Pesquisa Mensal de Comércio
- Dom, 20 de Janeiro de 2013
- Seção:
- Categoria: Ricardo Bergamini
Fonte IBGE - Base: Novembro de 2012
Em novembro, vendas no varejo variam 0,3%
Em novembro de 2012, o comércio varejista do país apresentou variação positiva de 0,3% para o volume de vendas e 0,8% para a receita nominal de vendas, taxas estas em relação ao mês anterior, ajustadas sazonalmente. No caso do volume, trata-se do sexto mês consecutivo de crescimento, enquanto para a receita é o nono. Em relação a novembro de 2011, as variações foram de 8,4% para o volume de vendas e de 13,7% na receita nominal. Nos acumulados do ano e dos últimos 12 meses, as taxas se estabeleceram, respectivamente, em 8,9% e 8,6% para o volume de vendas, e em 12,5% e 12,2% para a receita nominal.
Quanto ao Comércio varejista ampliado, em relação ao mês anterior, com ajuste sazonal, houve queda de -1,2% no volume de vendas e de -0,1% na receita nominal, revertendo os resultados positivos de outubro. Já em relação a novembro de 2011, tanto o volume de vendas quanto a receita registraram resultados positivos, de 7,2% e de 9,4%, respectivamente. No que tange às taxas acumuladas, os aumentos foram de 8,4% no ano e de 8,0% nos últimos 12 meses, para o volume de vendas. Nos mesmos indicadores a receita nominal apresentou variações de 9,7% e 9,4%, respectivamente.
Entre as dez atividades do varejo ampliado, cinco têm taxas positivas
Em relação ao mês anterior com ajuste sazonal, houve resultados positivos em cinco das 10 atividades pesquisadas, com destaque para o segmento de Outros artigos de uso pessoal e doméstico (4,2%); seguidos por Tecidos, vestuário e calçados (2,1%); Hipermercados, supermercados, produtos alimentícios, bebidas e fumo (0,6%); Artigos farmacêuticos, médicos, ortopédicos, de perfumaria e cosméticos (0,6%) e Livros, jornais, revistas e papelaria, com taxa de 0,1%. Os segmentos com resultados negativos foram Móveis e eletrodomésticos (-0,2%); Material de construção (-0,9%); Combustíveis e lubrificantes (-1,5%); Veículos e motos, partes e peças (-5,0%) e Equipamentos de escritório, informática e comunicação, com -11,4%.
A atividade de Hipermercados, supermercados, produtos alimentícios, bebidas e fumo, com crescimento de 8,3% em relação a novembro de 2011, continua exercendo o principal impacto (43%) na formação da taxa do varejo. Nos resultados acumulados, as variações foram de 8,6% para os onze primeiros meses do ano e de 8,2% para os últimos 12 meses. A despeito da elevação dos preços, este mês a atividade obteve desempenho em torno da média, impulsionada pelo aumento do poder de compra da população, decorrente do crescimento da massa de rendimento e da estabilidade do emprego.
A atividade de Móveis e eletrodomésticos, com crescimento de 8,3% sobre novembro de 2011, exerceu a segunda maior influência na formação do resultado do varejo (19%). Esse resultado, próximo à média estabelecida no setor, é atribuído basicamente ao crédito, à redução de preços dos eletroeletrônicos estimulada pela manutenção da redução do IPI decretada pelo Governo, e à trajetória positiva da massa de rendimentos real habitual dos ocupados como visto anteriormente. No acumulado dos 11 primeiros meses, com relação a igual período de 2011, o segmento apresenta aumento no volume de vendas da ordem de 12,7%, e no acumulado dos últimos 12 meses, variação de 13,0%.
A atividade de Outros artigos de uso pessoal e doméstico, que engloba segmentos como lojas de departamentos, ótica, joalheria, artigos esportivos, brinquedos etc., com variação de 18,2% no volume de vendas em relação a novembro de 2011, exerceu o terceiro maior impacto (18%) na formação da taxa do varejo. As condições favoráveis da massa de salários e do crédito vêm mantendo os níveis de crescimento da atividade acima da média. Em termos acumulados, a taxa para os primeiros onze meses do ano foi de 9,3% e para os últimos 12 meses, de 8,5%.
A quarta maior contribuição ao aumento do volume de vendas do varejo, na relação novembro12/novembro11, veio de Combustíveis e lubrificantes, que cresceu 7,6% com relação a novembro de 2011. A diminuição no ritmo de crescimento da atividade pode estar refletindo o aumento nos preços dos combustíveis nos últimos dois meses (1,7%, segundo o IPCA) depois de um semestre de queda. Em termos de desempenho acumulado, as taxas foram de 7,0% para o período janeiro-novembro e de 6,4% para os últimos 12 meses.
O segmento de Artigos farmacêuticos, médicos, ortopédicos, de perfumaria e cosméticos com 9,6% de variação no volume de vendas na relação novembro12/novembro11 teve a quinta maior contribuição à taxa geral do comércio varejista. Com expansão da ordem de 10,9% no acumulado de janeiro a novembro, sobre igual período de 2011, e de 10,6% no acumulado de 12 meses, a atividade justifica seu desempenho tanto pelo crescimento da massa real de salários como pelo caráter de uso essencial de seus produtos.
Varejo ampliado varia 7,2%
O comércio varejista ampliado, que registrou variação no volume de vendas da ordem de 7,2% em relação a novembro de 2011, metade da taxa observada em outubro (14,5%), teve seu desempenho afetado pela redução de ritmo das vendas de Veículos, motos, partes e peças. Esta atividade cresceu 4,8% sobre novembro do ano passado, depois da variação de 24,1% observada em outubro. Tal comportamento pode ser atribuído ao natural arrefecimento das aquisições, que ocorre depois de um período prolongado de aplicação das medidas de incentivo ao consumo (redução do IPI). No acumulado dos onze primeiros meses do ano a atividade registrou taxa de 7,4%, e nos últimos 12 meses, de 6,6%.
Quanto à atividade de Material de Construção, as variações foram de 5,9% sobre igual mês do ano anterior, de 8,1% no acumulado do ano, e de 7,8% nos últimos 12 meses. Este desempenho se deve ao aumento da oferta de crédito para o setor habitacional, cujo saldo em 12 meses até novembro cresceu 38,1%, segundo o Banco Central.
25 UFs têm resultados positivos na comparação com setembro de 2011
Considerando o volume de vendas na relação novembro12/novembro11, vinte e cinco das 27 Unidades da Federação assinalaram variações positivas. Os principais acréscimos ocorreram no Tocantins (24,8%), Mato Grosso do sul (24,3%); Roraima (24,2%), Amapá (18,9%) e Paraíba (15,3%). Os únicos resultados negativos foram no Amazonas (-1,6%) e Distrito Federal (-1,0%). Quanto à participação na composição da taxa do Comércio Varejista, os destaques foram, pela ordem, São Paulo (10,4%); Rio Grande do Sul (11,5%); Paraná (9,0%); Rio de Janeiro (3,3%) e Bahia (8,5%).
Quanto ao volume de vendas do varejo ampliado, ainda na comparação com novembro de 2011, apenas o Amazonas apresentou resultado negativo (-4,1%), com as maiores taxas ocorrendo em Roraima (18,5%); Amapá (18,1%); Tocantins (16,0%); Mato Grosso (14,9%) e Maranhão (14,8%). Em termos de contribuição para o resultado positivo do setor, os destaques foram São Paulo (5,6%); Minas Gerais (10,8%); Rio Grande do Sul (10,4%); Paraná (6,9%) e Bahia (10,0%).
Tomando-se por base o volume de vendas do Comércio Varejista, os resultados de novembro por Unidade da Federação, no que se refere ao indicador mês/mês anterior com ajustamento sazonal, mostram o seguinte quadro: 19 Unidades da Federação registraram crescimento, destacando-se com as maiores variações Tocantins (7,8%), Mato Grosso do Sul (2,4%), Mato Grosso (2,0%); Rio Grande do Norte (1,9%); e Paraíba (1,9%). Já as maiores taxas negativas foram em Roraima (-3,7%), Distrito Federal (-3,0%) e Acre (-1,7%).
Arquivos oficiais do governo estão disponíveis aos leitores.
Ricardo Bergamini
(48) 9636-7322
(48) 9976-6974
Este endereço de e-mail está protegido contra spambots. Você deve habilitar o JavaScript para visualizá-lo.
http://www.ricardobergamini.com.br