Depoimentos sobre o movimento cívico - militar de 31 de março de 1964

Esta página foi aberta para depoimentos de todos os participantes, civis e militares, do movimento cívico-militar de 31 de março de 1964, com o objetivo do resgate da verdade histórica.

Participem!!!!!!!!

"POVO QUE NÃO RESPEITA SEU PASSADO E SUA HISTÓRIA NÃO É DIGNO DE FUTURO"

"Qualquer semelhança com o maldito momento atual da vida brasileira, não é mera coincidência"

Depoimento do Coronel do Exército reformado José Batista Pinheiro

 

REFLEXÃO SOBRE O PASSADO

Para os que insistem em rotular os militares de combatentes cruéis, no período revolucionário, aqui vai um resumo de relatos sinceros de companheiros do EB sobre o polêmico tema da subversão.

Ao serem designados para uma missão de informação, cujo objetivo era localizar, estudar e elaborar uma operação de confronto com subversivos, tinham muito que refletir sobre os perigos que os aguardavam.

Altamente treinados em Cuba, China ou URSS, os terroristas estavam dispostos a matar, assaltar e seqüestrar pela ideologia que abraçavam, sem nenhuma trégua no jogo da guerra suja (guerrilha) e com ódio a todos aqueles que se lhes atravessassem o caminho. A maioria dos militares utilizava apenas os conhecimentos básicos de formação em escolas militares e adestramento de guerra convencional. Assim, muitos dos nossos companheiros, ao receberem a missão, entravam em processo de extremo estresse por saberem das possibilidades do inimigo sem escrúpulos que teriam de enfrentar e que, a rigor, estavam dissimulados entre os cidadãos pacíficos comuns. Pensavam em primeiro lugar na família, que ficaria em casa, sem saber da perigosa jornada em que estavam envolvidos. Os maus presságios, muitas vezes, percorria-lhes a mente provocando calafrios ante a perspectiva de que o pior lhes pudesse acontecer, sem chance de defesa.

Decorridos dezenas de anos, só se houve falar nos militares frios, calculistas, seres abrutalhados, homens de ferro, sem sentimentos, sem esposas, sem filhos, sem amigos, que trucidavam jovens idealistas. Nada se comenta sobre o sofrimento que esses anônimos cumpridores de ordens sentiam ao serem designados para tão arriscada missão e dos muitos que morreram assassinados friamente. Também nada se comenta sobre o trauma de um confronto evidente que teriam com feras humanas, assaltantes de bancos, homicidas baratos, especialistas em fabricar e explodir bombas de alto poder destrutivo, como Serjão, Lamarca, Marighella, Aloysio Nunes Ferreira e outros. Numa profunda reflexão sobre o passado, a guerra era mais suja para o lado da subversão, que foi quem deu início aos episódios que infelicitaram o Brasil no período revolucionário.

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