Pesquisa Industrial Mensal de Emprego e Salário – Fonte IBGE - Base: Setembro de 2011

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 Emprego industrial varia -0,4% em setembro

 

Em setembro de 2011, o emprego industrial mostrou variação negativa de -0,4% frente ao mês imediatamente anterior, na série livre de influências sazonais, após avançar 0,5% em agosto. Com esses resultados, o índice de média móvel trimestral de setembro repetiu o patamar do mês anterior e permaneceu com o quadro de estabilidade verificado desde o final do ano passado. Ainda na série com ajuste sazonal, no índice trimestre contra trimestre imediatamente anterior, o pessoal ocupado na indústria ficou praticamente estável no terceiro trimestre do ano (0,1%), repetindo o comportamento observado nos três últimos trimestres: 4º trimestre/2010 (0,1%), 1º trimestre/2011 (0,2%) e 2º trimestre/2011 (0,0%). Frente a setembro de 2010, o emprego industrial avançou 0,4%, vigésima taxa positiva consecutiva nesse tipo de comparação, mas a menos intensa dessa sequência. No fechamento do terceiro trimestre de 2011 observou-se expansão de 0,5% no confronto com igual período do ano anterior. O índice acumulado nos nove meses do ano avançou 1,5%, mas com ritmo abaixo do assinalado nos meses anteriores. A taxa anualizada, índice acumulado nos últimos doze meses, permaneceu apontando expansão (2,0%), mas prosseguiu com a trajetória de redução no ritmo de crescimento iniciada em fevereiro último (3,9%).

 


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A expansão de 0,4% no índice mensal de setembro de 2011 mostrou sete dos 14 locais e nove dos 18 setores investigados ampliando as contratações na indústria. Entre os locais, as principais contribuições positivas para o resultado global vieram do Paraná (6,7%), região Norte e Centro-Oeste (3,6%), Minas Gerais (1,8%), Rio Grande do Sul (1,9%) e Pernambuco (5,4%).

 

Setorialmente, ainda na comparação com igual mês do ano anterior, os destaques ficaram com os ramos de alimentos e bebidas (3,7%), meios de transporte (6,5%), máquinas e aparelhos eletroeletrônicos e de comunicações (6,6%), máquinas e equipamentos (3,5%) e outros produtos da indústria de transformação (3,5%). Por outro lado, as atividades de calçados e couro (-8,0%), papel e gráfica (-6,8%), borracha e plástico (-5,1%), madeira (-10,3%) e vestuário (-3,2%) apontaram as pressões negativas mais importantes sobre o total da indústria neste mês.

 

No corte trimestral, observa-se que o emprego industrial, ao mostrar crescimento de 0,5% no terceiro trimestre do ano, manteve a sequência de sete trimestres de taxas positivas, mas prosseguiu com a trajetória descendente iniciada no terceiro trimestre de 2010 (5,1%), ambas as comparações contra igual período do ano anterior. O movimento de redução no ritmo das contratações entre o segundo (1,3%) e o terceiro trimestre de 2011 teve perfil disseminado, atingindo onze setores e onze locais, com destaque para: calçados e couro (de -3,8% para -7,3%), produtos de metal (de 3,3% para 0,7%), minerais não metálicos (de 1,8% para -1,5%), borracha e plástico (de 0,7% para -2,3%) e metalurgia básica (de 6,7% para 2,3%), entre os ramos; e Bahia (de 2,7% para 0,7%), Ceará (de -1,4% para -3,3%), região Nordeste (de 2,2% para 0,6%), Rio Grande do Sul (de 2,7% para 1,7%), São Paulo (de -0,9% para -1,8%), Minas Gerais (de 2,9% para 2,0%) e Espírito Santo (de -1,0% para -1,9%), entre as áreas investigadas.

 

No índice acumulado dos nove meses do ano, o emprego industrial assinalou expansão de 1,5%, com onze locais e onze ramos ampliando o contingente de trabalhadores. Setorialmente, as contribuições positivas mais relevantes vieram de alimentos e bebidas (2,9%), meios de transporte (7,5%), máquinas e aparelhos eletroeletrônicos e de comunicações (6,3%), máquinas e equipamentos (4,3%), produtos de metal (4,0%), outros produtos da indústria de transformação (4,9%) e metalurgia básica (5,7%), enquanto papel e gráfica (-8,8%), vestuário (-3,3%), madeira (-8,7%) e calçados e couro (-3,8%) exerceram os principais impactos negativos. No corte regional, os destaques positivos ficaram com Paraná (5,5%), Minas Gerais (2,9%), região Norte e Centro-Oeste (3,3%), região Nordeste (1,9%) e Rio Grande do Sul (2,6%). São Paulo (-0,5%), Espírito Santo (-0,7%) e Ceará (-1,5%) apontaram queda no total do pessoal ocupado no índice acumulado no ano.

 

Número de horas pagas é -0,7% menor que em agosto

 

Em setembro de 2011, o número de horas pagas aos trabalhadores da indústria, já descontadas as influências sazonais, apontou queda de -0,7% frente ao mês imediatamente anterior, após registrar avanços de 0,2% em julho e de 0,4% em agosto. Com esses resultados, o índice de média móvel trimestral mostrou variação negativa de -0,1% na passagem dos trimestres encerrados em agosto e setembro, permanecendo com a trajetória ligeiramente descendente desde abril último. Ainda na série com ajuste sazonal, no índice trimestre contra trimestre imediatamente anterior, o número de horas pagas na indústria mostrou variação negativa de -0,2% no terceiro trimestre do ano, segundo resultado negativo seguido nesse tipo de comparação, acumulando nesse período perda de -0,6%.

 

No confronto com igual mês do ano anterior, houve variação negativa de -0,3% no número de horas pagas, primeira taxa negativa desde dezembro de 2009 (-1,4%). No fechamento do terceiro trimestre de 2011, o número de horas pagas ficou praticamente estável (0,1%) frente a igual período do ano anterior. O índice acumulado nos nove meses do ano atingiu expansão de 1,1% e manteve a desaceleração no ritmo de crescimento frente aos resultados dos meses anteriores. A taxa anualizada, índice acumulado nos últimos doze meses, assinalou acréscimo de 1,8% em setembro de 2011, mas permaneceu apontando avanços menos intensos desde fevereiro (4,5%).

 

Em setembro de 2011, o número de horas pagas recuou -0,3% em relação a igual mês do ano anterior, com taxas negativas em seis dos 14 locais pesquisados. A principal influência negativa sobre o total do país foi observada em São Paulo (-2,4%).

 

Setorialmente, ainda na comparação com igual mês do ano anterior, o número de horas pagas diminuiu em dez dos 18 setores pesquisados, com as maiores influências negativas vindas de calçados e couro (-8,9%), papel e gráfica (-6,9%), madeira (-10,3%), vestuário (-3,4%), produtos de metal (-2,6%) e têxtil (-3,4%). Por outro lado, meios de transporte (5,5%), alimentos e bebidas (1,9%), máquinas e equipamentos (4,5%) e máquinas e aparelhos eletroeletrônicos e de comunicações (6,0%) foram as atividades que exerceram as contribuições positivas mais significativas no total nacional.

 

Em bases trimestrais, o número de horas pagas mostrou variação positiva de 0,1% no terceiro trimestre de 2011 e manteve a trajetória descendente observada a partir do terceiro trimestre de 2010 (5,6%), com 3,8% no último trimestre do ano passado, 2,6% no período de janeiro a março deste ano e 0,7% entre abril e junho, todas as comparações contra igual período do ano anterior. A perda de dinamismo no número de horas pagas entre o segundo e o terceiro trimestres de 2011 foi acompanhada por 11 setores e dez locais. Entre as atividades, as maiores perdas de ritmo entre os dois períodos foram registradas em produtos de metal, que passou de 2,4% para -1,1%, metalurgia básica (de 4,7% para -0,5%), minerais não metálicos (de 1,2% para -1,6%), calçados e couro (de -5,5% para -8,2%) e borracha e plástico (de 1,4% para -1,0%). Entre os locais, os recuos mais intensos foram observados na Bahia (de 2,2% para 0,2%), Rio Grande do Sul (de 1,9% para 0,8%), região Nordeste (de 1,8% para 0,8%) e região Norte e Centro-Oeste (de 3,6% para 2,7%).

 

O índice acumulado nos nove meses de 2011 mostrou expansão de 1,1% frente a igual período do ano anterior, com taxas positivas em 12 dos 14 locais e em dez dos 18 ramos investigados. No corte setorial, as principais contribuições positivas no total do número de horas pagas vieram de meios de transporte (6,9%), alimentos e bebidas (2,2%), máquinas e equipamentos (5,0%) e máquinas e aparelhos eletroeletrônicos e de comunicações (6,8%), enquanto papel e gráfica (-9,4%), calçados e couro (-5,1%), vestuário (-3,6%) e madeira (-8,8%) assinalaram os maiores impactos negativos sobre a média da indústria. Entre os locais, as influências positivas mais relevantes vieram da região Norte e Centro-Oeste (3,9%), Minas Gerais (2,9%), Paraná (3,2%), região Nordeste (1,5%) e Rio Grande do Sul (1,9%). Por outro lado, São Paulo (-0,7%) e Ceará (-3,0%) apontaram os resultados negativos no índice acumulado no ano.

 

Valor da folha de pagamento real recua -1,9% em setembro

 

Em setembro de 2011, o valor da folha de pagamento real dos trabalhadores da indústria ajustado sazonalmente recuou -1,9% em relação ao mês imediatamente anterior, após avançar por quatro meses seguidos, período em que acumulou ganho de 4,4%. Vale destacar que o resultado desse mês foi particularmente influenciado pela indústria extrativa (-24,4%), pressionada em grande parte pelo pagamento de participações nos lucros e de resultados em importante empresa do setor no mês anterior, já que a indústria de transformação mostrou perda mais moderada (-0,3%). Com esses resultados, o índice de média móvel trimestral avançou 0,5% na passagem do trimestre encerrado em agosto e setembro e permaneceu com a trajetória ascendente iniciada em dezembro do ano passado. Em termos trimestrais, ainda na série com ajuste sazonal, o valor da folha de pagamento real cresceu 2,2% no terceiro trimestre do ano, terceiro trimestre seguido de expansão, acumulando nesse período ganho de 5,7%.

 

Na comparação com iguais períodos do ano anterior, o valor da folha de pagamento real cresceu 4,3% em setembro de 2011, 4,3% no fechamento do terceiro trimestre do ano e 5,1% no acumulado dos nove meses do ano. A taxa anualizada, indicador acumulado nos últimos doze meses, recuou -0,4 ponto percentual entre agosto (6,2%) e setembro (5,8%) e prosseguiu com a trajetória descendente iniciada em maio último (7,6%).

 

No índice mensal, o valor da folha de pagamento real avançou 4,3% em setembro de 2011, com resultados positivos nos 14 locais pesquisados. As maiores contribuições sobre o total da indústria foram observadas em Minas Gerais (12,1%), Paraná (12,9%), São Paulo (1,5%), região Norte e Centro-Oeste (6,8%) e região Nordeste (4,7%).

 

Setorialmente, ainda na comparação com igual mês do ano anterior, o valor da folha de pagamento real cresceu em 11 dos 18 setores pesquisados, com destaque para meios de transporte (17,0%), indústrias extrativas (21,6%), alimentos e bebidas (6,0%), máquinas e aparelhos eletroeletrônicos e de comunicações (9,1%) e máquinas e equipamentos (2,6%). Por outro lado, a principal pressão negativa veio de papel e gráfica (-16,7%), vindo a seguir calçados e couro (-3,9%), madeira (-7,0%) e produtos de metal (-1,7%).

 

Na análise trimestral, o valor da folha de pagamento real repetiu no terceiro trimestre do ano (4,3%), o resultado assinalado no segundo trimestre, mas com redução no ritmo de crescimento desde o terceiro trimestre de 2010 (9,9%), todas as comparações contra igual período do ano anterior. Entre os onze setores que perderam dinamismo na passagem do segundo para o terceiro trimestre de 2011, destacaram-se máquinas e equipamentos, que passou de 7,7% para 5,6%; metalurgia básica (de 8,8% para 5,3%) e produtos de metal (de 3,3% para 0,6%). Em sentido oposto, meios de transporte (de 10,5% para 13,7%) e indústrias extrativas (de 5,9% para 10,8%) exibiram os maiores ganhos entre os dois períodos. Entre os locais, Rio Grande do Sul, que passou de 4,0% no período de abril a junho para 2,0% no terceiro trimestre, e Santa Catarina (de 2,7% para 0,7%) apontaram as principais perdas, enquanto Espírito Santo (de -2,0% para 6,3%) e Paraná (de 7,8% para 11,7%) assinalaram os ganhos mais relevantes entre os dois períodos.

 

O índice acumulado nos nove meses do ano avançou 5,1%, com crescimento no valor da folha de pagamento real nos 14 locais investigados. Os maiores impactos sobre o total da indústria vieram de São Paulo (3,1%), Minas Gerais (11,3%), Paraná (9,6%), região Nordeste (5,6%) e região Norte e Centro-Oeste (6,8%).

 

Setorialmente, ainda no índice acumulado no ano, 13 das 18 atividades investigadas aumentaram o valor da folha de pagamento real. As principais contribuições positivas sobre a média global vieram de meios de transporte (12,3%), máquinas e equipamentos (8,3%), alimentos e bebidas (5,5%), máquinas e aparelhos eletroeletrônicos e de comunicações (8,2%) e indústrias extrativas (8,1%), enquanto papel e gráfica (-10,0%) exibiu o impacto negativo mais relevante.

 

Arquivos oficiais do governo estão disponíveis aos leitores.

 

 

Ricardo Bergamini
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