Índice Nacional de Preços ao Consumidor e Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo – Fonte IBGE
- Qui, 10 de Maio de 2012
- Seção:
- Categoria: Ricardo Bergamini
Base: Abril de 2012
IPCA de abril fica em 0,64%
O Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo - IPCA do mês de abril apresentou resultado de 0,64%, três vezes mais do que a taxa de 0,21% registrada em março. Foi o maior índice mensal desde abril de 2011 (0,77%).
O acumulado no ano ficou em 1,87%, bem abaixo da taxa de 3,23% relativa a igual período de 2011. Considerando os últimos 12 meses, o índice situou-se em 5,10%, inferior aos 5,24% relativos aos doze meses imediatamente anteriores.
De março para abril, a maioria dos grupos de produtos e serviços mostrou crescimento nas taxas de variação, conforme a tabela a seguir.
O principal destaque no mês foram os cigarros, cujos preços subiram 15,04% diante do reajuste médio de 25% em vigor a partir de 6 de abril. Com 0,12 ponto percentual, constituíram-se no principal impacto no mês. Foi o item cigarros mais os salários dos empregados domésticos (de 1,38% de março para 1,86% em abril) que levaram as despesas pessoais à liderança dos resultados de grupos, com 2,23%. Outros itens exerceram pressão no grupo das despesas pessoais, a exemplo das excursões (1,88%), hotéis (1,63%) e serviços bancários (1,42%).
Os remédios, cujos preços subiram 1,58% em abril após 0,02% em março, também tiveram forte influência sobre o índice tendo em vista reajuste vigente desde 31 de março. Foram os principais responsáveis pelo resultado de 0,96% no grupo saúde e cuidados pessoais.
Desta forma, juntando-se os remédios (0,05 ponto percentual) com os empregados domésticos (0,07 ponto) mais os cigarros (0,12 ponto), a soma dos impactos resulta em 0,24 ponto, o que significa que estes três itens foram responsáveis por 38% do IPCA de abril.
Mas, além destes, outros gastos influenciaram o índice do mês. É o caso dos artigos de vestuário, que, com a entrada da nova coleção no mercado, aumentaram 0,98% ao passo que, em março, haviam apresentado queda de 0,61%.
O consumidor também passou a gastar mais com habitação (de 0,48% em março para 0,80% em abril). Os preços dos artigos de limpeza subiram 1,38% ante 0,59% em março, com destaque para o sabão em pó (de 0,85% para 1,33%). Os aluguéis subiram bem mais, indo para 0,82%, enquanto em março haviam ficado em 0,45%. O condomínio também subiu mais, passando de 0,48% para 1,01%. A taxa de água e esgoto foi de 0,93% para 0,98% tendo em vista o reajuste de 16,50% vigente em Curitiba desde o dia 21 de março. O valor da mão-de-obra contratada para pequenos reparos aumentou 1,30% após já ter subido 1,03% no mês anterior. Subiram, inclusive, os preços do gás de botijão, passando de 0,41% para 0,65%, mostrando aumentos expressivos em cinco das onze áreas pesquisadas, destacando-se Goiânia, cuja alta foi a 2,32%. Quanto à energia elétrica, apresentou variação de 0,46%, maior do que a de 0,21% de março, com reajuste nas tarifas de três áreas pesquisadas, além de forte aumento nas alíquotas do PIS/COFINS da região metropolitana de Fortaleza.
Comunicação passou de –0,36% para 0,46% em virtude das ligações da telefonia fixa para móvel terem voltado ao valor anterior, eliminando a redução de 10,78% concedida pela ANATEL em 24 de fevereiro, levando o resultado do item telefone fixo de –1,07% para 0,57%. Isto se deu devido à concessão de liminar, em março, a uma das operadoras. Aumentaram, também, as contas de telefone celular, cuja variação passou de 0,00% para 1,00%, em virtude do reajuste médio de 6% nas tarifas de uma das operadoras a partir de 15 de abril.
Nos gastos com transportes (de 0,16% para 0,10%), embora itens como passagens aéreas (de 1,34% para 2,06%) e táxi (de 0,19% para 1,44%) tenham mostrado significativo aumento de preços, outros gastos importantes no orçamento do consumidor se mostraram em queda. É caso do automóvel novo (de –0,06% para –0,55%) e da gasolina (de 0,11% para –0,27%), destacando-se, ainda, o crescimento de preços mais moderado do etanol (de 1,88% para 0,81%).
O grupo artigos de residência (de –0,40% para –0,79%) intensificou a queda verificada no mês anterior devido, principalmente, ao item mobiliário (de 0,31% para –0,49%), que mostrou influência da redução do IPI.
Dessa forma, os produtos não alimentícios atingiram alta de 0,68%, mais do que o triplo da taxa de 0,20% registrada em março.
Porém, os alimentos também subiram, passando de 0,25% para 0,51%, o dobro da variação do mês anterior. A região metropolitana de Belém chegou a 1,30% no grupo alimentação e bebidas, a maior alta. Já Brasília registrou queda de 0,07%, o mais baixo resultado.
Em período de menor oferta, o destaque foi o feijão de maior consumo no país, o tipo carioca, cujos preços subiram 12,66%. Na tabela a seguir encontram-se os principais alimentos em alta.
Entre os índices regionais, o maior foi o do Rio de Janeiro (0,81%), em decorrência do aumento dos salários dos empregados domésticos (7,37%). Com os preços do litro da gasolina em queda de 2,97%, Goiânia (0,30%) apresentou o menor resultado do mês.
O IPCA é calculado pelo IBGE desde 1980, se refere às famílias com rendimento monetário de 01 a 40 salários mínimos, qualquer que seja a fonte, e abrange nove regiões metropolitanas do país, além do município de Goiânia e de Brasília. Para cálculo do índice do mês foram comparados os preços coletados no período de 29 de março a 27 de abril de 2012 (referência) com os preços vigentes no período de 1º a 28 de março de 2012 (base).
INPC varia 0,64% em abril
O Índice Nacional de Preços ao Consumidor - INPC apresentou variação de 0,64% em abril, acima do resultado de 0,18% de março em 0,46 ponto percentual. Com isto, o acumulado do ano fechou em 1,73%, abaixo da taxa de 2,89% relativa a igual período de 2011. Considerando os últimos 12 meses, o índice situou-se em 4,88%, abaixo dos doze meses imediatamente anteriores (4,97%). Em abril de 2011 o INPC havia ficado em 0,72%.
Os produtos alimentícios apresentaram variação de 0,57% em abril, enquanto os não alimentícios aumentaram 0,67%. Em março, os resultados ficaram em 0,25% e 0,15%, respectivamente.
Dentre os índices regionais, Porto Alegre (0,92%), apresentou a maior taxa, devido ao aumento do grupo de despesas pessoais (4,27%) e dos remédios (3,64%).
Os menores índices foram os de Brasília e de Salvador, ambos com 0,32%. Em Brasília, os alimentos apresentaram queda de 0,07%. Em Salvador, o grupo despesas pessoais teve o menor resultado entre as áreas (0,85%).
O INPC é calculado pelo IBGE desde 1979, se refere às famílias com rendimento monetário de 01 a 05 salários mínimos, sendo o chefe assalariado, e abrange nove regiões metropolitanas do país, além do município de Goiânia e de Brasília. Para cálculo do índice do mês foram comparados os preços coletados no período de 29 de março a 27 de abril de 2012 (referência) com os preços vigentes no período de 1º a 28 de março de 2012 (base).
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