Índice de Preços ao Produtor – Fonte IBGE - Base: Março de 2012

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Índice de Preços ao Produtor (IPP) de março varia 1,05%

 

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Em março de 2012, o Índice de Preços ao Produtor (IPP) variou 1,05% em comparação com o mês anterior, resultado superior ao alcançado em fevereiro (-0,42%). Esta taxa é a segunda maior desde dezembro de 2010 (em setembro de 2011 foi de 1,23%). Ao comparar o mês atual contra o mesmo mês do ano anterior (acumulado em 12 meses), os preços variaram 1,37% em março e 0,71% em fevereiro. Já a variação acumulada em 2012 foi de 0,19% em março e -0,85% no mês anterior.

 

O IPP mede a evolução dos preços de produtos “na porta de fábrica”, sem impostos e fretes, de 23 setores da indústria de transformação. A publicação completa da pesquisa pode ser acessada na página www.ibge.gov.br/home/estatistica/indicadores/precos/ipp.

 

18 das 23 atividades pesquisadas apresentaram alta de preços

 

Em março de 2012, 18 das 23 atividades pesquisadas apresentaram alta de preços, contra 9 do mês anterior. As quatro maiores variações de março em relação a fevereiro foram emequipamentos de informática, produtos eletrônicos e ópticos (4,70%), fumo (4,28%), papel e celulose (3,82%) e outros equipamentos de transporte (2,56%). Os setores que mais influenciaramnesta comparação foram alimentos (0,30 p.p.), outros produtos químicos (0,16 p.p.), equipamentos de informática, produtos eletrônicos e ópticos (0,15 p.p.) e papel e celulose (0,12 p.p.).

 

O indicador acumulado de 2012 atingiu 0,19% em março, contra -0,85% em fevereiro. Entre as atividades que tiveram as maiores variações percentuais nesta perspectiva, sobressaem-seequipamentos de informática, produtos eletrônicos e ópticos (6,11%), papel e celulose (3,07%), confecção de artigos do vestuário e acessórios (2,56%) e fabricação de máquinas e equipamentos (2,41%). Os setores com maior influência foram equipamentos de informática, produtos eletrônicos e ópticos (0,19 p.p.), outros produtos químicos (-0,17 p.p.), fabricação de máquinas e equipamentos (0,11 p.p.) e papel e celulose (0,10 p.p.).

 

Na comparação com o mesmo mês de 2011 (acumulado em 12 meses), os preços aumentaram 1,37% em março, contra 0,71% em fevereiro. As quatro maiores variações de preços ocorreram em calçados e artigos de couro (16,40%), bebidas (8,86%), têxtil (-7,07%) e fumo (6,43%). As principais influências na comparação de março contra o mesmo mês do ano anterior vieram de alimentos (0,64 p.p.), veículos automotores (0,28 p.p.), calçados e artigos de couro (0,25 p.p.) e bebidas (0,23 p.p.).

 

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Alimentos: com a variação de 1,59%, na comparação março de 2012 contra fevereiro de 2012, o setor de alimentos, pela primeira vez no ano, apresentou taxa positiva nesta perspectiva e também na do acumulado (0,06%). Na comparação contra março de 2011, os preços em março de 2012 estavam 3,45% superiores, maior taxa nessa comparação desde dezembro de 2011.

 

Vestuário e acessórios: o setor de confecções apresentou, pelo segundo mês consecutivo, aumento de preços (2,02% em março e 2,14% em fevereiro), o que se explica em grande parte pelo lançamento de novas coleções. Já os resultados nos indicadores acumulado no ano e acumulado em 12 meses foram de 2,56% e 3,97%, respectivamente.

 

Calçados e produtos de couro: em março de 2012, os preços de calçados e produtos de couro tiveram uma variação positiva de 1,71% em relação a fevereiro, maior taxa desde outubro de 2011 (7,08%). Com isso, o setor acumulou no ano variação positiva de 2,10%. No acumulado de 12 meses, os preços estavam 16,40% maiores.

 

Papel e celulose: em relação a fevereiro de 2012, o setor registrou variação positiva de preços de 3,82%, maior resultado desde janeiro de 2010. No acumulado do ano, a variação foi de 3,07%. No acumulado de 12 meses, houve queda no índice, ficando em -1,72%. A tendência de aumento da cotação internacional da celulose se manteve ao longo do mês de março, particularmente na modalidade fibra curta. Associada ao aumento das cotações internacionais, a valorização cambial também impactou o índice, ampliando o efeito desses aumentos de preços. Com isso, a variação nos preços da celulose foi o fator de maior impacto sobre o desempenho do setor em março/12.

 

Outros produtos químicos: a indústria química registrou em março elevação de 1,51% com relação a fevereiro de 2012. Foi a primeira alta depois de cinco quedas consecutivas (a última variação positiva havia sido em outubro de 2011). No ano, o setor registra variação negativa de -1,61% e no comparativo março 2012/março 2011, houve queda de -1,74%, a segunda queda consecutiva nessa comparação.

 

Equipamentos de informática, produtos eletrônicos e ópticos: na comparação com fevereiro, a variação de 4,70% em março foi a maior desde o início da série, em dezembro de 2009. Em 2012, o setor acumula variação positiva de 6,11%, novamente a maior positiva da série. De todo modo, na análise março 2012/março de 2011, os preços atuais ainda são menores em 3,30%, sendo que esta taxa alcançou o valor de -11,82% em dezembro de 2011, -8,14% em janeiro e -7,44% em fevereiro de 2012. Como março foi um mês de valorização do dólar, parte do impacto dos aumentos se deve à alta dos custos de matérias-primas. Por outro lado, a proximidade com datas de venda acelerada de determinados produtos, como os celulares, justificou também aumentos observados em produtos desta atividade.

 

Máquinas e equipamentos: em março, o setor registrou variação de preços de 0,37% em relação ao mês anterior, retomando a tendência positiva que havia sido interrompida em fevereiro. No acumulado de 12 meses, a variação foi de 3,76%. No acumulado do ano, a variação do setor foi de 2,41%. Vale dizer que os preços do setor são particularmente sensíveis à variação cambial, que foi positiva no mês de março. Além disso, em março houve retomada das vendas nos mercados interno e externo.

 

Veículos automotores: em março de 2012, os preços da atividade ficaram praticamente estáveis, apresentando variação positiva de 0,01% na comparação com fevereiro. O acumulado do ano fechou em -0,07% e no acumulado de 12 meses a variação foi de 2,37%.

 

Arquivos oficiais do governo estão disponíveis aos leitores.

 

Ricardo Bergamini
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