Pesquisa Industrial Mensal de Emprego e Salário – Fonte IBGE - Base: Janeiro de 2013

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Emprego industrial tem variação nula em janeiro

 

Em janeiro de 2013, o total do pessoal ocupado assalariado na indústria mostrou variação nula (0,0%) frente a dezembro de 2012, na série livre de influências sazonais, após registrar 0,1% em novembro e -0,3% em dezembro. Com esses resultados, o índice de média móvel trimestral assinalou variação negativa de 0,1% no trimestre encerrado em janeiro frente ao nível do mês anterior, após ficar estável por cinco meses consecutivos. O emprego industrial mostrou recuo de 1,1% no índice mensal de janeiro de 2013, 16º resultado negativo consecutivo nesse tipo de confronto e manteve ritmo de queda próximo ao observado no último trimestre de 2012 (-1,2%), todas as comparações contra igual período do ano anterior. A taxa anualizada, indicador acumulado nos últimos 12 meses, ao registrar queda de 1,4% em janeiro de 2013, prosseguiu com a trajetória descendente iniciada em fevereiro de 2011 (3,9%).

 

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No confronto com janeiro de 2012, o emprego industrial recuou 1,1% em janeiro de 2013, com o contingente de trabalhadores diminuindo em dez dos 14 locais pesquisados. O principal impacto negativo ocorreu na região Nordeste (-4,8%), pressionada pelas taxas negativas em 14 dos 18 setores investigados, com destaque para as indústrias de alimentos e bebidas (-7,0%), calçados e couro (-5,7%), refino de petróleo e produção de álcool (-14,0%), vestuário (-4,3%), indústrias extrativas (-9,9%) e têxtil (-4,8%). Outros impactos negativos importantes vieram de São Paulo (-1,0%), Rio Grande do Sul (-3,1%), Pernambuco (-9,0%) e Bahia (-4,2%). O primeiro foi influenciado pela queda verificada nos setores de produtos de metal (-8,1%), têxtil (-10,4%), outros produtos da indústria de transformação (-11,0%), meios de transporte (-4,1%), vestuário (-4,4%) e papel e gráfica (-1,7%). Rio Grande do Sul registrou perda em calçados e couro (-6,8%), máquinas e equipamentos (-6,9%), meios de transporte (-5,3%), borracha e plástico (-8,6%), máquinas e aparelhos eletroeletrônicos e de comunicações (-9,5%), vestuário (-16,8%) e têxtil (-12,2%). Já Pernambuco foi pressionado pelo setor de alimentos e bebidas (-16,0%) e a Bahia mostrou recuo em calçados e couro (-18,9%). Paraná (2,1%) apontou a contribuição positiva mais relevante sobre o emprego industrial, com destaque para os setores de alimentos e bebidas (4,0%), máquinas e aparelhos eletroeletrônicos e de comunicações (10,3%), têxtil (15,6%) e produtos químicos (8,2%).

 

Setorialmente, o pessoal ocupado assalariado recuou em 12 dos 18 ramos pesquisados. As principais pressões negativas vieram de vestuário (-7,2%), têxtil (-5,1%), outros produtos da indústria de transformação (-4,2%), calçados e couro (-3,4%), meios de transporte (-2,0%) e madeira (-5,6%). Já os principais impactos positivos foram observados nos setores de alimentos e bebidas (1,6%) e de borracha e plástico (2,7%).

 

Número de horas pagas é 0,3% menor que em dezembro

 

Em janeiro de 2013, o número de horas pagas aos trabalhadores da indústria, já descontadas as influências sazonais, caiu 0,3% frente a dezembro de 2013, terceira taxa negativa seguida nesse tipo de confronto, período em que acumulou perda de 0,7%. Ainda na série com ajuste sazonal, o índice de média móvel trimestral, ao apontar variação negativa de 0,2% na passagem dos trimestres encerrados em dezembro e janeiro, interrompeu a sequência de três resultados positivos: outubro (0,1%), novembro (0,1%) e dezembro (0,2%).

 

O número de horas pagas mostrou recuo de 1,4% na comparação com janeiro de 2012, 17ª taxa negativa consecutiva nesse tipo de confronto e acelerou o ritmo de queda frente ao fechamento do quarto trimestre de 2012 (-1,1%), ambas as comparações contra iguais períodos do ano anterior. As taxas foram negativas em 11 dos 14 locais e em 12 dos 18 ramos pesquisados. Em termos setoriais, as principais influências negativas vieram de vestuário (-7,8%), calçados e couro (-5,9%), outros produtos da indústria de transformação (-5,3%), máquinas e equipamentos (-2,9%), têxtil (-4,6%), madeira (-6,9%) e papel e gráfica (-2,6%). Alimentos e bebidas (1,6%) assinalou o principal resultado positivo no mês.

 

Entre os locais, ainda na comparação com igual mês do ano anterior, a região Nordeste (-4,0%) apontou a principal influência negativa, pressionada pela redução no número de horas pagas nos setores de alimentos e bebidas (-5,9%), vestuário (-4,4%), refino de petróleo e produção de álcool (-9,9%), indústrias extrativas (-8,4%) e borracha e plástico (-6,7%). Os impactos negativos foram assinalados por Rio Grande do Sul (-4,2%), devido à retração em calçados e couro (-13,0%), máquinas e equipamentos (-7,7%), borracha e plástico (-10,0%) e máquinas e aparelhos eletroeletrônicos e de comunicações (-11,5%); região Norte e Centro-Oeste (-3,2%), em função do recuo em máquinas e aparelhos eletroeletrônicos e de comunicações (-15,3%), meios de transporte (-17,0%), madeira (-11,3%) e minerais não-metálicos (-10,1%); São Paulo (-0,8%), por conta dos recuos vindos de produtos de metal (-7,0%), outros produtos da indústria de transformação (-11,1%) e têxtil (8,7%); e Pernambuco (-7,6%), explicado pelo menor número de horas trabalhadas no setor de alimentos e bebidas (-12,9%). Paraná (1,7%) exerceu a principal contribuição positiva no número de horas pagas, impulsionado pela expansão vinda dos setores de máquinas e aparelhos eletroeletrônicos e de comunicações (15,6%) e alimentos e bebidas (4,0%).

 

A taxa anualizada, índice acumulado nos últimos 12 meses, ao recuar 1,9% em janeiro de 2013, repetiu o resultado de novembro e dezembro e permaneceu com a trajetória descendente iniciada em fevereiro de 2011 (4,5%).

 

Valor da folha de pagamento real cai 5,0% em janeiro

 

Em janeiro de 2013, o valor da folha de pagamento real dos trabalhadores da indústria ajustado sazonalmente mostrou queda de 5,0% frente ao mês imediatamente anterior, segunda taxa negativa consecutiva nesse tipo de confronto, acumulando nesse período perda de 6,9% e praticamente eliminando o avanço de 7,9% verificado em novembro último. Tanto o setor extrativo como a indústria de transformação registraram o segundo mês seguido de resultados negativos, após assinalarem expansões acentuadas em novembro: 8,3% e 7,4%, respectivamente. Ainda na série com ajuste sazonal, o índice de média móvel trimestral apontou variação positiva de 0,1% na passagem dos trimestres encerrados em dezembro e janeiro e manteve a trajetória ascendente iniciada em setembro último.

 

O valor da folha de pagamento real cresceu 0,9% na comparação com janeiro de 2012, 37º resultado positivo consecutivo nesse tipo de confronto, mas em ritmo bem menos intenso do que o observado no último trimestre do ano passado (7,5%), ambas as comparações contra igual período do ano anterior. Os resultados foram positivos em 11 dos 14 locais investigados. As maiores influências positivas ocorreram no Rio de Janeiro (7,3%), Rio Grande do Sul (4,6%), região Norte e Centro-Oeste (4,2%), região Nordeste (1,7%) e Santa Catarina (1,1%). Nestes locais, as atividades que mais contribuíram positivamente para o aumento do valor da folha de pagamento real foram: indústrias extrativas (11,6%), borracha e plástico (32,0%), máquinas e equipamentos (17,6%), alimentos e bebidas (10,9%) e produtos de metal (17,6%), na indústria fluminense; alimentos e bebidas (16,4%), produtos de metal (10,6%) e meios de transporte (5,1%), no setor industrial do Rio Grande do Sul; alimentos e bebidas (10,6%) e indústrias extrativas (12,0%), na região Norte e Centro-Oeste; produtos químicos (9,7%), minerais não-metálicos (10,3%) e metalurgia básica (19,4%), no setor industrial nordestino; e borracha e plástico (9,1%), máquinas e aparelhos eletroeletrônicos e de comunicações (8,5%), alimentos e bebidas (2,5%), têxtil (4,2%), produtos químicos (11,7%) e meios de transporte (12,7%), em Santa Catarina. Em sentido oposto, São Paulo (-0,9%) e Minas Gerais (-1,6%) assinalaram os maiores impactos negativos nesse mês, influenciados especialmente pelos setores de metalurgia básica (-23,2%), meios de transporte (-2,5%), produtos de metal (-7,9%), vestuário (-13,4%) e têxtil (-8,2%), no primeiro local, e de meios de transporte (-13,4%) e metalurgia básica (-10,4%) no último.

 

Setorialmente, ainda no índice mensal de janeiro de 2013, o valor da folha de pagamento real cresceu em dez dos 18 setores investigados, com destaque para alimentos e bebidas (4,9%), produtos químicos (6,1%), borracha e plástico (7,0%), indústrias extrativas (5,9%), máquinas e equipamentos (1,6%), máquinas e aparelhos eletroeletrônicos e de comunicações (2,7%) e minerais não-metálicos (2,3%). Os principais impactos negativos foram observados em meios de transporte (-3,5%), metalurgia básica (-8,5%) e vestuário (-7,1%).

 

A taxa anualizada, índice acumulado nos últimos 12 meses, ao crescer 4,1% em janeiro de 2013, apontou ligeira redução na intensidade do crescimento frente ao resultado de dezembro (4,4%).

 

Arquivos oficiais do governo estão disponíveis aos leitores.

 

Ricardo Bergamini
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