Pesquisa Industrial Mensal de Emprego e Salário

Seg, 14 de Janeiro de 2013
Seção:
Categoria: Ricardo Bergamini

Carteira_de_trabalho

Fonte IBGE - Base: Novembro de 2012

 

Emprego industrial tem variação nula em novembro

 

Em novembro de 2012, o total do pessoal ocupado assalariado na indústria mostrou variação nula (0,0%) frente ao mês imediatamente anterior, na série livre de influências sazonais, após registrar -0,1% em agosto, -0,3% em setembro e 0,4% em outubro. Ainda na série com ajuste sazonal, o índice de média móvel trimestral repetiu no trimestre encerrado em novembro (0,0%) o patamar dos meses de outubro, setembro e agosto, após comportamento predominantemente negativo entre outubro de 2011 e julho de 2012. Na comparação com igual mês do ano anterior, o emprego industrial mostrou queda de 1,0% em novembro de 2012, 14º resultado negativo consecutivo nesse tipo de confronto, mas o menos intenso desde fevereiro último (-0,8%). No índice acumulado nos 11 meses de 2012, o total do pessoal ocupado assalariado recuou 1,4% frente a igual período do ano anterior. A taxa anualizada, indicador acumulado nos últimos 12 meses, ao passar de -1,2% em outubro para -1,3% em novembro, prosseguiu com a trajetória descendente iniciada em fevereiro de 2011 (3,9%).

 

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No confronto com novembro de 2011, o emprego industrial recuou 1,0% em novembro último, com redução do contingente de trabalhadores em dez dos 14 locais pesquisados. O principal impacto negativo foi observado na região Nordeste (-4,0%), pressionado pelas taxas negativas em 12 dos 18 setores investigados, especialmente nas indústrias de alimentos e bebidas (-4,5%), refino de petróleo e produção de álcool (-21,0%), vestuário (-6,6%), calçados e couro (-3,5%), indústrias extrativas (-9,7%) e têxtil (-5,7%). Resultados negativos também foram assinalados no Rio Grande do Sul (-3,6%), Pernambuco (-6,7%), Rio de Janeiro (-2,7%) e São Paulo (-0,3%). O primeiro foi influenciado pela queda nos setores de calçados e couro (-11,7%), borracha e plástico (-10,4%), meios de transporte (-5,5%) e vestuário (-17,6%). Pernambuco teve perda em alimentos e bebidas (-11,7%). A indústria fluminense foi pressionada pelas reduções em vestuário (-18,0%), alimentos e bebidas (-7,6%), papel e gráfica (-11,9%), minerais não metálicos (-11,5%) e outros produtos da indústria de transformação (-11,0%). São Paulo mostrou recuo nos setores têxtil (-12,6%), meios de transporte (-5,9%), máquinas e aparelhos eletroeletrônicos e de comunicações (-7,2%), produtos de metal (-6,7%) e vestuário (-9,2%). Já o Paraná (1,1%) apontou a principal contribuição positiva, com destaque para os setores de alimentos e bebidas (7,1%) e de máquinas e aparelhos eletroeletrônicos e de comunicações (10,6%).

 

Setorialmente, o pessoal ocupado assalariado recuou em dez dos 18 ramos pesquisados. As pressões negativas mais intensas vieram de vestuário (-9,9%), têxtil (-6,9%), meios de transporte (-3,7%), calçados e couro (-5,6%), outros produtos da indústria de transformação (-3,8%), máquinas e aparelhos eletroeletrônicos e de comunicações (-3,0%), madeira (-6,6%) e papel e gráfica (-2,7%). O maior impacto positivo veio de alimentos e bebidas (5,0%).

 

No índice acumulado nos 11 meses de 2012, o emprego industrial permaneceu em queda (-1,4%), com taxas negativas em 12 dos 14 locais e em 14 dos 18 setores investigados. São Paulo (-2,8%) apontou o principal impacto negativo, seguido da região Nordeste (-2,6%), Rio Grande do Sul (-1,7%), Santa Catarina (-1,2%), Ceará (-2,6%) e Bahia (-2,6%). Paraná (2,4%) e Minas Gerais (0,9%) exerceram as pressões positivas no índice acumulado no ano.

 

Setorialmente, as contribuições negativas mais relevantes vieram de vestuário (-8,9%), calçados e couro (-6,2%), têxtil (-5,7%), produtos de metal (-3,4%), papel e gráfica (-3,7%), madeira (-8,0%), outros produtos da indústria de transformação (-2,8%) e metalurgia básica (-3,6%), enquanto os setores de alimentos e bebidas (3,9%), máquinas e equipamentos (1,2%) e indústrias extrativas (3,9%) responderam pelas principais influências positivas.

 

Número de horas pagas é 0,2% menor que em outubro

 

Em novembro de 2012, o número de horas pagas aos trabalhadores da indústria, já descontadas as influências sazonais, caiu 0,2% na comparação com outubro, após avançar 1,1% no mês anterior e recuar 0,7% em setembro. O índice de média móvel trimestral mostrou variação positiva de 0,1% na passagem dos trimestres encerrados em outubro e novembro e manteve o comportamento de estabilidade presente desde agosto último.

 

Na comparação com igual mês do ano anterior, o número de horas pagas mostrou, em novembro de 2012 (-0,9%), a 15ª taxa negativa consecutiva nesse tipo de confronto, mas a menos intensa desde fevereiro último (-0,8%). As taxas foram negativas em nove dos 14 locais e em nove dos 18 ramos pesquisados. Em termos setoriais, as principais influências negativas vieram de vestuário (-11,7%), meios de transporte (-4,6%), calçados e couro (-6,2%), outros produtos da indústria de transformação (-4,6%), têxtil (-4,8%), papel e gráfica (-3,6%), madeira (-7,3%) e metalurgia básica (-4,0%). Em sentido contrário, a atividade de alimentos e bebidas (5,0%) assinalou o principal resultado positivo nesse mês.

 

Entre os locais, a região Nordeste (-4,7%) foi a principal influência negativa, pressionada pela redução no número de horas pagas nos setores de alimentos e bebidas (-5,3%), refino de petróleo e produção de álcool (-22,3%), vestuário (-8,3%) e calçados e couro (-3,6%). Rio Grande do Sul (-4,5%), Pernambuco, Rio de Janeiro (-2,8%) e Bahia (-4,6%) também contribuíram negativamente. São Paulo (0,5%) e região Norte e Centro-Oeste (1,4%) exerceram as principais contribuições positivas.

 

No índice acumulado dos 11 meses de 2012 houve recuo de 1,9% no número de horas pagas, com 14 dos 18 setores apontando taxas negativas, em especial vestuário (-9,8%), calçados e couro (-6,3%), têxtil (-4,6%), produtos de metal (-3,2%), papel e gráfica (-3,9%), madeira (-8,3%), meios de transporte (-2,1%), metalurgia básica (-4,6%) e outros produtos da indústria de transformação (-3,2%). Alimentos e bebidas (2,5%) e indústrias extrativas (4,0%) foram as principais contribuições positivas. Em nível regional, 12 dos 14 locais apresentaram taxas negativas, com destaque para o recuo de 3,3% em São Paulo, seguido das perdas ocorridas na região Nordeste (-2,7%), Rio Grande do Sul (-3,0%), Santa Catarina (-1,6%) e Bahia (-3,7%). Minas Gerais (0,9%) e Paraná (1,1%) assinalaram taxas positivas.

 

A taxa anualizada, índice acumulado em 12 meses, ao recuar 1,9% em novembro de 2012, assinalou resultado menos intenso do que os de setembro e outubro, ambos com queda de 2,0%, e permaneceu com a trajetória descendente iniciada em fevereiro de 2011 (4,5%).

 

Valor da folha de pagamento real cresce 7,8% em novembro

 

Em novembro de 2012, o valor da folha de pagamento real dos trabalhadores da indústria ajustado sazonalmente mostrou crescimento de 7,8% frente ao mês imediatamente anterior, após recuar 2,2% em setembro e avançar 0,4% em outubro. Tanto o setor extrativo (8,2%) como a indústria de transformação (7,4%) apontaram taxas positivas, influenciados pelo pagamento da primeira parcela do 13º salário e de participação nos lucros e resultados em importantes empresas. Com esses resultados, o índice de média móvel trimestral assinalou expansão de 2,0% na passagem dos trimestres encerrados em outubro e novembro, após queda de 0,4% em setembro e ligeira variação positiva de 0,1% em outubro.

 

No confronto com igual mês do ano anterior, o valor da folha de pagamento real cresceu 10,3% em novembro de 2012, 35º resultado positivo consecutivo nesse tipo de comparação e o mais intenso desde julho de 2010 (10,8%). Os resultados foram positivos em 13 dos 14 locais, sendo os mais significativos em São Paulo (9,8%), região Norte e Centro-Oeste (16,6%), Paraná (14,3%), Santa Catarina (16,4%), Minas Gerais (7,9%) e Rio de Janeiro (9,6%). Pernambuco (-2,5%) assinalou o único resultado negativo no mês, influenciado pelos setores de alimentos e bebidas (-8,3%) e de meios de transporte (-23,5%).

 

Setorialmente, o valor da folha de pagamento real cresceu em todos os setores, com destaque para alimentos e bebidas (16,1%), máquinas e equipamentos (9,4%), indústrias extrativas (16,5%), máquinas e aparelhos eletroeletrônicos e de comunicações (14,2%), produtos de metal (12,5%), borracha e plástico (13,4%), outros produtos da indústria de transformação (16,4%), produtos químicos (7,5%) e refino de petróleo e produção de álcool (19,5%).

 

O índice acumulado nos 11 meses de 2012 mostrou expansão de 3,9% frente a igual período do ano anterior. As taxas foram positivas em todos os 14 locais investigados, com destaque para Minas Gerais (6,6%) e Paraná (9,1%), sustentados pelos ganhos nos setores extrativos (10,7%), de meios de transporte (8,3%), de máquinas e aparelhos eletroeletrônicos e de comunicações (11,3%), de alimentos e bebidas (5,0%), de borracha e plástico (18,0%) e de minerais não metálicos (10,2%), no primeiro local; e de alimentos e bebidas (13,2%), máquinas e aparelhos eletroeletrônicos e de comunicações (35,3%) e meios de transporte (8,4%), no segundo. Vale mencionar as contribuições de São Paulo (1,3%), Rio de Janeiro (6,4%), região Nordeste (4,9%), região Norte e Centro-Oeste (6,3%), Rio Grande do Sul (3,8%) e Santa Catarina (4,8%).

 

Setorialmente, o valor da folha de pagamento real avançou em todas as 14 atividades pesquisadas, impulsionado pelos ganhos em alimentos e bebidas (8,8%), máquinas e equipamentos (6,1%), indústrias extrativas (9,3%), meios de transporte (1,9%), produtos químicos (3,5%), máquinas e aparelhos eletroeletrônicos e de comunicações (3,7%) e minerais não metálicos (4,9%). Os setores de vestuário (-3,5%), calçados e couro (-1,7%), madeira (-3,0%) e têxtil (-0,7%) exerceram as influências negativas sobre o total nacional.

 

A taxa anualizada, índice acumulado nos últimos 12 meses, ao crescer 3,8% em novembro de 2012, apontou ganho de ritmo frente ao resultado de setembro (3,0%) e outubro (3,2%).

 

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