Depoimentos sobre o movimento cívico - militar de 31 de março de 1964

Esta página foi aberta para depoimentos de todos os participantes, civis e militares, do movimento cívico-militar de 31 de março de 1964, com o objetivo do resgate da verdade histórica.

Participem!!!!!!!!

"POVO QUE NÃO RESPEITA SEU PASSADO E SUA HISTÓRIA NÃO É DIGNO DE FUTURO"

"Qualquer semelhança com o maldito momento atual da vida brasileira, não é mera coincidência"

Vale a pena divulgar, aos quatro ventos, esse claro, preciso e conciso editorial do excelente e representativo Jornal do Grupo Inconfidência.

Um abraço. Cel Jorge Baptista Ribeiro < Este endereço de e-mail está protegido contra spambots. Você deve habilitar o JavaScript para visualizá-lo. >



BELO HORIZONTE, 04 DE ABRIL DE 2001 - ANO VII - Nº 38

Editorial - MÁGOAS DE MARÇO


Todo mês de março, particularmente desde o final dos governos militares, entra ano, sai ano, os brasileiros já se acostumaram a esperar, da parte de nossa imprensa, a algum tipo de agressão, direta ou indireta, contra nossas Forças Armadas, sempre objetivando tentar demolir da memória do nosso povo, o papel decisivo que elas tiveram no deflagrar da Contra-Revolução de 1964, movimento que abortou a tentativa de implantação do marxismo em nossa pátria.

Apesar de já transcorridos 21 anos da promulgação da Lei da Anistia e 16 do retorno do poder às mãos dos nossos políticos, todo ano, nesta época, como que vítimas de uma síndrome, da qual não conseguem se libertar, nossos grandes jornais, revistas e ou TVs tudo fazem para encontrar um meio de recordar nossa história recente, segundo a ótica que lhes convém, alterando os fatos e suas essências, de forma a minar a confiança do nosso povo, em seus soldados.

Já estão se tornando tão comuns e previsíveis tais manobras que, por analogia àquela conhecida canção de Tom Jobim, poderiam ser tituladas como "as mágoas de março", ou seja, aquela forma chorosa, imatura e repetitiva de dar escoamento aos velhos ressentimentos do passado, até agora não superados.

Mostras, reportagens, revelações, documentos, depoimentos, tudo recolhido do velho baú das ilusões, são providenciados a tempo e a hora, para surtirem seus efeitos em nome da verdade, verdade essa que, por mais que mintam, inventem, montem e remontem, não conseguem fazer o nosso povo esquecer, os reais benefícios que aquele período trouxe para o nosso país e que ainda hoje dão sustentação a nossa independência, como nação.

Esse modo de proceder vilanesco dos detentores do controle de nossa mídia política, não obstante o enorme conteúdo desagregador em seus propósitos, paradoxalmente, é também um sinal revelador, da fraqueza e da insegurança que os acometem, quanto à real capacidade de continuarem sustentando, no tempo, o controle dessa situação artificial que criaram e que estão impondo à nação.

A cada dia que passa indícios concretos vêm se somando, evidenciando o alto grau de desconfiança que já começa a tomar conta da sociedade brasileira, em relação ao que lhe é mostrado pelos detentores do poder, e pela mídia que lhes dá cobertura, e o distanciamento da realidade que ela vivência. A mentira difundida, diariamente, associada à incompetência que vem sendo demonstrada pelos atuais governantes de esquerda, está revelando uma condição de vulnerabilidade alarmante, que já não está sendo possível ser escondida do nosso povo, em razão da gravidade, da extensão e da visibilidade dos danos que estão sendo causados à vida nacional.

Os comportamentos e os fatos constrangedores se acumulam: - a disseminação da descrença no aparato policial; a tolerância com a vulgaridade que tomou de assalto nossas emissoras de TV; a complacência com a prática da corrupção em todos os níveis; a desmobilização do coração de nossa gente para o culto do civismo sadio e aglutinador, a venda do nosso patrimônio estratégico, o silêncio imposto às Forças Armadas - tudo isso vem acontecendo e sendo feito e aceito, às claras, sem constrangimento, sob o manto de um falso conceito de democracia, que ao invés de dar à nossa gente uma idéia sadia do que seja essa forma de governo, está deixando-a insegura em relação aos legítimos anseios de segurança e estabilidade quanto ao futuro da pátria.

Diante de tanta incoerência, tanta contradição e tanta parte dos nossos dirigentes, não falta muito para que o nosso povo deixe de encarar as leis e as normas sociais, como a base de sustentação da convivência democrática, para passar a interpretá-la como meros obstáculos à conquista de uma felicidade pessoal desejada, partindo para o salve-se quem puder.

Será que é essa a meta desejada? Será que o "quanto pior melhor" é o caminho mais curto para a conquista do sonho da tomada do poder, pela via eleitoral, em 2002?Custa-nos crer que não haja nada por detrás dessas "coincidências. "Que outro sentido deveria ser dado à verdadeira "piracema" que a nação está assistindo desde o final do ano passado, iniciada com viagem 203 militantes do PT, culminando agora com a ida do governador do Rio de Janeiro e mais 43 correligionários, neste mês de março, à ilha de Cuba?

Que força estaria mobilizando esses homens de esquerda do nosso país, quando, em alegres caravanas, cumprindo como um ritual obsessivo-compulsivo, dirigem-se quais jovens estudantes hipnotizados em romaria, submissa e laudatória, ao ditador que exportou o ódio do terrorismo à toda a América Latina?

Seria para reforçar suas convicções democráticas? Acredite quem quiser!

As mágoas de março, deste ano, são deveras preocupantes. As evidências estão aí, escancaradas para quem tiver olhos para ver e estrondosas para quem tiver ouvidos para escutar.

Ao comemorarmos o 37º aniversário da Contra-Revolução de 1964 reverenciamos todos os brasileiros, incluindo com destaque a mulher mineira e os membros das FFAA que participaram daquele Movimento, impedindo a implantação do marxismo em nossas terras e contribuindo decisivamente para o progresso da nossa pátria.

Já se nota, no seio do nosso povo, uma saudade saudável da prática efetiva do tema contido em nossa Bandeira: - Ordem e Progresso. Faz-se mister que não percamos a esperança de retomá-lo, em curto prazo.

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