Pesquisas Trimestrais do Abate de Animais, do Leite, do Couro e da Produção de Ovos de Galinha

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Fonte IBGE - Base: Primeiro Trimestre de 2012

 

Abate de frangos foi o único a registrar aumento no 1º trimestre de 2012

 

No 1° trimestre de 2012, foram abatidas 7,219 milhões de cabeças de bovinos, representando queda de 2,0% em relação ao trimestre imediatamente anterior e aumento de 1,6% em relação ao mesmo período de 2011. O abate de 8,744 milhões de cabeças de suínos, de janeiro a março, representou decréscimo de 2,8% em relação ao trimestre imediatamente anterior e crescimento de 6,9% em relação ao três primeiros meses de 2011. A série do abate trimestral de suínos dos últimos cinco anos mostra evolução crescente no comparativo anual dos mesmos trimestres. Observa-se ainda que o abate de suínos no primeiro trimestre é tipicamente o menor do ano, sendo também inferior aos ocorridos nos dois trimestres imediatamente anteriores. Já o abate de 1,363 bilhão de cabeças de frangos mostrou aumento de 3,2% em relação ao trimestre imediatamente anterior e de 4,3% sobre o mesmo período de 2011. O abate trimestral de frangos dos últimos cinco anos tem sido crescente, no comparativo dos mesmos trimestres de cada ano. A aquisição de leite manteve-se crescente comparativamente ao mesmo período de 2011, com aumentos substantivos, sobretudo nos meses de fevereiro e março, de 6,3% em cada um deles. A aquisição de couro inteiro de bovino no 1º trimestre de 2012 foi de 8,444 milhões de unidades, indicando queda de 3,9% com relação ao mesmo período de 2011 e aumento de 0,5%, com relação ao 4º trimestre de 2011. A diferença entre o total de couro inteiro de bovinos adquirido no 1º trimestre de 2012 e o total de animais abatidos foi de 16,9% no período. No 1º trimestre de 2012, foram produzidas 671,176 milhões de dúzias de ovos de galinha, representando aumentos de 8,2% e de 1,4% respectivamente ao 1º trimestre de 2011 e ao 4º trimestre deste mesmo ano.

 

A publicação completa da pesquisa pode ser acessada na página http://www.ibge.gov.br/home/estatistica/indicadores/agropecuaria/producaoagropecuaria/default.shtm

 

O peso acumulado de carcaças de bovinos, nos três primeiros meses do ano, foi de 2012 (1,681 milhão de toneladas) foi 3,9% menor que o registrado no 4º trimestre de 2011 e 2,4% superior ao registrado no mesmo período de 2011. O peso médio das carcaças (232,9 kg/carcaça) foi de 4,5 kg menor que no trimestre anterior e 1,7 kg maior do que no 1º trimestre de 2011. Geralmente, é no primeiro trimestre de cada ano que ocorre o menor peso médio de carcaça, pois nesse período há maior participação de vacas, mais leves que a de bois e novilhos.

 

No 1° trimestre de 2012, participaram da pesquisa 1.365 informantes do abate de bovinos, distribuídos por todas as Unidades da Federação. A região Centro-Oeste respondeu por 38,5% do abate, à frente das regiões Norte (20,8%), Sudeste (19,2%), Sul (11,4%) e Nordeste (10,2%). Este é o segundo trimestre consecutivo em que a região Norte supera a região Sudeste no abate de bovinos, sobretudo pelas sucessivas quedas em São Paulo e da ascensão do abate em Rondônia.

 

Abate de suínos decresceu 4,9% em relação ao 4º. trimestre de 2011

 

O peso acumulado das carcaças no 1º trimestre de 2012 (830,106 mil toneladas) foi 4,9% mais baixo que o ocorrido no trimestre imediatamente anterior e 4,4% mais alto que o do mesmo período de 2011. Participaram da pesquisa 818 informantes. Rondônia, Amazonas e Amapá foram as únicas Unidades da Federação que não possuíam abate de suínos sob algum tipo de inspeção sanitária.

 

A região Sul respondeu por 66,4% do abate nacional de suínos, seguida pelas regiões Sudeste (16,7%), Centro-Oeste (15,7%), Nordeste (1,2%) e Norte (0,1%). Todas as Unidades da Federação das regiões Sul, Sudeste (exceto Espírito Santo) e Centro-Oeste apresentaram aumento do número de cabeças abatidas no comparativo dos primeiros trimestres 2012/2011.

 

Sul lidera abate de frangos com quase 60% do total do país

 

O peso acumulado das carcaças no 1º trimestre de 2012 (2,949 milhões de toneladas) foi 3,2 e 6,2% mais alto que no trimestre imediatamente anterior e no 1º trimestre de 2011, respectivamente. Participaram da pesquisa 416 informantes. Roraima, Amapá, Maranhão e Rio Grande do Norte são as únicas Unidades da Federação que não possuem registro do abate de frangos sob algum tipo de inspeção sanitária.

 

De janeiro a março de 2012, Paraná, Santa Catarina e Rio Grande do Sul somaram 58,8% do abate total, sendo também as três principais Unidades da Federação no ranking nacional. Os maiores aumentos absolutos em relação ao mesmo período do ano anterior foram obtidos pelos estados do Paraná, Mato Grosso, Rio Grande do Sul e Minas Gerais, que produziram, a mais, respectivamente, 29,2; 10,5; 10,1 e 9,5 milhões de carcaças de frangos.

 

Aquisição de leite: mais 4,4% do que no 1º. trimestre de 2011

 

A aquisição de leite, no 1º. trimestre de 2012, foi de 5,731 bilhões de litros, um aumento de 4,4% em relação ao mesmo período de 2011 e queda de 2,9%, comparando-se com o 4º trimestre deste mesmo ano. Minas Gerais representou 25,6% do total nacional, seguido por Rio Grande do Sul, com 15,3% e Paraná, com 13,1%.

 

As regiões Nordeste, Sudeste e Centro-Oeste apresentaram quedas, respectivamente, de 2,6%; 0,1% e 2,8%. No Nordeste houve queda apenas na Bahia, de 15,3%. No Sudeste, somente Minas Gerais obteve crescimento nas compras do produto (1,1%). Em Goiás, principal estado do Centro-Oeste na aquisição de leite, a queda foi de 3,3%. No Sul do país, por outro lado, houve aumento significativo em todos os estados, sobretudo em Santa Catarina e no Rio Grande do Sul.

 

A aquisição de leite manteve-se crescente, nos três primeiros meses de 2012 em relação ao mesmo período de 2011, com aumento substantivo, sobretudo nos meses de fevereiro e março, de 6,3% em cada um deles.

 

Participaram da pesquisa 2 102 informantes distribuídos por todo o território nacional à exceção do Amapá.

 

Aquisição de couro aumentou em todo o 1º. trimestre de 2012

 

A aquisição de couro manteve-se crescente em todos os meses do 1º trimestre de 2012. Verifica-se que 26,9% de todo o produto adquirido foi recebido para prestação de serviços de curtimento a terceiros. A grande maioria do couro teve origem de matadouros frigoríficos (63,0%) e apenas 7,2%, de intermediários ou salgadores.

 

Em termos estaduais, as maiores aquisições de couro inteiro de bovino ocorreram em Mato Grosso (18,4%), São Paulo (12,7%) e Rio Grande do Sul (10,3%), no 1º trimestre de 2012. No comparativo estadual com o mesmo período de 2011, registrou-se significativa queda da aquisição total no Rio Grande do Sul (-25,0%) ou cerca de 289,510 mil unidades a menos.

 

Produção de ovos de galinha cresce 8,2% sobre 1º. Trimestre de 2011

 

A produção de ovos de galinha no 1º trimestre de 2012, de 671,176 milhões de dúzias, representa aumentos de 8,2% e de 1,4%, respectivamente, em relação ao 1º trimestre de 2011 e ao 4º trimestre deste mesmo ano. A produção mostra-se crescente ao longo da série a partir do 1º. trimestre de 2006, à exceção do período que vai do 3º trimestre de 2006 ao 1º trimestre de 2007. São Paulo é o estado com a maior produção, representando 29,3% do total nacional; Minas Gerais é o 2º maior produtor com 11,0%.

 

A maior variação positiva de produção foi a de fevereiro (9,1%). Em termos de efetivo de galinhas no último dia do mês, a maior variação mensal ocorreu em janeiro, mantendo-se positiva em todos os meses do trimestre.

 

Todas as regiões apresentaram crescimento significativo da produção de ovos, com a maior variação positiva (16,6%) no Centro-Oeste (Mato Grosso obteve 27,0% deste crescimento). O estado do Rio de Janeiro deteve o maior crescimento da produção, apesar da pequena participação nacional (0,2%). São Paulo registrou incremento de 10,1% (18 milhões de dúzias do produto), acima de toda a região Norte (16 492 mil dúzias). Somente o Rio Grande do Sul e o Distrito Federal apresentaram quedas em suas produções, respectivamente, de 0,9% e 1,2%.

 

Participaram da pesquisa 1 552 informantes distribuídos por todas as Unidades da Federação à exceção de Amapá, Tocantins e Maranhão.

 

Arquivos oficiais do governo estão disponíveis aos leitores.

 

Ricardo Bergamini
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