Índice de Preços ao Produtor – IPP – Fonte IBGE - Base: Maio de 2013

Sex, 12 de Julho de 2013
Seção:
Categoria: Ricardo Bergamini

Grafico

Índice de Preços ao Produtor (IPP) varia 0,28% em maio

 

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Em maio de 2013, o Índice de Preços ao Produtor (IPP) teve variação de 0,28% quando comparado com abril, resultado inferior à taxa observada na comparação entre abril e março (0,40%). Ao comparar o mês atual contra o mesmo mês do ano anterior (acumulado em 12 meses), os preços variaram 4,07% em maio e 5,54% em abril. A variação acumulada no ano ficou em 0,27%.

 

O IPP mede a evolução dos preços de produtos “na porta de fábrica”, sem impostos e fretes, de 23 setores da indústria de transformação.

 

Em maio, 17 das 23 atividades tiveram variação positiva em relação a abril

Em maio de 2013, na comparação com o mês anterior, 17 das 23 atividades apresentaram variações positivas de preços, contra 18 de abril em comparação com março. As quatro maiores variações observadas se deram entre os produtos compreendidos nas seguintes atividades industriais: madeira (1,50%), têxtil (1,45%), alimentos (1,42%) e equipamentos de informática, produtos eletrônicos e ópticos (-1,39%).

 

Em termos de influência, na comparação entre maio/2013 e abril/2013 (0,28%), sobressaíram-se alimentos (0,27 p.p.), outros produtos químicos (-0,13 p.p.), metalurgia (0,05 p.p.) e refino de petróleo e produtos de álcool (-0,10 p.p.).

 

Ao comparar maio /2013 com dezembro/2012 (acumulado no ano), a variação de preços ocorrida foi de 0,27%, contra -0,01% em abril. As quatro maiores variações de preços ocorreram em têxtil (5,87%), alimentos (-3,72%), confecção de artigos do vestuário e acessórios (3,58%) e madeira (3,38%). Já as principais influências vieram de alimentos (-0,75 p.p.), metalurgia (0,26 p.p.), refino de petróleo e produtos de álcool (0,20 p.p.) e veículos automotores (0,14 p.p.).

 

Na comparação entre maio/2013 e maio/2012 (acumulado em 12 meses), a variação foi de 4,07%, contra 5,54% em abril. As quatro maiores variações de preços ocorreram em bebidas (8,86%), papel e celulose (7,14%), borracha e plástico (6,96%) e refino de petróleo e produtos de álcool (6,10%). As maiores influências para esse indicador foram de alimentos (0,77 p.p.), refino de petróleo e produtos de álcool (0,67 p.p.), outros produtos químicos (0,53 p.p.) e veículos automotores (0,28 p.p.).

 

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Alimentos: em maio de 2013, na comparação com o mês anterior, os preços dos produtos alimentares variaram, em média, 1,42%, maior resultado positivo desde agosto de 2012 (2,07%). Mesmo com o resultado positivo de maio (e o de abril, 0,17%), o acumulado no ano manteve-se negativo (-3,72% contra -5,07% em abril). Na comparação com o mesmo mês de 2012, os preços atuais foram 3,98% maiores, resultado que vem caindo sistematicamente desde dezembro de 2012, 14,86%.

 

Dos produtos em destaque em termos de influência, dois ("resíduos de soja" e "leite esterilizado /UHT/longa Vida") impactaram com variações positivas e dois ("carnes e miudezas de aves congeladas" e "carnes e miudezas de aves, frescas ou refrigeradas"), com variações negativas. Os quatro produtos tiveram influência de 1,06 p.p. na variação de 1,42%. Desses produtos, "resíduos de soja" e "carnes e miudezas de aves, frescas ou refrigeradas" também apareceram entre as maiores variações de preços. Os outros dois produtos em destaque por conta da variação foram "açúcar demerara, inclusive açúcar VHP" e "produtos embutidos ou de salamaria de bovino, integrado ao abate", ambos com variações positivas.

 

Refino de petróleo e produtos de álcool: a atividade de “refino de petróleo e produtos do álcool” registrou variação de -0,93% em maio com relação a abril de 2013, invertendo trajetória positiva registrada em abril. No ano, o setor acumulou alta de 1,85%. Ao se comparar o resultado do indicador mês/mesmo mês do ano anterior, maio registrou resultado de 6,10%.

 

Em termos de influência, em maio frente a abril, os quatro produtos que mais pesaram neste indicador explicaram -0,92 p.p. de -0,93% de todo o setor, três deles provenientes do refino de petróleo: “naftas”, “querosenes de aviação” e “óleos lubrificantes básicos”, os dois primeiros com viés negativo. O único produto em destaque ligado ao setor de álcool foi o “álcool etílico (anidro ou hidratado)”, também com viés negativo.

 

No ano, em termos de produtos em destaque o cenário é similar ao indicador mês/mês anterior. “Naftas”, “querosenes de aviação”, “gasolina” e “óleo diesel e outros óleos combustíveis” são os destaques. “Óleo diesel e outros óleos combustíveis” e “gasolina” se destacaram pelo viés positivo, enquanto “naftas” e “querosenes” registraram queda no ano. Nos últimos doze meses, observou-se que os mesmos produtos apareceram como destaque.

 

Outros produtos químicos: a indústria química registrou em maio variação de -1,18% com relação a abril, seguindo trajetória negativa apresentada no mês anterior, quando havia registrado -0,45% sob março. No ano, o nível de preços acumulou -0,21%, enquanto que, no comparativo maio 2013/maio 2012, o setor apresentou alta de 4,80%.

 

Em se tratando dos valores de maio frente a abril, os quatro produtos em destaque se apresentaram de quatro grupos distintos. A química orgânica se destacou com “etileno”, com trajetória negativa. Os defensivos agrícolas se destacaram com “herbicidas”, o único que apresentou viés positivo dentre os quatro selecionados. Os inorgânicos apresentaram “adubos NPK”, também com viés negativo, além do “polipropileno”, do grupo de resinas e elastômeros. Juntos, os quatro somaram -0,62 p.p., de -1,18% do total do setor.

 

O indicador acumulado do ano pouco muda, em termos de produtos destacados, com relação ao mensal. A diferença ficou por conta da cadeia de química orgânica, que, além do “etileno”, também apareceu com “propeno”. No entanto, enquanto o primeiro registrou viés negativo, o segundo apresentou trajetória positiva no acumulado do ano. Os demais, “herbicidas” e “adubos NPK”, seguiram a mesma trajetória do indicador mensal.

 

O cenário se mostrou bastante distinto no caso do indicador acumulado em 12 meses. Enquanto “Adubos NPK”, que se destacou por sua participação negativa na influência dos indicadores mês/mês anterior e acumulado no ano, no caso do indicador de doze meses apresentou viés positivo, mesmo sinal dos demais três produtos em destaque: “herbicidas”, “inseticidas” e “superfosfatos”. Os três produtos destacados ligados à atividade agrícola apareceram neste índice por conta da forte demanda da safra nos últimos meses do ano anterior.

 

Metalurgia: em maio de 2013 o setor de metalurgia teve variação positiva de preços de 0,69% em relação a abril, sendo esta a quarta variação positiva no ano. Neste mês, os quatro produtos com maiores variações de preços também são selecionados como os mais influentes no mês e, destes, três são ligados à metalurgia do aço: com variação positiva “lingotes, blocos, tarugos ou placas de aços ao carbono” e com variações negativas “bobinas ou chapas de aços inoxidáveis, inclusive tiras” e “arames e fios de aços de aços ao carbono”. O quarto produto em destaque foi “chapas e tiras de alumínio de forma quadrada ou retangular”, também com variação negativa.

 

Analisando ainda a influência, porém em relação ao acumulado do ano, dos quatro produtos em destaque, três são ligados ao aço, com influências positivas e um da metalurgia de minerais não metálicos (“alumínio não ligado em formas brutas”) com influência negativa. O acumulado no ano indica uma variação positiva de 3,37%; superior aos acumulados em maio de 2012 e 2011, mas inferior ao maio de 2010. Esta variação é maior que a das indústrias de transformação (0,27%). Considerando que nos últimos 12 meses a variação média no setor foi de 2,77% é sensível a recuperação de preços no ano corrente, mesmo com a produção nacional em queda e o excesso de oferta mundial.

 

Finalmente vale a pena mencionar que em termos dos principais produtos que influenciaram o índice nos últimos 12 meses, o único produto que apresentou queda nos preços foi “lingotes, blocos, tarugos ou placas de aços ao carbono”, que tem apresentado recuperação de preços neste ano.

 

Veículos automotores: a atividade automobilística apresentou, no indicador de maio contra abril, variação de 0,25%, elevando o acumulado do ano a 1,22%. Com relação aos últimos 12 meses, o indicador registrou 2,40%.

 

Os produtos de maior destaque na contraste com o mês anterior foram “caminhão-trator para reboques e semi-reboques”, “peças para motor de veículos automotores”, “bombas injetoras para veículos automotores”, todos com resultado positivo, e “automóveis para passageiros, a gasolina, álcool ou bicombustível, de qualquer potência” com resultado negativo. Somados, esses produtos representaram 0,17 p.p. do indicador face a abril.

 

No acumulado do ano destacaram-se os produtos “peças para motor de veículos automotores” e “chassis com motor para ônibus ou para caminhões”, com resultados negativos. Já os produtos “automóveis para passageiros, a gasolina, álcool ou bicombustível, de qualquer potência”, e “caminhão diesel com capacidade superior a 5t” apresentaram resultado positivo.

 

No que se refere ao indicador acumulado em 12 meses destacaram-se, com resultado positivo, “automóveis para passageiros, a gasolina, álcool ou bicombustível, de qualquer potência”, “caminhão diesel com capacidade superior a 5t”, e “carrocerias para ônibus”. Apenas o produto “chassis com motor para ônibus ou para caminhões” apareceu nesse índice com resultado negativo.


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