamentos com base na média/ano foi como segue: 85/89 (US$ 13,4 bilhões = 4,56% do PIB); 90/94 (US$ 17,4 bilhões = 3,89% do PIB); 95/02 (US$ 50,9 bilhões = 7,26% do PIB).  De janeiro de 2003 até dezembro de 2010 (US$ 39,3 bilhões = 3,22% do PIB).

 

Investimentos Externos Líquidos (Diretos e Indiretos)

 

Série histórica dos investimentos externos líquidos (diretos e indiretos) com base na média/ano foi como segue: 85/89 (negativo de US$ 6,3 bilhões = -2,14% do PIB); 90/94 (positivo de US$ 7,0 bilhões  = 1,57% do PIB); 95/02 (positivo de US$ 24,3 bilhões = 3,46% do PIB). De janeiro de 2003 até dezembro de 2010 (positivo de US$ 37,4 bilhões = 3,08% do PIB).

 

Gastos com Pessoal da União (Diretos, Indiretos, Civis, Militares, Ativos, Aposentados, Pensionistas, Ex-Territórios e DF)

 

O custo total de pessoal da União aumentou de R$ 35,8 bilhões em 1994 para R$ 75,0 bilhões em 2002. Incremento nominal de 109,50% em relação ao ano de 1994. Em 2010 o custo total com pessoal da União foi de R$ 183,3 bilhões. Incremento nominal de 144,40% em relação ao ano de 2002.

 

Em 2010 o rendimento médio/mês per capita com pessoal ativo da União - 1.215.939 servidores (872.369 civis e 343.570 militares) foi de R$ 7.044,10, enquanto a média/mês per capita nacional para os trabalhadores formais nas atividades privadas foi de R$ 1.515,10 (78,49% menor).

 

Em 2010 o rendimento médio/mês per capita com pessoal aposentado e pensionista da União – 992.657 servidores (707.957 civis e 284.700 militares) foi de R$ 6.757,60, enquanto a média/mês per capita dos aposentados e pensionistas das atividades privadas (INSS - 23,9 milhões de beneficiários) foi de R$ 777,90 (88,49% menor).

 

Em Dezembro de 2010, comparando com dezembro de 2002, houve aumento do efetivo da União da ordem 171.822 servidores: Legislativo - 4.171; Judiciário - 37.293; Executivo Militar - 45.193; Executivo Civil - 118.135 e redução de Ex-Territórios e DF de (32.970).

 

Nota:

 

Ex-Territórios e DF: - Nº de Empregados de outras esferas de Governo pagos com recursos do Ministério da Fazenda. Hoje se encontram apenas o Mato Grosso e o Rio Grande do Sul sob sua supervisão. Os Servidores Civis dos Ex-Territórios do Acre, Amapá, Rondônia, Roraima estão incluídos na Administração Direta do Ministério da Fazenda. Os Servidores militares CBM e PM do antigo Estado da Guanabara, que antes se encontravam nas Transferências Intergovernamentais, estão integralmente dentro do SIAPE, motivo da atualização nos quantitativos das Transferências Intergovernamentais

 

Previdência Social - União e INSS

 

Em 2010 o déficit previdenciário pelo Regime Geral de Previdência Social (RGPS) foi de R$ 33,6 bilhões (0,96% do PIB) e o déficit previdenciário do setor público federal pelo Regime Próprio de Previdência Social (RPPS) foi de R$ 57,8 bilhões (1,65% do PIB), totalizando no ano 2010 déficit previdenciário de R$ 91,4 bilhões (2,61% do PIB). 

 

Em 2010 a receita previdenciária pelo Regime Geral de Previdência Social (RGPS) foi de R$ 212,4 bilhões (6,06% do PIB) em contribuições de empresas e parte patronal de algumas prefeituras (11,9 milhões de contribuintes) e de empregados e autônomos ativos da iniciativa privada e de empregados de algumas prefeituras (53,7 milhões de contribuintes). A despesa previdenciária dos benefícios dos 23,9 milhões de aposentados e pensionistas, com salário médio de R$ 777,90, foi de R$ 246,0 bilhões (7,02% do PIB), fazendo com que o resultado previdenciário tenha sido negativo em R$ 33,6 bilhões (0,96% do PIB).

 

Em 2010 a receita previdenciária pelo Regime Próprio de Previdência Social (RPPS) das contribuições dos 1.215.939 servidores ativos do governo federal (872.369 civis e 343.570 militares), com salário médio mensal de R$ 7.044,10, foi de R$ 22,7 bilhões (0,65% do PIB). A despesa previdenciária dos benefícios dos 992.657 servidores aposentados e pensionistas (707.957 civis e 284.700 militares), com salário médio de mensal de R$ 6.757,60, foi de R$ 80,5 bilhões (2,30% do PIB), fazendo com que o resultado previdenciário tenha sido negativo em R$ 57,8 bilhões (1,65% do PIB). 

 

Crescimento Econômico

 

O Brasil é um país virgem, com vocação natural para o crescimento: 6,29% ao ano (1964/84). 

 

A partir de 1985 o Brasil amargou quedas sucessivas do crescimento real, com média/ano como segue: 4,39% ao ano (1985/89), 1,24% ao ano (1990/94), 2,31% ao ano (1995/02) e 3,57% ao ano (2003/2009) gerando uma média medíocre de crescimento econômico real média/ano no período de 1985/2009 de 2,88% ao ano.

 

O PIB PER CAPITA (preços correntes) apurado no ano de 1994 foi de R$ 2.232,00. Em 2002 foi de R$ 8.378,00, ou seja: 275,36% maior do que o apurado em 1994. Com base nos números conhecidos até dezembro de 2010 podemos projetar um PIB PER CAPITA (preços correntes) de R$ 18.069,00, ou seja: 115,67% maior do que o apurado no ano de 2002, e 709,54% maior do que o apurado em 1994.

 

O PIB (preços correntes) apurado no ano de 1994 foi de R$ 349,2 bilhões. Em 2002 foi de R$ 1.477,8 bilhões, ou seja: 323,19% maior do que o apurado no ano de 1994. Com base nos números conhecidos até dezembro de 2010 podemos projetar um PIB (preços correntes) de R$ 3.505,5 bilhões, ou seja: 137,21% maior do que o apurado em 2002, e 903,86% maior do que o apurado em 1994.

 

Taxa Média/Ano de Desemprego Aberto

 

Em 2002 foi apurada uma taxa média de desemprego aberto, medida pelo IBGE, de 11,7%. Em dezembro de 2010 foi apurada uma taxa média de 6,7%, ou seja: 42,73% menor do que a média apurada em 2002. 

 

Memórias de cálculos

 

Indicadores utilizados no estudo

 

a) Com base nos números conhecidos até dezembro de 2010 estamos estimando um PIB a preços correntes de R$ 3.505,5 bilhões (crescimento real de 5,31% e inflação de 5,91% medida pelo IPCA-IBGE). 

 

b) Com base no dólar médio de 2010 de R$ 1,7668 estamos estimando um PIB de US$ 1.984,1 bilhões para o ano corrente. 

 

c) Em 2010 o IGPM foi de 11,3220% e o IPCA de 5,9100%.

 

Quadro Demonstrativo I - Despesas realizadas pela União,

segundo os órgãos da administração - Fonte de Consulta MF - Base R$ bilhões.

Órgãos

2003/2009

2010

Janeiro/03 até Dezembro/10

 

Valor

Valor

Valor

% Des.

% PIB(1)

Poder Executivo

5.195,6

1.079.5

6.275,1

95,61

30,61

Fazenda (2 e 3)

2.352,7

417,0

2.769,7

42,20

13,51

Previdência Social

1.271,1

282,8

1.553,9

23,68

7,58

Saúde

306,1

65,7

371,8

5,66

1,81

Defesa

263,5

60,9

324,4

4,94

1,58

Educação

227,5

64,4

291,9

4,45

1,42

Trabalho

196,2

46,8

243,0

3,70

1,18

Transportes

70,8

21,1

91,9

1,41

0,45

Agricultura

46,4

10,3

56,7

0,87

0,28

Justiça

42,3

9,7

52,0

0,80

0,25

Presidência

22,0

7,1

29,1

0,44

0,14

Ciência/Tecnologia

29,4

7,7

37,1

0,56

0,18

Integração Nacional

65,0

16,5

81,5

1,24

0,40

Minas e Energia

91,6

17,5

109,1

1,66

0,53

Desenv. Agrário

27,7

4,5

32,2

0,49

0,16

Meio Ambiente

8,8

1,9

10,7

0,16

0,05

Orçamento/Gestão

18,7

5,4

24,1

0,37

0,12

Desenv./Ind./Com.

11,3

1,3

12,6

0,19

0,07

Relações Exteriores

11,5

2,1

13,6

0,21

0,07

Comunicações

8,6

1,9

10,5

0,16

0,06

Combate a Fome

63,4

16,4

79,8

1,21

0,39

Cidades

39,2

13,1

52,3

0,80

0,25

Outras Despesas

21,8

5,4

27,2

0,41

0,13

Poder Judiciário

177,9

40,5

218,4

3,33

1,06

J. do Trabalho

59,6

12,6

72,2

1,11

0,35

J. Federal

81,8

19,5

101,3

1,54

0,49

J. Eleitoral

20,8

5,0

25,8

0,39

0,13

J. Distrito Federal

6,9

1,6

8,5

0,13

0,04

STJ/STF

7,1

1,5

8,6

0,13

0,04

Justiça Militar

1,7

0,3

2,0

0,03

0,01

MP da União

16,0

3,6

19,6

0,30

0,10

Poder Legislativo

42,2

7,9

50,1

0,76

0,24

C. dos Deputados

19,3

3,5

22,8

0,35

0,10

Senado

16,5

3,1

19,6

0,30

0,10

Tribunal de Contas

6,4

1,3

7,7

0,11

0,04

Total de Despesas

5.431,7

1.131,5

6.563,2

100,00

32,01

Total de Receitas

4.723,3

980,7

5.704,0

86,91

27,82

Resultado Nominal

(708,4)

(150,8)

(859,2)

(13,09)

(4,19)

Notas: (1) PIB - R$ 1.699,9 bilhões em 2003; R$ 1.941,5 bilhões em 2004; R$ 2.147,2 bilhões em 2005; R$ 2.369,5 bilhões em 2006; R$ 2.661,3 em 2007; R$ 3.031,9 bilhões em 2008; R$ 3.143,0 bilhões em 2009; R$ 3.505,5 bilhões previsão para 2010 (2) Excluídos refinanciamentos de dívidas nas receitas de R$ 2.655,9 bilhões de 2003/2009 e de R$ 371,5 bilhões em 2010 e de R$ 2.542,3 bilhões nas despesas de 2003/2009 e de R$ 373,4 bilhões em 2010 (3) Incluindo Transferências Constitucionais para Estados e Municípios de R$ 917,4 bilhões de 2003/09 e de R$ 187,1 bilhões em 2010.

 

Quadro Demonstrativo II - As cinco prioridades de gastos do governo Lula

De Janeiro de 2003 até Dezembro de 2010 - Base R$ bilhões.

Órgãos

Valor

% Despesas.

% PIB

Fazenda

2.769,7

42,20

13,51

Previdência (INSS/União)

1.823,1

27,78

8,89

Saúde

371,8

5,66

1,81

Defesa

324,4

4,94

1,58

Educação

291,9

4,45

1,42

Outros

982,3

14,97

4,80

Total

6.563,2

100,00

32,01

 

 I01

  

I02

 

 CONSIDERAÇÕES SOBRE O PERFIL DE GASTOS

 

Os principais indicadores do governo Lula no período de janeiro de 2003 até Dezembro de 2010 foram como segue:

 

a) Receitas Totais de 27,82% do PIB (Correntes e de Capitais).

 

b) Despesas Totais de 32,01% do PIB (Correntes e de Capitais).

 

c) Gerando déficit fiscal nominal de 4,19% do PIB. 

 

d) De janeiro de 2003 até dezembro de 2010, apenas com Serviço da Dívida - R$ 1.665,2 bilhões (8,12% do PIB); Transferências Constitucionais e Voluntárias para Estados e Municípios - R$ 1.104,5 bilhões (5,39% do PIB); Previdência INSS - R$ 1.377,7 bilhões com 23,9 milhões de beneficiários (6,72% do PIB) e Custo Total com Pessoal da União - Civis e Militares - Ativos, Aposentados e Pensionistas - R$ 999,3 bilhões com 2.208.596 de beneficiários (4,87% do PIB) totalizando R$ 5.146,7 bilhões (25,11% do PIB), comprometeram-se 90,23% das Receitas Totais (Correntes e de Capitais) no período, no valor de R$5.704,0 bilhões (27,82% do PIB).

 

Quadro Demonstrativo III – Análise Fiscal da União de Janeiro de 2003

até Dezembro de 2010 em comparação com 2002 – Base R$ bilhões

Órgãos

2002

% PIB

2003/2010

% PIB

Variação PIB

Fazenda

(196,2)

(13,27)

(2.769,7)

(13,51)

(0,24)

Previdência

(123,2)

(8,33)

(1.823,1)

(8,89)

(0,56)

Saúde

(27,3)

(1,85)

(371,8)

(1,81)

0,04

Defesa

(26,4)

(1,79)

(324,4)

(1,58)

0,21

Educação

(19,5)

(1,32)

(291,9)

(1,42)

(0,10)

Outros

(46,5)

(3,15)

(982,3)

(4,80)

(1,65)

Total Desp.

(439,1)

(29,71)

(6.563,2)

(32,01)

(2,30)

Total Rec.

436,3

29,52

5.704,0

27,82

(1,70)

Saldo

(2,8)

(0,19)

(859,2)

(4,19)

(4,00)

.

 

ANÁLISE QUALITATIVA DO RESULTADO FISCAL DA UNIÃO

 

a) De janeiro de 2003 até dezembro de 2010 houve aumento das despesas totais (correntes e de capitais) de 2,30% do PIB em relação ao ano de 2002. Aumento real em relação ao PIB de 7,74%. Apesar do aumento global das despesas, devido ao aumento do número de Ministérios, houve redução real de algumas despesas importantes, tais como: Saúde (–2,16%); Defesa (-11,73%).

 

b) De janeiro de 2003 até dezembro de 2010 houve redução das receitas totais (correntes e de capitais) de 1,70% do PIB em relação ao ano de 2002. Redução real em relação ao PIB de 5,76%. 

 

c) De janeiro de 2003 até dezembro de 2010 o governo federal gerou um déficit fiscal nominal de  R$ 859,2 bilhões (4,19% do PIB). 

 

d) A dotação orçamentária das despesas da União para o exercício de 2010 foi de R$ 1.259,7 bilhões, tendo sido empenhado o montante de  R$ 1.131,5 bilhões e liquidado R$ 1.131,5 bilhões, não considerando renegociação de dívidas de R$ 373,4 bilhões.

 

e) Em 2010 ficou um resto a pagar de R$ 72,4 bilhões.

 

 

Quadro Demonstrativo IV - Receitas realizadas pela União,

por tipo de tributo - Fonte de Consulta MF - Base R$ bilhões.

RECEITAS

2003/2009

2010

Janeiro/03 até Dezembro/10

 

Valor

Valor

Valor

% Rec.

% PIB

Tributárias

1.262,2

282,0

1.544,2

27,07

7,52

IR Fonte

447,6

91,8

539,4

9,46

2,63

IPI

185,6

38,1

223,7

3,92

1,09

IR Pessoa Jurídica

386,1

82,4

468,5

8,21

2,28

Imposto Imp/Exp

81,6

21,1

102,7

1,80

0,50

IOF

69,8

26,5

96,3

1,69

0,47

IR Pessoa Física

65,1

16,2

81,3

1,42

0,40

Taxas Diversas

26,4

5,9

32,3

0,57

0,15

Contribuições

2.313,9

487,6

2.801,5

49,11

13,67

Previdência (INSS)

895,7

212,4

1.108,1

19,43

5,40

Cofins

644,0

138,6

782,6

13,72

3,82

Pis/Pasep

167,0

40,0

207,0

3,63

1,01

Contrib. Social s/Lucro

204,1

45,2

249,3

4,37

1,22

CPMF

147,5

0,0

147,5

2,58

0,72

Outras 34 Contribuições

151,8

17,7

169,5

2,97

0,83

Previdência - Servidores

56,5

22,7

79,2

1,39

0,39

Salário Educação

47,3

11,0

58,3

1,02

0,28

Patrimonial

227,3

65,2

292,5

5,13

1,43

Serviços

182,6

40.4

223,0

3,91

1,09

Outras Rec. Correntes

185,7

27,4

213,1

3,74

1,04

T. Receitas Correntes

4.171,7

902,6

5.074,3

88,96

24,75

Alienação de Bens

11,2

0,8

12,0

0,21

0,06

Amortizações/Empréstimo

137,8

24,8

162,6

2,85

0,79

Outras Rec. de Capital

402,6

52,5

455,1

7,98

2,22

Receitas de Capital

551,6

78,1

629,7

11,04

3,07

Total Geral de Receitas

4.723,3

980,7

5.704,0

100,00

27,82

 

 I03

 I04

  

ANÁLISE QUALITATIVA DA POLÍTICA TRIBUTÁRIA

 

Comparação do ano de 2002 com o período de janeiro de 2003 até dezembro de 2010, conforme quadro IV acima. 

 

Receitas Tributárias saíram da média/mês de R$ 9,0 bilhões (7,31% do PIB) em 2002 para R$ 16,1 bilhões (7,52% do PIB) no período de janeiro de 2003 até dezembro de 2010. Crescimento nominal de 78,88%, e aumento real em relação ao PIB de 2,87’%.

 

Receitas de Contribuições saíram da média/mês de R$ 16,1 bilhões (13,07% do PIB) em 2002 para R$ 29,2 bilhões (13,67% do PIB) no período de janeiro de 2003 até dezembro de 2010. Crescimento nominal de 81,37%, e aumento real em relação ao PIB de 4,59%. 

 

Receitas de Capitais saíram da média/mês de R$ 7,8 bilhões (6,33% do PIB) em 2002 para R$ 6,6 bilhões (3,07% do PIB) no período de janeiro de 2003 até dezembro de 2010. Queda nominal de 15,38%, e queda real em relação ao PIB de 51,50%. 

 

Receitas Totais saíram da média/mês de R$ 36,4 bilhões (29,52% do PIB) em 2002 para R$ 59,4 bilhões (27,82% do PIB) no período de janeiro de 2003 até dezembro de 2010. Aumento nominal de 63,19%, e queda real em relação ao PIB de 5,76%. 

 

Quadro Demonstrativo VI - Estoque da Dívida Externa Total 

Fonte BCB – Base US$ bilhões.

Itens

1994

% PIB

2002

% PIB

2010

% PIB

Dívida Bruta da União

73,6

13,55

127,8

25,34

339,6

17,12

Reservas (1)

(38,8)

(7,14)

(37,8)

(7,49)

(288,6)

(14,55)

Dívida Líquida da União

34,8

6,41

90,0

17,85

51,0

2,57

Dívida Privada

72,6

13,37

99,5

19,73

10,8

0,54

Dívida Líquida Total

107,4

19,78

189,5

37,58

61,8

3,11

(1) Conceito de Caixa

  

I05

 I06

 

CONSIDERAÇÕES SOBRE A DÍVIDA EXTERNA

 

Em dezembro de 1994 o estoque da dívida externa líquida da União era de US$ 34,8 bilhões (6,41% do PIB) aumentando para US$ 90,0 bilhões (17,85% do PIB) em dezembro de 2002. Crescimento real em relação ao PIB de 178,47% comparado com o ano de 1994. Em dezembro 2010 diminui para US$ 51,0 bilhões (2,57% do PIB). Redução real em relação ao PIB de 85,60% comparado com dezembro de 2002, e redução real em relação ao PIB de 59,91% comparado com dezembro de 1994.

 

Em dezembro de 1994 o estoque total da dívida externa líquida (pública e privada) era de US$ 107,4 bilhões (19,78% do PIB) aumentando para US$ 189,5 bilhões (37,58% do PIB) em dezembro de 2002. Crescimento real de 89,99% em relação ao PIB comparado com o ano de 1994. Em dezembro de 2010 diminui para US$ 61,8 bilhões (3,11% do PIB). Redução real em relação ao PIB de 91,72% comparado com dezembro de 2002, e redução real em relação ao PIB de 84,28% comparado com dezembro ano de 1994.

 

No conceito de caixa as reservas internacionais no Banco Central do Brasil em dezembro de 1994 eram de US$ 38,8 bilhões (7,14% do PIB). Em dezembro de 2002 de US$ 37,8 bilhões (7,49% do PIB). Em dezembro de 2010 de US$ 288,6 bilhões (14,55% do PIB).

 

 Quadro Demonstrativo VII - Dívida Líquida

Total da União (Interna e Externa)

Fonte MF - Base R$ bilhões.

Itens

1994

% PIB

2002

% PIB

2010

% PIB

Dívida Interna Em Poder do Mercado

32,1

9,19

558,9

37,82

1.603,9

45,75

Dívida Interna Em Poder do Banco Central

33,5

9,59

282,1

19,09

694,0

19,80

Dívida Externa Líquida

22,2

6,35

262,9

17,79

90,1

2,57

Dívida Total Líquida

87,8

25,13

1.103,9

74,70

2.388,0

68,12

 

 I07

 I08

 I09

  

Apenas 5 estados devem a União 73,90% de uma dívida total atualizada até dezembro de 2010 de R$ 471,7 bilhões, como segue: SP (41,34%) - MG (11,41%) - RJ (10,37%) - RS (7,64%) - PR (3,14%).

 

Dívida Interna da União Total (em poder do mercado e em poder do Banco Central)

 

- Aumento nominal da dívida Interna em poder do mercado de R$ 32,1 bilhões (9,19% do PIB) em 1994 para R$ 558,9 bilhões (37,82% do PIB) em 2002. Aumento real em relação ao PIB de 311,53%

 

- Aumento nominal da dívida interna em poder do mercado de R$ 558,9 bilhões (37,82% do PIB) em 2002 para R$ 1.603,9 bilhões (45,75% do PIB) em 2010. Aumento real em relação ao PIB de 20,97%.

 

- Aumento nominal da dívida interna em poder do Banco Central de R$ 33,5 bilhões (9,59% do PIB) em 1994 para R$ 282,1 bilhões (19,09% do PIB) em 2002. Aumento real em relação ao PIB de 99,06%.

 

- Aumento nominal da dívida interna em poder do Banco Central de R$ 282,1 bilhões (19,09% do PIB) em 2002 para R$ 694,0 bilhões (19,80% do PIB) em 2010. Aumento real em relação ao PIB de 3,72%.

 

- Aumento nominal da dívida interna total (em poder do mercado e do Banco Central) de R$ 65,6 bilhões (18.78% do PIB) em 1994 para R$ 841,0 bilhões (56,91% do PIB) em 2002. Aumento real em relação ao PIB de 203,03%. Cabe lembrar que nesse período o governo federal assumiu todas as dívidas do estados e municípios, cujo valor atualizado com base em dezembro de 2010 era de R$ 471,7 bilhões (13,56% do PIB).

 

- Aumento nominal da dívida interna total (em poder do mercado e do Banco Central) de R$ 841,0 bilhões (56,91% do PIB) em 2002 para R$ 2.297,9 bilhões (65,55% do PIB) em 2010. Crescimento real em relação ao PIB de 15,18%.

 

Dívida Externa Líquida da União (Dívida Externa Bruta Menos Reservas)

 

- Aumento nominal de R$ 22,2 bilhões (6,35%do PIB) em 1994 para R$ 262,9 bilhões (17,79% do PIB) em 2002. Aumento real em relação ao PIB de 180,16%.

 

- Redução nominal de R$ 262,9 bilhões (17,79% do PIB) em 2002 para R$ 90,1 bilhões (2,57% do PIB) em 2010. Redução real em relação ao PIB de 85,55%.

 

Dívida Líquida Total da União (Interna e Externa)

 

- Aumento nominal de R$ 87,8 bilhões (25,13% do PIB) em 1994 para R$ 1.103,9 bilhões (74,70% do PIB) em 2002. Aumento real em relação ao PIB de 197,25%.

 

- Aumento nominal de R$ 1.103,9 bilhões (74,70% do PIB) em 2002 para R$ 2.388,0 bilhões (68,12% do PIB) em 2010. Redução real em relação ao PIB de 8,81%.

 

Quadro Demonstrativo VIII - Custo de Financiamento para

Carregamento da Dívida Interna da União. Fonte MF

Ano de 2010

Mês

Efetiva Ano %

Efetiva Mês %

IGPM Mês %

Ganho Real Mês %

Janeiro

13,18

1,0371

0,6300

0,4071

Fevereiro

12,86

1,0132

1,1800

(0,1668)

Março

11,25

0,8923

0,9400

(0,0477)

Abril

11,63

0,9210

0,7700

0,1510

Maio

12,22

0,9654

1,1900

(0,2246)

Junho

10,26

0,8172

0,8500

(0,0328)

Julho

9,89

0,7890

0,1500

0,6390

Agosto

10,64

0,8462

0,7700

0,0762

Setembro

11,90

0,9414

1,1500

(0,2086)

Outubro

13,29

1,0453

1,0100

0,0353

Novembro

13,96

1,0949

1,4500

(03551)

Dezembro

12,10

0,9564

0,6900

0,2664

Média

11,83

0,9361

0,8978

0,0383

 

 Política de Juro

 

O custo médio de carregamento da dívida interna da União em 2010 foi de 0,9361 ao mês (11,83% ao ano), com ganho real para os investidores de 0,0383% ao mês (1,00% ao ano), depois de excluída a inflação média/mês do IGPM de 0,8978% ao mês (11,32% ao ano).

 

Sendo o multiplicador de base médio de 2010 de 1,4300 ou seja: 69,93% dos recursos disponíveis foram esterilizados pelo Banco Central, através dos depósitos compulsórios, o juro mínimo de mercado médio de 2010 foi de 11,83% ao ano  x 3,3256 = 39,34% ao ano (2,8031% ao mês), não considerando outros custos, tais como: impostos, taxas e lucros dos bancos.

 

Em 2010 a dívida total da União teve PMP (Prazo Médio de Pagamento) de 3,51 anos. Considerando apenas a dívida interna da União em poder do mercado teve um PMP de 3,36 anos.

 

 Quadro Demonstrativo IX – Balanço de Pagamentos- Fonte BCB – Base US$ bilhões

Itens

2003/2009

2010

2003/2010

% PIB

Exportação

936,9

201,9

1.138,8

11,67

Importação

(697,5)

(181,6)

(879,1)

(9,01)

Saldo/Comercial

239,4

20,3

259,7

2,66

Viagens Líquidas

(15,9)

(10,5)

(26,4)

(0,27)

Transportes

(21,1)

(6,4)

(27,5)

(0,28)

Lucro/Dividendos

(122,3)

(30,6)

(152,9)

(1,57)

Juros Líquidos

(75,3)

(9,6)

(84,9)

(0,87)

Outros

(36,0)

(13,5)

(49,5)

(0,51)

Saldo/Serviços

(270,6)

(70,6)

(341,2)

(3,50)

Trans/Unilaterais

25,6

2,8

28,4

0,30

Sal. T. Correntes

(5,6)

(47,5)

(53,1)

(0,54)

Amortizações

(227,6)

(33,8)

(261,4)

(2,68)

N. Financiamento

(233,2)

(81,3)

(314,5)

(3,22)

Invest. Líquido

199,1

100,1

299,2

3,08

Novos Emprést.

216,8

30,3

247,1

2,53

Saldo BP

182,7

49,1

231,8

2,39

Notas: PIB de 2003 - US$ 553,6 bilhões; PIB de 2004 - US$ 663,8 bilhões; PIB de 2005 - US$ 882,4 bilhões;

PIB de 2006 – U$ 1.088,9 bilhões; PIB de 2007- US$ 1.366,5 bilhões; PIB de 2008 – US$ 1.636,3 bilhões;

PIB de 2009 – US$ 1.577,3 bilhões. PIB 2010 (Previsão) – U$S 1.984,1 bilhões.

  

Quadro Demonstrativo X – Resumo do Balanço de Pagamentos

Período de Janeiro de 1985 até dezembro de 2010 - Fonte de Consulta BCB – Base US$ bilhões.

Itens

85/89

%PIB

90/94

%PIB

95/02

%PIB

03/10

% PIB

S. Comercial

67,3

4,57

60,3

2,70

(8,4)

(0,15)

259,7

2,66

Média/Ano 

13,5

4,57

12,1

2,70

(1,1)

(0,15)

32,5

2,66

S. Serviços

(69,7)

(4,73)

(70,6)

(3,16)

(195,0)

(3,47)

(341,2)

(3,50)

S. Correntes

(1,8)

(0,12)

(1,3)

(0,06)

(186,9)

(3,32)

(53,1)

(0,54)

N/Financiamento

(67,2)

(4,56)

(86,9)

(3,89)

(407,5)

(7,26)

(314,5)

(3,22)

 Média/Ano

(13,4)

(4,56)

(17,4)

(3,89)

(50,9)

(7,26)

(39,3)

(3,22)

Emp. Inv. Outros

33,9

2,30

121,2

5,42

406,8

7,24

546,3

5,61

Saldo BP

(33,3)

(2,26)

34,3

1,53

(0,7)

(0,01)

231,8

2,39

Notas: PIB – 85/89 (US$ 1.472,8 bilhões) – 90/94 (US$ 2.235,1 bilhões) –

95//02 (US$ 5.615,9 bilhões) – 03/10 (US$ 9.752,9 bilhões).

 

CONSIDERAÇÕES SOBRE O QUADRO DE BALANÇO DE PAGAMENTOS

 

Série história de nossa balança comercial com base na média/ano foi como segue: 85/89 (superávit de US$ 13,5 bilhões = 4,57% do PIB); 90/94 (superávit de US$ 12,1 bilhões = 2,70% do PIB); 95/02 (déficit de  US$ 1,1 bilhão = -0,15% do PIB). De janeiro de 2003 até dezembro de 2010 (superávit de US$ 32,5 bilhões = 2,66% do PIB). 

 

 I10

 I11

  

Série histórica dos investimentos externos líquidos (diretos e indiretos) com base na média/ano foi como segue: 85/89 (negativo de US$ 6,3 bilhões = -2,14% do PIB); 90/94 (positivo de US$ 7,0 bilhões  = 1,57% do PIB); 95/02 (positivo de US$ 24,3 bilhões = 3,46% do PIB). De janeiro de 2003 até dezembro de 2010 (positivo de US$ 37,4 bilhões = 3,08% do PIB).

 

 I12

 I13

  

Série histórica de nossa necessidade de financiamento de balanço de pagamentos com base na média/ano foi como segue: 85/89 (US$ 13,4 bilhões = 4,56% do PIB); 90/94 (US$ 17,4 bilhões = 3,89% do PIB); 95/02 (US$ 50,9 bilhões = 7,26% do PIB).  De janeiro de 2003 até dezembro de 2010 (US$ 39,3 bilhões = 3,22% do PIB).

 

I14

 I15

  

Quadro Demonstrativo XI - Gastos com Pessoal da Administração

Federal Direta e Indireta. Fonte de Consulta MF - Base - R$ bilhões.

Itens

1994

2002

2010

% PIB

Pessoal Civil

27,0

54,1

141,5

4,04

Ativos

13,6

33,3

86,6

2,47

Inativos/Pensão

13,4

20,8

54,9

1,57

Pessoal Militar

8,8

20,9

41,8

1,19

Ativos

3,8

8,3

16,2

0,46

Inativos/Pensão

5,0

12,6

25,6

0,73

Total

35,8

75,0

183,3

5,23

Nota:

(1) Estamos considerando 147.838 servidores dos Ex-Territórios e DF

 

 I16

  

Quadro Demonstrativo XII – Custo Per Capita com Pessoal da Administração

Federal Direta e Indireta. Média mês. Fonte de Consulta MF - Base Dezembro de 2010

Itens

Quantidade

Média/Mês R$ 1.000

Per Capita/Mês R$ 1,00

CIVIS

1.580.326

11.787.839

7.459,12

Ativos

872.369

7.215.049

8.270,64

Inativos/Pensões

707.957

4.572.790

6.459,13

Militares

628.270

3.485.340

5.547,52

Ativos

343.570

1.350.150

3.941,24

Inativos/Pensões

284.700

2.135.190

7.499,79

Total

2.208.596

15.273.179

6.915,33

Nota: Estamos considerando 147.838 servidores dos Ex-Territórios e DF

  

Considerações Sobre Os Gastos com Pessoal da União (Diretos, Indiretos, Civis, Militares, Ativos, Aposentados, Pensionistas, Ex-Territórios e DF)

  

Com base nos quadros XI e XII e XIII podemos fazer as seguintes considerações:

 

a) O custo total de pessoal da União aumentou de R$ 35,8 bilhões em 1994 para R$ 75,0 bilhões em 2002. Incremento nominal de 109,50% em relação ao ano de 1994. Em 2010 o custo total com pessoal da União foi de R$ 183,3 bilhões. Incremento nominal de 144,40% em relação ao ano de 2002.

 

b) Em 2010 o rendimento médio/mês per capita com pessoal ativo da União - 1.215.939 servidores (872.369 civis e 343.570 militares) foi de R$ 7.044,10, enquanto a média/mês per capita nacional para os trabalhadores formais nas atividades privadas foi de R$ 1.515,10 (78,49% menor).

 

c) Em 2010 o rendimento médio/mês per capita com pessoal aposentado e pensionista da União – 992.657 servidores (707.957 civis e 284.700 militares) foi de R$ 6.757,60, enquanto a média/mês per capita dos aposentados e pensionistas das atividades privadas (INSS - 23,9 milhões de beneficiários) foi de R$ 777,90 (88,49% menor).

Nota:

 

d) Em Dezembro de 2010, comparando com dezembro de 2002, houve aumento do efetivo da União da ordem 171.822 servidores: Legislativo - 4.171; Judiciário - 37.293; Executivo Militar - 45.193; Executivo Civil - 118.135 e redução de Ex-Territórios e DF de (32.970).

 

Ex-Territórios e DF: - Nº de Empregados de outras esferas de Governo pagos com recursos do Ministério da Fazenda. Hoje se encontram apenas o Mato Grosso e o Rio Grande do Sul sob sua supervisão. Os Servidores Civis dos Ex-Territórios do Acre, Amapá, Rondônia, Roraima estão incluídos na Administração Direta do Ministério da Fazenda. Os Servidores militares CBM e PM do antigo Estado da Guanabara, que antes se encontravam nas Transferências Intergovernamentais, estão integralmente dentro do SIAPE, motivo da atualização nos quantitativos das Transferências Intergovernamentais

 

PREVIDÊNCIA SOCIAL

Quadro Demonstrativo XIII - Previdência Social

Fonte de Consulta MF - Base R$ bilhões

Itens

1998

% PIB

2002

% PIB

2009

% PIB

2010

% PIB

Déficit INSS

(8,4)

(0,86)

(13,5)

(0,91)

(40,5)

(1,30)

(33,6)

(0,96)

Contribuições

45,0

4,59

76,3

5,16

181,1

5,79

212,4

6,06

Benefícios

(53,4)

(5,45)

(89,8)

(6,07)

221,6

7,09

(246,0)

(7,02)

Déficit  União

(20,0)

(2,04)

(28,1)

(1,90)

(60,2)

(1,92)

(57,8)

(1,65)

Contribuições

2,6

0,27

5,3

0,36

9,3

0,30

22,7

0,65

Benefícios

(22,6)

(2,31)

(33,4)

(2,26)

69,5

2,22

(80,5)

(2,30)

Déficit Total

(28,4)

(2,90)

(41,6)

(2,81)

(100,7)

(3,22)

(91,4)

(2,61)

 

 a) Em 2010 o déficit previdenciário pelo Regime Geral de Previdência Social (RGPS) foi de R$ 33,6 bilhões (0,96% do PIB) e o déficit previdenciário do setor público federal pelo Regime Próprio de Previdência Social (RPPS) foi de R$ 57,8 bilhões (1,65% do PIB), totalizando no ano 2010 déficit previdenciário de R$ 91,4 bilhões (2,61% do PIB). 

 

 Quadro Demonstrativo XIV - Taxa Média/Ano de Crescimento Econômico Real Relativo

ao Período de 1964 a 2009 em Percentuais do PIB - Fonte de Consulta IBGE.

Períodos

1964/84

1985/89

1990/94

1995/02

2003/09

Média/Ano

6,29

4,39

1,24

2,31

3,57

  

I17

  

Quadro Demonstrativo XV – PIB A Preços Correntes

Fonte IBGE

 

Ano

R$ Bilhões

US$ Bilhões

1994

349,2

543,1

1998

979,3

843,8

2002

1.477,8

504,4

2003

1.699,9

553,6

2004

1.941,5

663,8

2005

2.147,2

882,4

2006

2.369,5

1.088,8

2007

2.661,3

1.366,5

2008

3.031,9

1.636,0

2009

3.143,0

1.577,3

2010*

3.505,5

1.984,1

*Previsão

 

I18

  

Quadro Demonstrativo XVI – PIB Per Capita

Fonte IBGE

 

Ano

R$ 1,00

US$ 1,00

1994

2.232

3.472

1998

5.890

5.077

2002

8.382

2.861

2003

9.511

3.097

2004

10.720

3.665

2005

11.709

4.812

2006

12.769

5.867

2007

14.183

7.283

2008

15.989

8.628

2009

16.251

8.237

2010*

18.069

10.227

*Previsão

  

I19

  

CONSIDERAÇÕES SOBRE CRESCIMENTO ECONÔMICO

 

O Brasil é um país virgem, com vocação natural para o crescimento: 6,29% (1964/84). 

 

A partir de 1985 o Brasil amargou quedas sucessivas do crescimento real, com média/ano como segue: 4,39% ao ano (1985/89), 1,24% ao ano (1990/94), 2,31% ao ano (1995/02) e 3,57% ao ano (2003/2009) gerando uma média medíocre de crescimento econômico real média/ano no período de 1985/2009 de 2,88% ao ano, indicador responsável por todos os desequilíbrios atuais, principalmente previdência. 

  

Quadro Demonstrativo XVII

Taxa Média/Ano de Desemprego Aberto (%)

Fonte IBGE

1994

2002

2003

2004

2005

2006

2007

2008

2009

2010

5,1

11,7

12,3

11,5

9,8

10,0

9,3

7,9

8,1

6,7

 

I20

  

Quadro Demonstrativo XVIII - Carga Tributária Brasileira

% PIB - Fonte MF

Ano

1989

1992

1994

2002

2009

Federal

16,05

17,00

19,90

22,08

23,45

Estadual

6,71

6,96

6,98

8,90

8,59

Municipal

0,95

1,00

1,02

1,37

1,54

Total

23,71

24,96

27,90

32,35

33,58

  

I21

 

 

14 de Fevereiro de 2011

 

Ricardo Bergamini
(48) 4105-0832
(48) 9976-6974
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Última atualização em Sáb, 27 de Agosto de 2011 18:49