Pesquisa Mensal de Comércio - Fonte IBGE - Base: Fevereiro de 2013

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Em fevereiro, vendas no varejo caem 0,4% e receita nominal sobe 0,6%

 

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Em fevereiro, o comércio varejista do país registrou variação de –0,4% no volume de vendas e de 0,6% para a receita nominal, ambas as variações com relação ao mês anterior, ajustadas sazonalmente. Para o volume de vendas, tal resultado representa a primeira variação negativa do ano. Já para a receita nominal, trata-se do nono mês consecutivo de crescimento. Em termos de variação da média móvel, para o volume de vendas a variação foi de -0,12%, enquanto a receita apresentou taxa de 0,73%. Nas demais comparações, obtidas das séries originais (sem ajuste), o varejo nacional obteve, em termos de volume de vendas, variação de -0,2% sobre fevereiro do ano anterior, 2,9% no acumulado do bimestre e 7,4% no acumulado dos últimos 12 meses. Para os mesmos indicadores, a receita nominal de vendas apresentou taxas de variação de 7,6%, 10,1% e de 11,8%, respectivamente.

 

 

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Entre as dez atividades, quatro registraram variação positiva

 

Nos resultados de fevereiro sobre o mês anterior, quatro das dez atividades pesquisadas obtiveram resultados positivos para o volume de vendas com ajuste sazonal. Em ordem de magnitude das taxas, os resultados foram os seguintes: Equipamentos e material para escritório, informática e comunicação (5,2%); Artigos farmacêuticos, médicos, ortopédicos, de perfumaria e cosméticos (2,4%); Livros, jornais, revistas e papelaria (0,7%); Material de construção (0,7%); Móveis e eletrodomésticos (-0,2%); Hipermercados, supermercados, produtos alimentícios, bebidas e fumo (-1,0%); Tecidos, vestuário e calçados (-1,1%); Veículos e motos, partes e peças (-1,7%); Combustíveis e lubrificantes (-2,1%) e Outros artigos de uso pessoal e doméstico (-2,9%).

 

Já na relação fevereiro de 2013 contra fevereiro de 2012 (série sem ajuste), quatro das oito atividades do varejo obtiveram resultados negativos no volume de vendas. Por ordem de importância no resultado global, as variações foram as seguintes: -2,1% para Hipermercados, supermercados, produtos alimentícios, bebidas e fumo; -1,0% para Móveis e eletrodomésticos; -1,0% para Combustíveis e lubrificantes; -1,0% para Tecidos, vestuário e calçados; 5,3% para Equipamentos e material para escritório, informática e comunicação; 6,9% em Livros, jornais, revistas e papelaria; 6,9% para Artigos farmacêuticos, médicos, ortopédicos, de perfumaria e cosméticos e 6,3% para Outros artigos de uso pessoal e doméstico.

 

Hipermercados, supermercados, produtos alimentícios, bebidas e fumo, com variação de -2,1% no volume de vendas sobre fevereiro de 2012, proporcionou a principal contribuição relativa à taxa global do varejo. Para esse segmento, nessa base de comparação, não se tem uma variação negativa desde novembro de 2004. A justificativa é a existência de um forte efeito base, dado que em fevereiro de 2012 a variação foi de 13,3%, por conta do aumento do salário mínimo (14,13%). Ademais, nesse início de ano, os preços da atividade têm tido um comportamento de alta muito acima da média. Em termos acumulados, a taxa para os primeiros dois meses do ano foi de 0,6% e para os últimos 12 meses, de 6,8%.

 

Móveis e eletrodomésticos, com variação de -1,0% no volume de vendas em relação a fevereiro do ano passado, registrou o segundo maior impacto na formação da taxa do varejo. Para o segmento, é a primeira queda após junho de 2009. Os aumentos dos preços no setor, resultado da atual política do governo de reposição gradual da alíquota de IPI para linha branca, pode justificar esse resultado. No acumulado do bimestre, a taxa foi de 2,7% e nos últimos 12 meses, de 10,4%.

 

Combustíveis e lubrificantes, com -1,0% de variação do volume de vendas em relação a fevereiro de 2012, respondeu pela terceira maior contribuição relativa à taxa global do varejo. Em termos acumulados, as taxas de variação chegaram a 4,0% no ano e 7,2% nos últimos 12 meses.

 

Tecidos, vestuário e calçados,quarta maior influência negativa à taxa global do varejo, obteve decréscimo no volume de vendas da ordem de -1,0% sobre fevereiro de 2012, e taxa acumulada no ano e nos últimos 12 meses de 2,3% e 3,9%, respectivamente.

 

Equipamentos e materiais para escritório, informática e comunicação, quinto maior impacto na formação da taxa global do varejo, obteve acréscimo no volume de vendas da ordem de 5,3% sobre fevereiro de 2012, taxa acumulada no ano de 7,0% e nos últimos 12 meses de 3,9%. Dentre os fatores que vêm determinando esse desempenho, destacam-se a redução de preços dos produtos do gênero (-1,1% nos últimos 12 meses para microcomputador no IPCA), além do aumento da massa salarial.

 

Varejo ampliado cai 0,7% em fevereiro

 

O comércio varejista ampliado, que inclui o varejo e mais as atividades de Veículos, motos, partes e peças e de Material de construção, registrou em relação ao mês anterior variação de -0,7% para o volume de vendas e alta de 0,5% para a receita nominal, ambas as taxas com ajuste sazonal. Comparado com o mesmo mês do ano anterior (sem ajuste sazonal), as variações foram de 1,2% para o volume de vendas e de 5,5% para a receita nominal. Nos acumulados do ano e dos últimos 12 meses, o setor apresentou taxas de variação de 4,2% e 7,8% para o volume e 7,9% e 9,4% para a receita nominal de vendas, respectivamente.

 

No que tange ao volume de vendas, a atividade de Veículos, motos, partes e peças registrou queda de –1,7% em relação a janeiro. Esse é o segundo mês consecutivo de resultado negativo nesse tipo de comparação. O motivo da queda foi o aumento no preço dos automóveis em decorrência da redução de estoques das unidades com IPI reduzido. Comparando com fevereiro de 2012, a variação foi de 3,2%, acumulando no ano e nos últimos doze meses aumentos de 5,7% e 8,4%, respectivamente. Já a atividade de Material de construção apresentou variação de 0,7% para o volume de vendas em relação a janeiro. Quando comparado com fevereiro de 2012, o volume de vendas variou 4,4%. No ano, a variação foi de 7,8%, e nos últimos 12 meses, de 7,4%.

 

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Resultados foram positivos em 16 estados na comparação com fevereiro de 2012

 

Das 27 unidades da Federação, 16 apresentaram resultados positivos na comparação entre fevereiro de 2013 e fevereiro de 2012, no que tange ao volume de vendas. Os destaques foram: Mato Grosso do Sul (10,3%); Rondônia (7,2%); Acre (4,7%); Rio Grande do Norte (3,8%); e Mato Grosso (3,0%). Quanto à participação na composição da taxa do comércio varejista, sobressaíram, pela ordem: Mato Grosso do Sul (10,3%); Rio Grande do Sul (1,4%); Rio de Janeiro (0,7%); Mato Grosso (3,0%) e Pernambuco (1,7%).

Em relação ao varejo ampliado, 19 unidades da Federação tiveram variações positivas. As maiores taxas de desempenho no volume de vendas ocorreram em Acre (11,7%); Mato Grosso do Sul (9,2%); Roraima (8,6%); Amapá (7,2%) e Rio Grande do Norte (6,1%). Em termos de impacto no resultado global do setor, os destaques foram os estados de São Paulo (1,8%); Paraná (5,6%); Rio Grande do Sul (3,4%); Goiás (5,6%) e Mato Grosso do Sul (9,2%).

 

Ainda por unidades da Federação, os resultados com ajuste sazonal, para o volume de vendas, apontam para 18 estados com resultados positivos na comparação mês/mês anterior. As maiores variações foram em Rondônia (1,7%); Amapá (1,5%); Piauí (1,3%); Rio de Janeiro (1,0%) e Roraima (1,0%). As maiores quedas foram registradas em: Bahia (-3,8%); Mato Grosso (-2,7%); Paraná (-2,1%) e Paraíba (-1,6%).



 

Arquivos oficiais do governo estão disponíveis aos leitores.

 

 

Ricardo Bergamini
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