Índice de Preços ao Produtor – Fonte IBGE - 2012

Sáb, 02 de Março de 2013
Seção:
Categoria: Ricardo Bergamini

Grafico

Base: Janeiro de 2013

 

Índice de Preços ao Produtor (IPP) de janeiro varia -0,04%

 

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Em janeiro de 2013, o Índice de Preços ao Produtor (IPP) variou -0,04% em comparação com o mês anterior, resultado inferior ao alcançado em dezembro (0,41%).Ao comparar o mês atual contra o mesmo mês do ano anterior (acumulado em 12 meses), os preços variaram 7,69% em janeiro, contra 7,28% em dezembro.

 

O IPP mede a evolução dos preços de produtos “na porta de fábrica”, sem impostos e fretes, de 23 setores das indústrias de transformação.

 

11 das 23 atividades pesquisadas apresentam alta de preços

 

Em janeiro de 2013, 11 das 23 atividades pesquisadas apresentaram alta de preços, contra 17 do mês anterior. As quatro maiores variações, tanto positivas como negativas, de janeiro em relação a dezembro se deram entre os produtos compreendidos nas seguintes atividades industriais: perfumaria, sabões e produtos de limpeza (-2,12%), equipamentos de informática, produtos eletrônicos e ópticos (-1,99%), produtos de metal (1,59%) e alimentos (-1,56%).

 

Os setores que mais influenciaram nesta comparação foram alimentos (-0,31 p.p.), veículos automotores (0,13 p.p.), outros produtos químicos (0,10 p.p.) e metalurgia (0,07 p.p.).

 

Na comparação com o mesmo mês de 2012 (acumulado em 12 meses), os preços aumentaram 7,69%, contra 7,28% em dezembro. As quatro maiores variações de preços ocorreram em fumo (22,21%), papel e celulose (14,06%), outros produtos químicos (13,34%) e produtos alimentícios (13,17%). As principais influências na comparação de janeiro contra o mesmo mês do ano anterior vieram de alimentos (2,49 p.p.), outros produtos químicos (1,42 p.p.), refino de petróleo e produtos de álcool (0,80 p.p.) e papel e celulose (0,44 p.p.).

 

Alimentos: em janeiro de 2013, a variação de preços do setor de alimentos foi de -1,56%, primeiro resultado negativo desde outubro de 2012 (-1,44%). Mesmo assim, os preços atuais estão 13,17% maiores do que os de janeiro de 2012. Na comparação janeiro 2013 contra dezembro 2012, apenas o item "resíduos da extração de soja" destacou-se tanto em termos de variação quanto de influência, ambos por conta da variação negativa de preços, explicada pela pressão de baixa do período de colheita da soja. Em termos de influência, com variação negativa, apareceram "açúcar cristal" (cujos preços vem caindo desde agosto de 2012, com exceção para novembro contra outubro) e "arroz descascado branqueado, parbolizado ou não" (cuja safra tem garantido a aquisição da matéria-prima em condições favoráveis à indústria). A única influência positiva deveu-se à "farinha de trigo", cujo aumento explica-se pela quebra da oferta mundial, com problemas específicos em produtores tradicionais (Ucrânia e Rússia). Numa perspectiva de longo prazo, os mesmos produtos selecionados na comparação com o mês anterior aparecem também como as influências mais destacadas no acumulado de 12 meses, todavia, aqui, estão sob a influência do movimento ocorrido ao longo de 2012.

 

Papel e celulose: a atividade de fabricação de papel e celulose registrou em janeiro -0,28% em relação a dezembro. Com relação aos últimos 12 meses (indicador M/M-12), a atividade variou 14,06% Em janeiro de 2013, os preços da atividade estavam 18,29% superiores aos de dezembro de 2009, ponto inicial da série.

 

Refino de petróleo e produtos de álcool: em janeiro de 2013, a atividade registrou alta de 0,17% em relação a dezembro, seguindo trajetória positiva registrada desde março de 2012. No acumulado em 12 meses, janeiro registra resultado de 7,23%.

 

Outros produtos químicos: a indústria química registrou em janeiro alta de 0,91% com relação a dezembro de 2012, seguindo trajetória do mês anterior, que havia registrado 0,42% contra novembro. No comparativo janeiro 2013/janeiro 2012, o setor apresentou alta de 13,34%.

 

Metalurgia: em janeiro de 2013, a atividade apresentou, pelo terceiro mês consecutivo, variação positiva em sua comparação com o mês anterior (0,94%), sendo este o maior crescimento desde maio de 2012. Três dos quatro produtos que mais influenciaram no resultado de janeiro deste ano contra janeiro do ano passado estão classificados como “Metalurgia dos metais não-ferrosos”, muito dependentes dos preços internacionais, das cotações da LME (London Metal Exchange) e da valorização de 13,5% do dólar no período. São eles: “alumínio não ligado em formas brutas”, “barras, perfis e vergalhões de cobre e de ligas de cobre” e “ligas de alumínio em formas brutas”. O único produto do setor de siderurgia que aparece como destaque é o “bobinas a quente de aços ao carbono, não revestidos”.

 

Equipamentos de informática, produtos eletrônicos e ópticos: a atividade registrou -0,99% em janeiro de 2013 com relação a dezembro de 2012, seguindo trajetória negativa registrada desde agosto (-0,19%). Ao se comparar janeiro de 2013 com janeiro de 2012, o valor alcança a variação de 0,42%.

 

Veículos automotores: em janeiro de 2013, os preços da atividade apresentaram variação positiva de 1,12% na comparação com o mês anterior, contra variação positiva de 0,26% em dezembro de 2012. Na comparação com janeiro de 2012, a atividade apresentou variação positiva de 2,18% em janeiro de 2013, retornando aos níveis verificados até setembro de 2012.

 

 

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