Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo - IPCA e Índice Nacional de Preços ao Consumidor - INPC
- Sáb, 11 de Maio de 2013
- Seção:
- Categoria: Ricardo Bergamini
Base: Abril de 2013
IPCA de abril fica em 0,55%
O Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) apresentou variação de 0,55% em abril e ficou 0,08 ponto percentual acima da taxa de 0,47% registrada em março. Com o resultado de abril, o acumulado no ano ficou em 2,50%, acima dos 1,87% relativos ao mesmo período de 2012. Considerando os últimos 12 meses, o índice situou-se em 6,49%, abaixo dos 6,59% referentes aos 12 meses imediatamente anteriores. Em abril de 2012, a taxa havia ficado em 0,64%.
Isoladamente, os remédios, com alta de 2,99%, lideraram a lista dos principais impactos no IPCA do mês, detendo 0,10 ponto percentual. Este resultado traduz parte do efeito do reajuste autorizado sobre os preços em 31 de março, que variou de 2,70% a 6,31%, a depender da classificação do medicamento. Com isto, conforme mostra a tabela a seguir, o grupo Saúde e Cuidados Pessoais subiu para 1,28% em abril ante 0,32% em março e registrou a maior variação de grupo no mês, influenciado, também, pelo item “serviços médicos e dentários”, que subiu 1,19%. A seguir, os resultados por grupo de produtos e serviços pesquisados:
Após os remédios, na segunda posição de impactos veio o item empregado doméstico, cuja alta de 1,25%, embora abaixo da taxa de 1,53% de março, causou impacto de 0,05 ponto percentual no mês. Ainda que o empregado doméstico tenha desacelerado de um mês para o outro, assim como manicure (de 1,30% para 1,15%) e cabeleireiro (de 1,14% para 0,43%), o grupo das Despesas Pessoais subiu de 0,54% para 0,61% sob a influência do item “recreação”, que havia recuado 0,72% em março e foi para 0,14% em abril.
As despesas com Habitação também subiram, indo de 0,51% em março para 0,62% em abril, destacando-se a aceleração na taxa de crescimento de preços dos seguintes itens:
Na taxa de água e esgoto, cujas contas ficaram 0,81% mais caras, foram registradas variações nas regiões metropolitanas de Curitiba (5,79%), com reajuste de 6,74% nas tarifas a partir do dia 23 de março; Recife (3,56%), reajuste de 5,23% em 20 de março; São Paulo (0,40%), reajuste de 2,38% em 22 de abril, além de Brasília (0,30%), com reajuste de 9,54% nas tarifas no dia primeiro de março.
Os artigos de Vestuário, com o avanço da entrada da nova coleção no mercado, ficou em 0,65% contra 0,15% no mês anterior, enquanto o grupo Artigos de Residência foi para 0,63% contra 0,11%, observando-se alta em quase todos os itens pesquisados.
Já Alimentação e Bebidas teve alta de 0,96%, apesar do crescimento de 1,14% de março ter sido ainda maior, mostrando continuidade da desaceleração nos preços dos alimentos, iniciada de janeiro para fevereiro, quando passou de 1,99% para 1,45%. Mesmo assim o grupo deteve 0,24 ponto percentual do IPCA do mês, responsável por 44% dele. Vários produtos ficaram mais baratos de março para abril, destacando-se na tabela a seguir.
Na próxima tabela encontram-se os principais alimentos que, por outro lado, ficaram mais caros de um mês para o outro, destacando-se que a refeição consumida fora de casa subiu 0,92% e, com 0,05 ponto percentual, empatou com o item empregado doméstico no ranking dos impactos, também ficando com a segunda colocação.
O grupo Educação, que passou de 0,56% para 0,10%, desacelerou devido aos cursos regulares, que haviam apresentado alta de 0,40% em março e ficaram com 0,05%, incorporando, ainda em função dos aumentos nas mensalidades no início do período letivo, apenas na região metropolitana de Fortaleza, uma parcela complementar de 1,59%. Ademais, nos chamados “cursos diversos” (inglês, informática, etc.), não houve variação de preços em abril, ao passo que em março havia sido 1,23%.
Quanto às despesas com Transportes e Comunicação, se reduziram de março para abril. No grupo Comunicação, que foi de 0,13% para –0,32%, a redução se deve às contas de telefone fixo, que passaram de 0,15% para –1,06% em razão das tarifas de fixo para móvel terem ficado mais baratas a partir do dia 06 de abril.
No grupo Transportes a queda de 0,19% foi ainda mais intensa do que a de 0,09% registrada em março. As passagens aéreas passaram a custar, em média, 9,12% menos do que em março e, com –0,05 ponto percentual, se constituíram no principal impacto de redução. Isto após terem apresentado queda de 16,43% em março. A gasolina teve influência importante no grupo, com queda de 0,41% contra 0,09% no mês anterior. Etanol (de 3,55% para 0,16%) e óleo diesel (de 3,12% para 0,91%) também perderam força de março para abril. Além disso, ocorreu queda nos preços dos automóveis, tanto do novo (de 0,35% para –0,12%) quanto do usado (de 0,66% para –0,22%). Destaca-se, ainda, a redução de 0,24% nos ônibus urbanos em razão da variação de –6,79% registrada na região metropolitana de Salvador, onde, a partir do dia 31 de março, o usuário passou a pagar, aos domingos, a metade da tarifa vigente. Em contrapartida, na região metropolitana de Curitiba foi registrado aumento de 4,82% em função não só do reajuste de 5,66% nas tarifas dos ônibus urbanos para uso de segunda-feira a sábado em vigor a partir de 14 de março, como, também, do reajuste de 50% na tarifa diferenciada cobrada aos domingos. Já em Porto Alegre, a variação de 0,70% dos ônibus urbanos traduz o reajuste de 7,02% ocorrido em 25 de março e que foi anulado a partir do dia 05 de abril, retornando à tarifa anterior. Assim, o agrupamento dos não alimentícios passou de 0,25% em março para 0,42% em abril.
Dentre os índices regionais, o maior foi o de Recife (0,90%) onde os alimentos subiram 1,50%, pressionando a taxa do mês. Os menores índices foram os de Porto Alegre (032%) e o de Goiânia (0,31%), ambos em virtude dos menores resultados dos alimentos, em Porto Alegre o grupo apresentou queda de 0,01% e em Goiânia, a variação foi de 0,49%. A seguir, tabela com resultados mensais por região pesquisada.
O IPCA é calculado pelo IBGE desde 1980, se refere às famílias com rendimento monetário de 01 a 40 salários mínimos, qualquer que seja a fonte, e abrange nove regiões metropolitanas do país, além do município de Goiânia e de Brasília. Para cálculo do índice do mês foram comparados os preços coletados no período de 29 de março a 26 de abril de 2013 (referência) com os preços vigentes no período de 28 de fevereiro a 28 de março de 2013 (base).
INPC variou 0,59% em abril
O Índice Nacional de Preços ao Consumidor – INPC apresentou variação de 0,59% em abril, bem próxima do resultado de 0,60% de março. Com isso, o acumulado no ano ficou em 2,66%, acima da taxa de 1,73% relativa a igual período de 2012. Considerando os últimos 12 meses, o índice situou-se em 7,16%, abaixo dos 12 meses imediatamente anteriores (7,22%). Em abril de 2012, o INPC havia ficado em 0,64%.
Os produtos alimentícios apresentaram variação de 0,97% em abril, enquanto os não alimentícios aumentaram 0,43%. Em março, os resultados ficaram em 1,16% e 0,36%, respectivamente.
Dentre os índices regionais, o maior foi o de Recife (0,96%) onde os alimentos subiram 1,44%, pressionando a taxa do mês. Os menores índices foram os de Porto Alegre (0,32%) e o de Goiânia (0,30%), ambos em virtude dos menores resultados dos alimentos, em Porto Alegre a variação do grupo foi 0,06% e em Goiânia, foi de 0,34%. A seguir, a tabela com os resultados por região:
O INPC é calculado pelo IBGE desde 1979, se refere às famílias com rendimento monetário de um a cinco salários mínimos, sendo o chefe assalariado, e abrange nove regiões metropolitanas do País, além de Brasília e do município de Goiânia. Para cálculo do índice do mês foram comparados os preços coletados no período de 29 de março a 26 de abril de 2013 (referência) com os preços vigentes no período de 28 de fevereiro a 28 de março de 2013 (base).
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