Pesquisa Industrial Mensal de Emprego e Salário – Fonte IBGE - Base: Fevereiro de 2013

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Emprego industrial tem variação nula (0,0%) em fevereiro

 

Em fevereiro de 2013, o total do pessoal ocupado assalariado na indústria mostrou variação nula (0,0%) frente ao mês imediatamente anterior, na série livre de influências sazonais, após registrar variação negativa de 0,3% em dezembro e ficar estável em janeiro último. Com esses resultados, o índice de média móvel trimestral assinalou variação negativa de 0,1% no trimestre encerrado em fevereiro frente ao nível do mês anterior e permaneceu com o comportamento de estabilidade presente desde julho do ano passado. O emprego industrial mostrou recuo de 1,2% no índice mensal de fevereiro de 2013, 17º resultado negativo consecutivo nesse tipo de confronto, repetindo a taxa negativa observada em janeiro. No índice acumuladopara o primeiro bimestre de 2013, o total do pessoal ocupado na indústria recuou 1,2% e manteve o ritmo de queda assinalado no último trimestre de 2012 (-1,2%), ambas as comparações contra igual período do ano anterior. A taxa anualizada, indicador acumulado nos últimos 12 meses, ao passar de -1,4% em janeiro para -1,5% em fevereiro de 2013, prosseguiu com a trajetória descendente iniciada em fevereiro de 2011 (3,9%).

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No confronto com igual mês do ano passado, o emprego industrial recuou 1,2% em fevereiro de 2013, com o contingente de trabalhadores caindo em dez dos 14 locais pesquisados. O principal impacto negativo ocorreu na região Nordeste (-5,3%), pressionado pelas taxas negativas em 13 dos 18 setores, com destaque para a redução no total do pessoal ocupado nas indústrias de alimentos e bebidas (-8,7%), refino de petróleo e produção de álcool (-21,7%), calçados e couro (-4,8%), vestuário (-3,9%), indústrias extrativas (-10,1%) e têxtil (-5,3%). Outros resultados negativos ocorreram em São Paulo (-1,0%), Rio Grande do Sul (-3,1%), Pernambuco (-10,5%) e Bahia (-4,4%), com o primeiro influenciado pelas quedas de produtos têxteis (-11,3%), meios de transporte (-4,0%), outros produtos da indústria de transformação (-8,6%), calçados e couro (-9,3%), produtos de metal (-3,2%), vestuário (-3,6%) e papel e gráfica (-2,2%); o segundo, por conta das perdas em calçados e couro (-7,2%), máquinas e equipamentos (-5,8%), máquinas e aparelhos eletroeletrônicos e de comunicações (-11,5%), vestuário (-16,7%), borracha e plástico (-7,5%), têxtil (-15,1%) e meios de transporte (-2,7%); o terceiro pressionado especialmente pelo setor de alimentos e bebidas (-19,3%); e, o último, em função principalmente do recuo em calçados e couro (-19,5%). Paraná (1,4%) apontou a contribuição positiva mais relevante sobre o emprego industrial do país, impulsionado pelos setores de alimentos e bebidas (2,3%), têxtil (17,9%), máquinas e aparelhos eletroeletrônicos e de comunicações (8,3%), outros produtos da indústria de transformação (4,3%) e produtos químicos (6,9%).

 

Setorialmente, ainda no índice mensal, o total do pessoal ocupado assalariado recuou em 11 dos 18 ramos pesquisados, com destaque para as pressões negativas vindas de vestuário (-6,3%), têxtil (-6,0%), calçados e couro (-5,2%), outros produtos da indústria de transformação (-4,1%), madeira (-5,1%), meios de transporte (-1,3%) e refino de petróleo e produção de álcool (-5,0%). Os principais impactos positivos sobre a média da indústria foram observados nos setores de alimentos e bebidas (0,7%) e de borracha e plástico (2,7%).

 

No índice acumulado do primeiro bimestre do ano, o emprego industrial mostrou queda de 1,2%, com taxas negativas em 11 dos 14 locais e em 11 dos 18 setores investigados. Entre os locais, região Nordeste (-5,0%) apontou o principal impacto negativo, seguida por São Paulo (-1,0%), Rio Grande do Sul (-3,1%), Pernambuco (-9,5%) e Bahia (-4,3%). Paraná (1,7%) exerceu a pressão positiva mais importante. Setorialmente, as contribuições negativas mais relevantes vieram de vestuário (-6,8%), têxtil (-5,7%), calçados e couro (-4,3%), outros produtos da indústria de transformação (-4,1%), meios de transporte (-1,7%) e madeira (-5,4%), enquanto os setores de alimentos e bebidas (1,1%) e de borracha e plástica (2,7%) responderam pelas principais influências positivas.

 

Número de horas pagas varia 0,1% em fevereiro

 

Em fevereiro de 2013, o número de horas pagas aos trabalhadores da indústria, já descontadas as influências sazonais, variou 0,1% frente a janeiro, após assinalar três taxas negativas consecutivas, período em que acumulou perda de 0,6%. Ainda na série com ajuste sazonal, o índice de média móvel trimestral, ao apontar variação negativa de 0,1% na passagem dos trimestres encerrados em janeiro e fevereiro, permaneceu com resultados próximos à estabilidade, o que ocorre desde julho de 2012 (-0,2%).

 

Na comparação com fevereiro de 2012, o número de horas pagas em fevereiro de 2013, ao recuar 2,3%, mostrou a 18ª taxa negativa consecutiva nesse tipo de confronto e a mais intensa desde setembro de 2012 (-2,6%). As taxas foram negativas em 12 dos 14 locais e em 12 dos 18 ramos pesquisados. Em termos setoriais, as principais influências negativas vieram de vestuário (-7,6%), calçados e couro (-9,1%), têxtil (-6,8%), outros produtos da indústria de transformação (-5,3%), meios de transporte (-3,1%), máquinas e equipamentos (-2,6%), papel e gráfica (-2,8%) e madeira (-5,8%). O setor de borracha e plástico (1,4%) assinalou o principal resultado positivo nesse mês. Entre os locais, a região Nordeste (-6,6%) apontou a principal influência negativa, pressionada pela redução no número de horas pagas nos setores de alimentos e bebidas (-8,6%), calçados e couro (-7,6%), refino de petróleo e produção de álcool (-19,6%), vestuário (-5,0%), minerais não-metálicos (-5,6%), indústrias extrativas (-10,0%) e outros produtos da indústria de transformação (-9,7%). Outros impactos negativos ocorreram em São Paulo (-2,2%), Rio Grande do Sul (-4,9%), Pernambuco (-10,7%) e Bahia (-7,2%). Paraná (0,9%) exerceu a única contribuição positiva, impulsionado pela expansão dos setores de máquinas e aparelhos eletroeletrônicos e de comunicações (16,7%), têxtil (18,2%), outros produtos da indústria de transformação (6,5%) e produtos químicos (9,0%).

 

No índice acumulado em 2013, o número de horas pagas na indústria recuou 1,8% e acelerou o ritmo de queda frente ao resultado do último trimestre de 2012 (-1,1%), ambas as comparações contra igual período do ano anterior. Houve recuo em 12 dos 18 setores pesquisados, os mais relevantes verificados nos ramos de vestuário (-7,7%), calçados e couro (-7,4%), outros produtos da indústria de transformação (-5,3%), têxtil (-5,6%), máquinas e equipamentos (-2,8%), meios de transporte (-2,0%), papel e gráfica (-2,8%) e madeira (-6,1%). Alimentos e bebidas (1,0%) exerceu a principal contribuição positiva. Em nível regional, 11 dos 14 locais apresentaram taxas negativas, com destaque para o recuo de 5,2% registrado pela região Nordeste, seguida por São Paulo (-1,6%), Rio Grande do Sul (-4,6%), Pernambuco (-9,0%), Bahia (-5,3%) e região Norte e Centro-Oeste (-1,5%). Paraná (1,3%) e Minas Gerais (0,2%) assinalaram as taxas positivas nos dois primeiros meses de 2013.

 

A taxa anualizada, índice acumulado nos últimos 12 meses, ao recuar 2,0% em fevereiro de 2013, manteve a trajetória descendente iniciada em fevereiro de 2011 (4,5%).

 

Valor da folha de pagamento real cresce 2,8% em fevereiro

 

Em fevereiro de 2013, o valor da folha de pagamento real dos trabalhadores da indústria ajustado sazonalmente cresceu 2,8%, após recuar por dois meses consecutivos, período em que acumulou perda de 7,1%. No resultado desse mês, tanto o setor extrativo (10,5%), influenciado especialmente pelo pagamento de participação nos lucros e resultados em várias empresas do setor, como a indústria de transformação (1,7%) apontaram taxas positivas. Ainda na série com ajuste sazonal, o índice de média móvel trimestral assinalou recuo de 1,5% na passagem dos trimestres encerrados em janeiro e fevereiro e interrompeu quatro meses de resultados positivos consecutivos que acumularam ganho de 4,2%.

 

No confronto com igual mês do ano anterior, o valor da folha de pagamento real cresceu 2,5% em fevereiro de 2013, 38º resultado positivo consecutivo nesse tipo de comparação. Ocorreram resultados positivos em dez dos 14 locais investigados. As maiores influências positivas foram verificadas em São Paulo (1,7%), região Norte e Centro-Oeste (8,5%), Minas Gerais (4,6%), Rio de Janeiro (4,5%), Paraná (4,1%) e Santa Catarina (3,5%). As principais influências negativas vieram da região Nordeste (-2,3%) e da Bahia (-5,0%). Setorialmente, o valor da folha de pagamento real cresceu em 11 dos 18 setores investigados, com destaque para indústrias extrativas (8,2%), alimentos e bebidas (4,3%), papel e gráfica (6,9%), máquinas e equipamentos (2,7%), produtos químicos (3,7%), borracha e plástico (5,3%), máquinas e aparelhos eletroeletrônicos e de comunicações (3,4%) e meios de transporte (0,8%). Os principais impactos negativos foram observados em metalurgia básica (-3,8%), vestuário (-5,1%) e têxtil (-3,3%).

 

No índice acumulado em 2013, o valor da folha de pagamento real na indústria avançou 1,6%, mas reduziu o ritmo de expansão frente ao resultado do último trimestre de 2012 (7,5%), ambas as comparações contra igual período do ano anterior. As taxas foram positivas em 11 dos 14 locais pesquisados. As maiores contribuições positivas vieram do Rio de Janeiro (5,7%) e da região Norte e Centro-Oeste (5,7%). Minas Gerais (1,7%), Rio Grande do Sul (2,0%), São Paulo (0,4%), Santa Catarina (2,6%) e Paraná (1,9%) também contribuíram positivamente. As principais influências negativas vieram da Bahia (-2,6%) e da região Nordeste (-0,8%). Setorialmente, o valor da folha de pagamento real avançou em 11 das 18 atividades pesquisadas, impulsionado pelos ganhos vindos de alimentos e bebidas (4,6%), indústrias extrativas (7,4%), produtos químicos (4,8%), borracha e plástico (6,0%), máquinas e equipamentos (2,0%), papel e gráfica (3,2%) e máquinas e aparelhos eletroeletrônicos e de comunicações (2,8%). Os setores de metalurgia básica (-6,4%), meios de transporte (-1,9%) e vestuário (-5,7%) exerceram as influências negativas mais relevantes sobre o total nacional.

 

A taxa anualizada, índice acumulado nos últimos 12 meses, ao crescer 3,8% em fevereiro de 2013, apontou redução na intensidade do crescimento frente aos resultados de dezembro (4,4%) e de janeiro (4,1%).



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Ricardo Bergamini
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